INTERVENÇÃO DA PSICOLOGIA COM MULHERES ENCARCEIRADAS: ATUAÇÃO DO PATRONATO MUNICIPAL DE PITANGA EM PROL DA PREPARAÇÃO PARA O RETORNO AO CONVÍVIO SOCIAL E CUMPRIMENTO DA PENA EM REGIME ABERTO

• Autor(a) principal: SÉKULA, Paulo Roberto
• Data de Publicação: 2019
• Outros Autores: PEREIRA, Fernanda Soares, BERARDI, Jessica Aparecida dos Santos, FIUZA, Débora Rickli
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
• Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/199218
• topic: Sistema prisional; mulheres institucionalizadas; escuta ativa

O presente trabalho tem como objetivo apresentar à comunidade acadêmica e extensionista a expansão da atuação da psicologia no Programa Patronato – Incubadora de Direitos Sociais – SESP/SETI-UFS) que atua no acompanhamento e fiscalização de alternativas penais no regime aberto, desenvolvido pela Universidade Estadual do Centro- Oeste – UNICENTRO na Comarca de Pitanga. Além dos atendimentos já previstos na cartilha do programa, a equipe vem realizando ações com mulheres que cumprem pena no regime fechado. Sabe-se que, o sistema penitenciário funciona de forma progressiva, o sujeito passa de um sistema de cumprimento da pena para o outro a fim de prepará-lo para o retorno ao convívio social, sendo estes, regime fechado, semi-aberto e aberto. A equipe compreende que o foco do Projeto Patronato está no regime aberto, porém, entende também, que a forma como o sujeito vive o cárcere irá interferir no cumprimento do restante da pena em regime aberto. Tendo em vista que esses sujeitos que chegam ao projeto e que cumpriram pena no fechado foram completamente modificados pela cultura carcerária, desconstruídos e adaptados a um novo estilo de vida, com regras rígidas e fiscalização diária, ainda, especificamente, as mulheres, que possuem seus corpos complexos com diferentes ciclos hormonais, submetidas a uma padronização e sistema rigoroso de estilo de vida, há necessidade de um cuidado, um olhar durante todo o processo, um ponto de referência que represente esperança para conseguir terminar toda a pena. Desta forma, o Patronato vem ampliando sua atuação, criando um ambiente de escuta e preparação gradual para o retorno ao convívio social, pois entende que, se acompanhadas, a elaboração sobre estas mudanças físicas e psíquicas destas mulheres ocorrerá de maneira mais saudável, beneficiando não só a elas, mas a sociedade, visto que, estarão mais fortes e determinadas a reconstruir suas vidas e não reincidir no mundo do crime.