Inequality, agribusiness, family farming in Brazil: Desigualdade, agronegócio, agricultura familiar no Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Estudos Sociedade e Agricultura (Online) |
Texto Completo: | https://revistaesa.com/ojs/index.php/esa/article/view/712 |
Resumo: | Este artigo tem por objetivo refletir sobre os mecanismos de dominação simbólica presentes no discurso das elites agroindustriais quando referidos à estrutura social no campo e à representação sobre quem são os agricultores familiares e quais suas aptidões, potencialidades e (im)possibilidades históricas. Procura mostrar que a retórica das elites agroindustriais aciona as carências à agricultura familiar para impor uma seletividade discursiva que impõe uma hierarquização sobre quem é apto ou não a integrar-se produtivamente pelo estabelecimento de um alinhamento de práticas pela interferência na construção de uma identidade própria, suscitando a dificuldade de construção de um espírito crítico e de percepção das diferenças existentes. Argumentos que se reportam aos interesses patronais agroindustriais e alimentam o próprio sistema de dominação. O artigo também procura mostrar que integração e exclusão são faces de um mesmo processo e se complementam na relação que as negam: o agricultor familiar “vocacionado” reafirma a exclusão do agricultor familiar “sem condição”. A promessa de crédito facilitado e de acesso ao mercado para os “empreendedores familiares” aprofunda diferenças com os agricultores familiares voltados para a produção de subsistência. Ser “ordeiro” e “consciente” como atributos da postura competitiva exclui os agricultores familiares mobilizados na luta por direitos e por isso considerados “desordeiros” e “inocentes úteis”. |
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Inequality, agribusiness, family farming in Brazil: Desigualdade, agronegócio, agricultura familiar no BrasilDesigualdade, agronegócio, agricultura familiar no Brasil: Inequality, agribusiness, family farming in BrazilEste artigo tem por objetivo refletir sobre os mecanismos de dominação simbólica presentes no discurso das elites agroindustriais quando referidos à estrutura social no campo e à representação sobre quem são os agricultores familiares e quais suas aptidões, potencialidades e (im)possibilidades históricas. Procura mostrar que a retórica das elites agroindustriais aciona as carências à agricultura familiar para impor uma seletividade discursiva que impõe uma hierarquização sobre quem é apto ou não a integrar-se produtivamente pelo estabelecimento de um alinhamento de práticas pela interferência na construção de uma identidade própria, suscitando a dificuldade de construção de um espírito crítico e de percepção das diferenças existentes. Argumentos que se reportam aos interesses patronais agroindustriais e alimentam o próprio sistema de dominação. O artigo também procura mostrar que integração e exclusão são faces de um mesmo processo e se complementam na relação que as negam: o agricultor familiar “vocacionado” reafirma a exclusão do agricultor familiar “sem condição”. A promessa de crédito facilitado e de acesso ao mercado para os “empreendedores familiares” aprofunda diferenças com os agricultores familiares voltados para a produção de subsistência. Ser “ordeiro” e “consciente” como atributos da postura competitiva exclui os agricultores familiares mobilizados na luta por direitos e por isso considerados “desordeiros” e “inocentes úteis”.Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CPDA/UFRRJ)2016-04-22info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistaesa.com/ojs/index.php/esa/article/view/712Estudos Sociedade e Agricultura; Vol. 24 No. 1: Estudos Sociedade e Agricultura (abril a setembro de 2016); 142-160Estudos Sociedade e Agricultura; Vol. 24 Núm. 1: Estudos Sociedade e Agricultura (abril a setembro de 2016); 142-160Estudos Sociedade e Agricultura; v. 24 n. 1: Estudos Sociedade e Agricultura (abril a setembro de 2016); 142-1602526-7752reponame:Estudos Sociedade e Agricultura (Online)instname:Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)instacron:UFRRJporhttps://revistaesa.com/ojs/index.php/esa/article/view/712/452Bruno, Reginainfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-01-29T15:43:34Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/712Revistahttps://revistaesa.com/ojs/index.php/esaPUBhttps://revistaesa.com/ojs/index.php/esa/oaiestudoscpda@gmail.com||2526-77521413-0580opendoar:2021-01-29T15:43:34Estudos Sociedade e Agricultura (Online) - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)false |
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