4 Mulheres e o encontro na educação para as relações raciais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13201 |
Resumo: | Como produzir sua existência frente a uma produção sistemática de desigualdades? Esta pergunta está guiando a presente pesquisa com intuito de oferecer elementos que nos ajudem a pensar em problemas enfrentados pela Educação e as relações étnico-raciais em nosso país. Partindo do encontro entre quatro mulheres, dentre elas, duas mães-de-santo da cidade de Nova Iguaçu, a pesquisa se dá com as entrevistas a Arlene de Katendê e Mãe Margarida, em conversas gravadas em vídeo, afim de entrar em contato com passagens de suas vidas que me ajudassem a enfrentar algumas questões incorporadas na pesquisa. Talvez a mais expressiva delas, a nossa dificuldade em lidar com as diferenças forjadas dos encontros históricos e cotidianos. Busquei olhar para a produção de existência destas mulheres como forma de repensar uma epistemologia que tem limitado nossas formas de vida ao impor o padrão branco, machista, hetero-cis-sexual, cristão e, para tanto, estou considerando o acolhimento das narrativas de vida contra o desperdício da experiência (LARROSA, 2014; BENJAMIN, 1996), e a valorização dos acontecimentos que atravessam os cotidianos dos sujeitos envolvidos na pesquisa (CERTEAU, 1998; FERRAÇO, 2003). Partindo, ainda, de um olhar nas relações raciais que busca confrontar um acordo de silenciamento que parece pairar sobre este assunto, como forma de produzir sua não existência e falta de aparência no espaço público (ARENDT, 1995; FILÉ, 2013; SANTOS, 2000), desvelando os caminhos da colonialidade do poder na construção de um racismo epistêmico que tem permeado nosso imaginário e instituições (SANTOS e MENESES, 2009; OLIVEIRA, 2012). Ao ser atravessada pelas vidas e vozes de tantos sujeitos, esta escrita-pesquisa que ensaia incorpora questões sobre como escrever-ler-falar-ouvir (LARROSA, 1994; 2003; 2014) e em que língua escrever-ler-falar-ouvir (RIBETTO, 2006, 2014), além de também se inspirar num olhar biográfico (COSTA, 2010) como forma de dar a ver a potência criadora da vida a partir dos encontros. |
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Partindo do encontro entre quatro mulheres, dentre elas, duas mães-de-santo da cidade de Nova Iguaçu, a pesquisa se dá com as entrevistas a Arlene de Katendê e Mãe Margarida, em conversas gravadas em vídeo, afim de entrar em contato com passagens de suas vidas que me ajudassem a enfrentar algumas questões incorporadas na pesquisa. Talvez a mais expressiva delas, a nossa dificuldade em lidar com as diferenças forjadas dos encontros históricos e cotidianos. Busquei olhar para a produção de existência destas mulheres como forma de repensar uma epistemologia que tem limitado nossas formas de vida ao impor o padrão branco, machista, hetero-cis-sexual, cristão e, para tanto, estou considerando o acolhimento das narrativas de vida contra o desperdício da experiência (LARROSA, 2014; BENJAMIN, 1996), e a valorização dos acontecimentos que atravessam os cotidianos dos sujeitos envolvidos na pesquisa (CERTEAU, 1998; FERRAÇO, 2003). Partindo, ainda, de um olhar nas relações raciais que busca confrontar um acordo de silenciamento que parece pairar sobre este assunto, como forma de produzir sua não existência e falta de aparência no espaço público (ARENDT, 1995; FILÉ, 2013; SANTOS, 2000), desvelando os caminhos da colonialidade do poder na construção de um racismo epistêmico que tem permeado nosso imaginário e instituições (SANTOS e MENESES, 2009; OLIVEIRA, 2012). Ao ser atravessada pelas vidas e vozes de tantos sujeitos, esta escrita-pesquisa que ensaia incorpora questões sobre como escrever-ler-falar-ouvir (LARROSA, 1994; 2003; 2014) e em que língua escrever-ler-falar-ouvir (RIBETTO, 2006, 2014), além de também se inspirar num olhar biográfico (COSTA, 2010) como forma de dar a ver a potência criadora da vida a partir dos encontros.CAPESHow to produce existence in a systematic production of inequalities? This question is guiding this research aiming to provide elements that help us to think about problems faced by education and ethnic-racial relations in our country. Starting from the meeting of four women, among them two mothers-in-saint of the city of Nova Iguaçu, the research is with interviews with Arlene de Katendê and Mãe Margarida, in conversations recorded on video, to get in touch with passages of their lives that help me face some issues incorporated in the search. Perhaps the most significant of them, our difficulty in dealing with forged differences of historical and everyday encounters. I sought to look at the production of existence of these women as a way to rethink an epistemology that has limited our ways of life by imposing white pattern, macho, hetero-cis-sexual, Christian and, therefore, I am considering the reception of life narratives against the waste of experience (LARROSA, 2014; BENJAMIN, 1996), and the appreciation of the events that go through everydaylife of the persons involved in the research (CERTEAU, 1998; Ferraço, 2003). Having a look in race relations that seeks confronting a mute agreement that seems to hover on this subject, in order to produce their absence and lack of appearance in the public space (Arendt, 1995; FILÉ, 2013; SANTOS, 2000 ), revealing the coloniality of power into an epistemic racism that has permeated our imagination and institutions (Santos and MENESES, 2009; OLIVEIRA, 2012). To be crossed for the lives of so many persons and voices, this writing-research that rehearses includes questions on how to write-read-speak-listen (LARROSA, 1994; 2003; 2014) and in what language write-read-speak-listen (RIBETTO 2006, 2014), and also inspired by a biographical look (COSTA, 2010) as a way to see the creative power of life from the meetings.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas PopularesUFRRJBrasilInstituto Multidisciplinar de Nova IguaçuInstituto de EducaçãoEducaçãoRelações RaciaisFormação de ProfessoresEducationRace relationsteacher formationEducação4 Mulheres e o encontro na educação para as relações raciais4 Women and the meeting on Education for race relationsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttps://tede.ufrrj.br/retrieve/10481/2015%20-%20Eloisa%20Lopes%20de%20Oliveira.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/16256/2015%20-%20Eloisa%20Lopes%20de%20Oliveira.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/22792/2015%20-%20Eloisa%20Lopes%20de%20Oliveira.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/29214/2015%20-%20Eloisa%20Lopes%20de%20Oliveira.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/35600/2015%20-%20Eloisa%20Lopes%20de%20Oliveira.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/41950/2015%20-%20Eloisa%20Lopes%20de%20Oliveira.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/48382/2015%20-%20Eloisa%20Lopes%20de%20Oliveira.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/54790/2015%20-%20Eloisa%20Lopes%20de%20Oliveira.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/2863Submitted by Jorge Silva (jorgelmsilva@ufrrj.br) on 2019-09-03T19:42:16Z No. of bitstreams: 1 2015 - Eloisa Lopes de Oliveira.pdf: 1221932 bytes, checksum: 3efa1ba7ac53a9054a45a68a8defdfd5 (MD5)Made available in DSpace on 2019-09-03T19:42:16Z (GMT). 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