A Extensão privada e a privatização da Extensão: uma análise da indústria de defensivos agrícolas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Peixoto, Marcus
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9548
Resumo: O objetivo desta tese é, considerando o ambiente de crise da extensão rural pública brasileira e a tendência mundial de pluralização dos sistemas de extensão rural, estudar como as indústrias de defensivos agrícolas planejam, organizam e prestam seus serviços de assistência técnica e extensão rural, associados à venda desses produtos no Brasil. Os resultados da pesquisa mostraram que, de fato, tais serviços têm uma importância estratégica para a competitividade das indústrias de defensivos, e que estas contam com um significativo contingente de técnicos de venda e um diversificado conjunto de firmas, através de diferentes tipos de arranjos contratuais, constituído de revendas agropecuárias, cooperativas e profissionais que prestam estes serviços aos seus clientes, os produtores rurais. O modelo de extensão rural brasileiro tornou-se oficial nos anos 70 e caracteriza-se por ser gratuito para o produtor rural e descentralizado ao nível dos estados, com suporte federal. Tal modelo entrou em crise nos anos 80, que culminou com a extinção da Embrater, em 1990. Na década de 90 a crise persistiu, com pouco apoio dos governos estaduais à sua solução. Os processos de pluralização dos modelos de extensão rural têm sido estudados pela literatura estrangeira, com apoio da FAO e do Banco Mundial, mas recebido pouca atenção no Brasil. A literatura pesquisada sugere que não existem modelos únicos ideais, e que a pluralização dos sistemas de extensão rural é o melhor caminho para atender a públicos diversos. As indústrias fornecedoras de insumos e equipamentos são exemplos de agentes que prestam direta ou indiretamente tais serviços, associados à venda de seus produtos. No Brasil tais agentes assumiram papel de destaque, pela sua participação na constituição dos sistemas agroindustriais ao longo do processo de modernização agrícola. Não obstante, os serviços de extensão privados prestados por tais indústrias, assim como por agroindústrias processadoras de matéria prima agropecuária, têm sido pouco estudados.
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Os resultados da pesquisa mostraram que, de fato, tais serviços têm uma importância estratégica para a competitividade das indústrias de defensivos, e que estas contam com um significativo contingente de técnicos de venda e um diversificado conjunto de firmas, através de diferentes tipos de arranjos contratuais, constituído de revendas agropecuárias, cooperativas e profissionais que prestam estes serviços aos seus clientes, os produtores rurais. O modelo de extensão rural brasileiro tornou-se oficial nos anos 70 e caracteriza-se por ser gratuito para o produtor rural e descentralizado ao nível dos estados, com suporte federal. Tal modelo entrou em crise nos anos 80, que culminou com a extinção da Embrater, em 1990. Na década de 90 a crise persistiu, com pouco apoio dos governos estaduais à sua solução. Os processos de pluralização dos modelos de extensão rural têm sido estudados pela literatura estrangeira, com apoio da FAO e do Banco Mundial, mas recebido pouca atenção no Brasil. A literatura pesquisada sugere que não existem modelos únicos ideais, e que a pluralização dos sistemas de extensão rural é o melhor caminho para atender a públicos diversos. As indústrias fornecedoras de insumos e equipamentos são exemplos de agentes que prestam direta ou indiretamente tais serviços, associados à venda de seus produtos. No Brasil tais agentes assumiram papel de destaque, pela sua participação na constituição dos sistemas agroindustriais ao longo do processo de modernização agrícola. Não obstante, os serviços de extensão privados prestados por tais indústrias, assim como por agroindústrias processadoras de matéria prima agropecuária, têm sido pouco estudados.The purpose of this thesis is, considering the environment of the Brazilian public agricultural extension crisis and the world trend to pluralization of agricultural extension systems, to study how agricultural pesticides industries plan, organize and deliver agricultural advisory services, associated to the sales of these products in Brazil. The research results showed that, in fact, these services have a strategic importance to the competitiveness of pesticides industries, which hire a significant amount of sales technicians and a diversified set of firms, through different kinds of contractual arrangements, composed of agricultural retailers, cooperatives and professionals that deliver such services to their clients, the farmers. The Brazilian agricultural extension system became official in years 70 and is characterized for being free of taxes to farmers and decentralized at the states level, with federal support. Such system faced a crisis at the eighties that culminated with the extinction of Embrater, on 1990. During the nineties the crisis persisted, with little support from state governments to its solution. The pluralization processes of agricultural extension models have been studied by foreign literature, with support from FAO and World Bank, but have received little attention in Brazil. The researched literature suggests that there are not unique and ideal models, and that pluralization of agricultural extension systems is the best way to attend diverse publics. The input and equipment supply industries are examples of agents that direct or indirectly deliver such services, associated to the sales of their goods. In Brazil such agents assumed a detached role, for their participation on the constitution of agroindustrial systems throughout the agriculture modernization process. 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