Pequenos agricultores no município de Rio Verde (GO): trajetória, transformações e resistência
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9445 |
Resumo: | Este estudo tem como objetivo compreender manifestações de tradições campesinas (valores, técnicas e saberes) dos pequenos agricultores no município de Rio Verde (GO), em face das transformações provocadas pela industrialização da agricultura. Este município nasceu da égide da pecuária extensiva, mas, por muito tempo, conviveu com a agricultura de subsistência, dependeu dela, porém foi pioneiro nos processos de mecanização da agricultura em Goiás. A produção de cereais em larga escala, principalmente da soja, cujo cultivo se iniciou na década de 1970, impôs novas demandas ao campo. A partir desse período, as formas de produção e a organização social ligadas ao campesinato passaram por grandes alterações, impactando diretamente na vida das populações que viviam no meio rural. O trabalho da numerosa população que vivia no campo, mas geramente não detendo a posse da terra, tornou-se desnecessário. Formas tradicionais de vida, de relações de trabalho foram sendo abandonadas ou adaptadas para atender às exigências do modelo produtivista imposto. Mesmo ocorrendo mudanças significativas no meio rural, foi possível identificar significativo número de pequenas propriedades controladas sob a forma ou como expressão do que observamos como agricultura familiar. E por meio de entrevistas de pequenos agricultores, muitos incluídos na agricultura familiar, identificaram-se modos de vida e culturas próprias, ou adaptados das antigas formas camponesas. |
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Ribeiro, Emival da CunhaLima, Eli de Fátima Napoleão dehttp://lattes.cnpq.br/5542647416653541Lima, Eli de Fátima Napoleão deAndriolli, Carmen SilviaLerrer, Debora FrancoGonçales, ClaudecirCesco, Susana628.436.721-04http://lattes.cnpq.br/62349995118419502023-12-21T18:39:25Z2023-12-21T18:39:25Z2021-08-18RIBEIRO, Emival da Cunha. Pequenos agricultores no município de Rio Verde (GO): trajetória, transformações e resistência. 2021. 133p. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, 2021.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9445Este estudo tem como objetivo compreender manifestações de tradições campesinas (valores, técnicas e saberes) dos pequenos agricultores no município de Rio Verde (GO), em face das transformações provocadas pela industrialização da agricultura. Este município nasceu da égide da pecuária extensiva, mas, por muito tempo, conviveu com a agricultura de subsistência, dependeu dela, porém foi pioneiro nos processos de mecanização da agricultura em Goiás. A produção de cereais em larga escala, principalmente da soja, cujo cultivo se iniciou na década de 1970, impôs novas demandas ao campo. A partir desse período, as formas de produção e a organização social ligadas ao campesinato passaram por grandes alterações, impactando diretamente na vida das populações que viviam no meio rural. O trabalho da numerosa população que vivia no campo, mas geramente não detendo a posse da terra, tornou-se desnecessário. Formas tradicionais de vida, de relações de trabalho foram sendo abandonadas ou adaptadas para atender às exigências do modelo produtivista imposto. Mesmo ocorrendo mudanças significativas no meio rural, foi possível identificar significativo número de pequenas propriedades controladas sob a forma ou como expressão do que observamos como agricultura familiar. E por meio de entrevistas de pequenos agricultores, muitos incluídos na agricultura familiar, identificaram-se modos de vida e culturas próprias, ou adaptados das antigas formas camponesas.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorThis study aims to understand the trajectory, resistances and transformations of peasant traditions (values, techniques and knowledge) of small farmers in the municipality of Rio Verde (GO), in view of the transformations caused by the industrialization of agriculture. This municipality was born under the aegis of extensive cattle raising, but for a long time it lived with subsistence agriculture, depended on it and was one of the pioneers in the processes of mechanization of agriculture in Goiás. Large-scale cereal production, mainly soy , whose cultivation began in the 1970s, imposed new demands on rural areas. From that period onwards, the old forms of production and the social organization of the countryside underwent major changes, directly impacting the lives of populations living in rural areas. The work of the large population who lived in the countryside, but who almost always did not own the land, became unnecessary. Traditional ways of life and work relationships were either abandoned or adapted to meet the demands of the imposed productivist model. Even with significant changes occurring in rural areas, it is possible to identify a significant number of small properties controlled in the form or expression of what we observe as family farming. And through interviews with small farmers, many of them included in family farming, ways of life and their own cultures, or those adapted from old peasant ways, were identified.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e SociedadeUFRRJBrasilInstituto de Ciências Humanas e SociaisCampesinatoPequenos agricultoresIndustrialização da agriculturaPeasantrySmall farmersIndustrialization of agricultureSociologiaPequenos agricultores no município de Rio Verde (GO): trajetória, transformações e resistênciaSmall farmers in the municipality of Rio Verde (GO): trajectory, transformations and resistanceinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisABRAMOVAY, Ricardo. Paradigmas do capitalismo agrário em questão. 3. ed. 1 reimp. São Paulo: Edusp, 2012. ANTONIO FILHO, Fadel David. 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Este estudo tem como objetivo compreender manifestações de tradições campesinas (valores, técnicas e saberes) dos pequenos agricultores no município de Rio Verde (GO), em face das transformações provocadas pela industrialização da agricultura. Este município nasceu da égide da pecuária extensiva, mas, por muito tempo, conviveu com a agricultura de subsistência, dependeu dela, porém foi pioneiro nos processos de mecanização da agricultura em Goiás. A produção de cereais em larga escala, principalmente da soja, cujo cultivo se iniciou na década de 1970, impôs novas demandas ao campo. A partir desse período, as formas de produção e a organização social ligadas ao campesinato passaram por grandes alterações, impactando diretamente na vida das populações que viviam no meio rural. O trabalho da numerosa população que vivia no campo, mas geramente não detendo a posse da terra, tornou-se desnecessário. Formas tradicionais de vida, de relações de trabalho foram sendo abandonadas ou adaptadas para atender às exigências do modelo produtivista imposto. Mesmo ocorrendo mudanças significativas no meio rural, foi possível identificar significativo número de pequenas propriedades controladas sob a forma ou como expressão do que observamos como agricultura familiar. E por meio de entrevistas de pequenos agricultores, muitos incluídos na agricultura familiar, identificaram-se modos de vida e culturas próprias, ou adaptados das antigas formas camponesas. |
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