Cinemática do salto de equinos de iniciação esportiva na Escola de Equitação do Exército

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schlup, Eduardo
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14898
Resumo: O treinamento é um dos diversos fatores que podem definir o resultado de um conjunto (cavalo/cavaleiro) em uma prova de salto de obstáculos. O objetivo desse trabalho foi avaliar, de forma objetiva, o treinamento de equinos novos. Foram utilizados 14 potros com idade entre 40 e 42 meses. Os animais realizaram em duas oportunidades o protocolo descrito a seguir. Em uma primeira oportunidade não possuíam nenhum tipo de treinamento específico de salto, tendo sido realizada apenas a doma. Os equinos foram submetidos a um treinamento padronizado para cavalos novos durante seis meses, realizando trabalho montado seis vezes por semana, sendo, em duas oportunidades realizado trabalho específico de salto, em obstáculos naturais e obstáculos de pista. Os animais tiveram afixados 19 marcadores reflexivos em suas principais articulações, utilizados como pontos de referência para a avaliação das características de desempenho no salto. Os equinos foram conduzidos a um picadeiro fechado, onde realizaram os saltos em liberdade, sendo utilizado um obstáculo de referência à 6,0 metros do obstáculo analisado. Foram avaliados cinco saltos válidos (sem derrubar o obstáculo), em um obstáculo oxer, com 1,00m de altura e 0,90m de largura. As filmagens foram realizadas com câmera de 100 Hz e as imagens processadas no Simi Reality Motion Systems®. Os resultados foram submetidos a análise estatística como dados pareados com o objetivo de verificar a influência apenas do treinamento. Foram analisadas 19 variáveis, sendo duas de velocidade, oito angulares e nove lineares. Apresentaram diferença (p<0,05) as seguintes variáveis: velocidade anterior ao obstáculo, velocidade sobre o obstáculo, ângulo escapulo-umeral, ângulo úmero-radial, distância escápula-boleto, ângulo fêmur-tibial, ângulo coxo-femural, ângulo tíbio-tarso-metatarsiano e deslocamento da cernelha sobre o obstáculo. Estes resultados sugerem que o treinamento específico de salto pode modificar algumas características do salto dos animais. Todas as mudanças ocorridas foram positivas, ou seja, melhoraram o desempenho dos animais. Entretanto outras variáveis não demonstraram diferença significativa, como altura máxima da cernelha e dos membros anteriores e posteriores, levando a crer que a potência do cavalo (altura máxima) sobre o obstáculo não foi influenciada por este treinamento. Destaca-se os valores do deslocamento da cernelha, nos quais observa-se que os animais apresentaram uma melhoria na trajetória após o treinamento, pois os valores de batida, recepção e altura máxima não foram alterados. Entretanto o ápice da trajetória ficou mais centralizado no obstáculo, caracterizando um melhor ajuste da trajetória de salto. Conclui-se que o treinamento de 5 meses realizado com cavalos novos influencia diretamente em uma melhora na sua trajetória de salto, não aprimorando, entretanto, todas as variáveis analisadas.
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Em uma primeira oportunidade não possuíam nenhum tipo de treinamento específico de salto, tendo sido realizada apenas a doma. Os equinos foram submetidos a um treinamento padronizado para cavalos novos durante seis meses, realizando trabalho montado seis vezes por semana, sendo, em duas oportunidades realizado trabalho específico de salto, em obstáculos naturais e obstáculos de pista. Os animais tiveram afixados 19 marcadores reflexivos em suas principais articulações, utilizados como pontos de referência para a avaliação das características de desempenho no salto. Os equinos foram conduzidos a um picadeiro fechado, onde realizaram os saltos em liberdade, sendo utilizado um obstáculo de referência à 6,0 metros do obstáculo analisado. Foram avaliados cinco saltos válidos (sem derrubar o obstáculo), em um obstáculo oxer, com 1,00m de altura e 0,90m de largura. As filmagens foram realizadas com câmera de 100 Hz e as imagens processadas no Simi Reality Motion Systems®. Os resultados foram submetidos a análise estatística como dados pareados com o objetivo de verificar a influência apenas do treinamento. Foram analisadas 19 variáveis, sendo duas de velocidade, oito angulares e nove lineares. Apresentaram diferença (p<0,05) as seguintes variáveis: velocidade anterior ao obstáculo, velocidade sobre o obstáculo, ângulo escapulo-umeral, ângulo úmero-radial, distância escápula-boleto, ângulo fêmur-tibial, ângulo coxo-femural, ângulo tíbio-tarso-metatarsiano e deslocamento da cernelha sobre o obstáculo. Estes resultados sugerem que o treinamento específico de salto pode modificar algumas características do salto dos animais. Todas as mudanças ocorridas foram positivas, ou seja, melhoraram o desempenho dos animais. Entretanto outras variáveis não demonstraram diferença significativa, como altura máxima da cernelha e dos membros anteriores e posteriores, levando a crer que a potência do cavalo (altura máxima) sobre o obstáculo não foi influenciada por este treinamento. Destaca-se os valores do deslocamento da cernelha, nos quais observa-se que os animais apresentaram uma melhoria na trajetória após o treinamento, pois os valores de batida, recepção e altura máxima não foram alterados. Entretanto o ápice da trajetória ficou mais centralizado no obstáculo, caracterizando um melhor ajuste da trajetória de salto. Conclui-se que o treinamento de 5 meses realizado com cavalos novos influencia diretamente em uma melhora na sua trajetória de salto, não aprimorando, entretanto, todas as variáveis analisadas.Training is one of several factors that can determine the outcome of a horse and rider in a show-jumping concurs. The aim of this study was to evaluate, in an objective view, the foal training. We used 14 foals aged between 40 and 42 months. The animals performed on two occasions the protocol described below. The animals performed on two occasions the protocol described below. In the first opportunity did not have any specific training to jump and were performed only tamed. Horses underwent a standardized training for young horses for six months doing work mounted six times a week, and on two occasions made specific showjumping work, jumping cross-country obstacles and track obstacles. The animals had 19 reflective markers attached to their main links used as benchmarks for evaluating the performance characteristics of the jump. The horses were led into an enclosed arena where they did loose jump (without rider), being used in reference to the main obstacle a 6.0 meters jump. We evaluated five jumps valid (without knocking down the obstacle), an obstacle Oxer, with 1.00 m high and 0.90 m wide. The recordings were performed with 100 Hz camera and the images processed in Simi Reality Motion Systems®. The results were statistically analyzed as paired data with the objective of verifying the influence only of training. We analyzed 19 variables, two-speed, eight angular and nine linear. Differences (p <0.05) were found at the following variables: speed before the obstacle, speed over the obstacle, angle scapulohumeral, angle radial-humerus, scapula-radius distance, femoral-tibial angle, hip joint angle, displacement of the withers at the maximum height over the obstacle. These results suggest that specific training jump can modify some features of the jump from animals. All changes were positive, eg improved performance horse. However, other variables showed no significant difference, as the maximum height at withers and the distance of front and rear legs over the obstacle, making us believe that the horse power (maximum height) over the obstacle was not influenced by this training. It is notable that the values of the horizontal displacement at maximum height of withers, where it is observed that the animals showed an improvement in the trajectory after training, because the values of aproximation, reception and maximum height were not affected. However, the apex of the trajectory was more centered on the obstacle, featuring a best fit of the path jump. We conclude that a 5 month training on young horses directly influence on its trajectory, improving her jump, not improving, however, all variables.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em ZootecniaUFRRJBrasilInstituto de ZootecniaBiomecânicahipismotreinamentoBiomechanicsequestriantrainingZootecniaCinemática do salto de equinos de iniciação esportiva na Escola de Equitação do ExércitoJumping kinematic horses beginners in training in Brazilian Army Cavalry School.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisALLEN, L.; DENNIS, D. 101 Jumping Exercises for horse and rider. Interglobe, 174p., 2002. BACK, W.; HARTMAN, W.; SCHAMHARDT, H.C.; BRUINS, G.; BARNEVELD, A. Kinematic response to a 70 day training period in trotting Dutch Warmbloods. Equine Veterinary Journal, v.18, p.127–131, 1994. BACK, W.; SCHAMHARD H.C.; BARNEVELD A.; van WEEREN, P.R. 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Zootecnia
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description O treinamento é um dos diversos fatores que podem definir o resultado de um conjunto (cavalo/cavaleiro) em uma prova de salto de obstáculos. O objetivo desse trabalho foi avaliar, de forma objetiva, o treinamento de equinos novos. Foram utilizados 14 potros com idade entre 40 e 42 meses. Os animais realizaram em duas oportunidades o protocolo descrito a seguir. Em uma primeira oportunidade não possuíam nenhum tipo de treinamento específico de salto, tendo sido realizada apenas a doma. Os equinos foram submetidos a um treinamento padronizado para cavalos novos durante seis meses, realizando trabalho montado seis vezes por semana, sendo, em duas oportunidades realizado trabalho específico de salto, em obstáculos naturais e obstáculos de pista. Os animais tiveram afixados 19 marcadores reflexivos em suas principais articulações, utilizados como pontos de referência para a avaliação das características de desempenho no salto. Os equinos foram conduzidos a um picadeiro fechado, onde realizaram os saltos em liberdade, sendo utilizado um obstáculo de referência à 6,0 metros do obstáculo analisado. Foram avaliados cinco saltos válidos (sem derrubar o obstáculo), em um obstáculo oxer, com 1,00m de altura e 0,90m de largura. As filmagens foram realizadas com câmera de 100 Hz e as imagens processadas no Simi Reality Motion Systems®. Os resultados foram submetidos a análise estatística como dados pareados com o objetivo de verificar a influência apenas do treinamento. Foram analisadas 19 variáveis, sendo duas de velocidade, oito angulares e nove lineares. Apresentaram diferença (p<0,05) as seguintes variáveis: velocidade anterior ao obstáculo, velocidade sobre o obstáculo, ângulo escapulo-umeral, ângulo úmero-radial, distância escápula-boleto, ângulo fêmur-tibial, ângulo coxo-femural, ângulo tíbio-tarso-metatarsiano e deslocamento da cernelha sobre o obstáculo. Estes resultados sugerem que o treinamento específico de salto pode modificar algumas características do salto dos animais. Todas as mudanças ocorridas foram positivas, ou seja, melhoraram o desempenho dos animais. Entretanto outras variáveis não demonstraram diferença significativa, como altura máxima da cernelha e dos membros anteriores e posteriores, levando a crer que a potência do cavalo (altura máxima) sobre o obstáculo não foi influenciada por este treinamento. Destaca-se os valores do deslocamento da cernelha, nos quais observa-se que os animais apresentaram uma melhoria na trajetória após o treinamento, pois os valores de batida, recepção e altura máxima não foram alterados. Entretanto o ápice da trajetória ficou mais centralizado no obstáculo, caracterizando um melhor ajuste da trajetória de salto. Conclui-se que o treinamento de 5 meses realizado com cavalos novos influencia diretamente em uma melhora na sua trajetória de salto, não aprimorando, entretanto, todas as variáveis analisadas.
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