A vitivinicultura de altitude em Santa Catarina: desafios para o desenvolvimento do enoturismo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Losso, Flavia Baratieri
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/173660
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Florianópolis, 2016.
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spelling Universidade Federal de Santa CatarinaLosso, Flavia BaratieriPereira, Raquel Maria Fontes do Amaral2017-02-21T04:37:09Z2017-02-21T04:37:09Z2016343749https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/173660Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Florianópolis, 2016.O presente estudo analisou as relações entre a formação sócio-espacial, a produção e o consumo de vinhos finos de altitude em Santa Catarina como indutores do desenvolvimento do Enoturismo no Estado mediante o entendimento de que este tipo de turismo poderá intervir na economia do vinho, agregando valor e influenciando o consumo dessa bebida. O Planalto Catarinense detém uma expectativa altamente positiva no que se refere à vitivinicultura no Estado, onde empresas vitivinícolas produtoras de vinhos finos de altitude se instalaram a partir do final da década de 1990, a exemplo da Villa Francioni, Quinta da Neve, Villaggio Grando e Panceri. A área objeto deste estudo corresponde às regiões catarinenses produtoras de vinhos finos de altitude (Região de São Joaquim, Campos Novos e Caçador), tomando-se como ponto de partida retratar sua recente instalação, assim como a forma como vem evoluindo e o panorama atual do setor, considerando-se sua perspectiva de expansão a ponto de se tornar um novo produto e atrativo para o enoturismo. Ao abordar o desenvolvimento da atividade de vitivinicultura no Brasil, considerou-se a expansão do povoamento do território do país através dos fluxos de imigrantes europeus, visto que a origem e o desenvolvimento desta atividade estão intimamente relacionados à sua cultura. No caso das regiões estudadas, o Meio-Oeste se destaca como uma das tradicionais regiões produtoras de vinhos catarinenses, estando a gênese de sua vitivinicultura relacionada à imigração italiana. Entretanto, atualmente, os investidores envolvidos com a produção de vinhos finos de altitude são, em sua maioria, empresários e profissionais liberais atuantes em outras atividades, com pouca ou nenhuma tradição na vitivinicultura. A matriz teórica utilizada para o entendimento desse processo tem como ponto de partida a análise da realidade sócio-espacial e tem por base a categoria de formação sócio-espacial proposta por Milton Santos (1977), aliada à ideia de complexo de combinações de André Cholley (1964). Aos referenciais da pesquisa, soma-se ainda a formulação teórica de Armen Mamigonian (1986) acerca da força e do dinamismo da pequena produção mercantil nas áreas de colonização europeia no Brasil Meridional. A investigação se sustenta também na teoria da dualidade de Ignácio Rangel que abarca esferas distintas da realidade social entendida como uma totalidade histórico-estrutural, permitindo a apreensão do desenvolvimento da economia e da sociedade estudadas. O estudo caracteriza-se por uma abordagem qualitativa de cunho histórico exploratório. A coleta de dados exigiu pesquisa bibliográfica e documental, aplicação de entrevistas semiestruturadas e questionários e a realização de saídas de campo. As vinícolas visitadas expressaram seu interesse na busca pela qualidade e em estratégias de diferenciação da produção para salvaguardar a competitividade, estimulando o desejo de consumo por sua singularidade, em razão das características especiais das áreas de altitude de Santa Catarina. A vitivinicultura de altitude existente nessa região permite vislumbrar o desenvolvimento de uma rota enoturística integrada que já começa a se difundir entre os visitantes com reflexos positivos para o setor.<br>Abstract : This study examined the relationship between socio-spatial formation, production and consumption of high altitude fine wines in Santa Catarina as inducers of wine tourism development in the State. This study is based on the assumption that this type of tourism may impact wine economy, adding value and influencing the consumption of high altitude fine wine. Santa Catarina Plateau is a region with high potential to develop viniculture in the state. Companies producing high altitude fine wines, such as the Villa Francioni, Quinta da Neve, Villaggio Grando and Panceri were established in the region at the end of the 1990s. The territory covered in this study is the region of Santa Catarina where high altitude fine wines are produced (around the cities of São Joaquim, Campos Novos and Caçador). This study describes the recent start of the production of high altitude fine wines, the evolution of this specific industry and its current context, considering the perspective of expansion to the point of becoming a new product that is attractive to wine tourism. In addressing the development of wine production activity in Brazil, the extensive flow of European immigrants throughout the country's territory has to be considered, given the culture of wine production among the immigrants. Of the regions hereby studied, the Midwest stands out as one of the traditional wine producing regions of Santa Catarina, with the genesis of its viniculture related to Italian immigration. However, investors currently involved in the production of high altitude fine wines are mostly businessmen and professionals with background in other activities, and with little or no tradition in viniculture. The theoretical framework used to understand this process takes as its starting point the analysis of socio-spatial reality and is based on the category of socio-spatial formation proposed by Milton Santos (1977), together with the idea of André Cholley?s complex combinations (1964). The theoretical formulation of Armen Mamigonian (1986) about the market strength and dynamism of small production in the areas of European colonization in southern Brazil was added to the theoretical framework. The research is also based on Ignacio Rangel duality theory that embraces different dimensions of social reality ? social reality is understood as complete historical-structural ? allowing the comprehension of the development of economy and society studied. The study is characterized by a qualitative approach of exploratory historical nature. Data collection required bibliographical and documentary research, application of semi-structured interviews and questionnaires and conducting field trips. The visited wineries expressed their interest in the search for quality and production differentiation strategies to safeguard competitiveness, stimulating consumer desire for uniqueness, due to the special features of high altitude areas of Santa Catarina. The existing high altitude viniculture in this region provides a glimpse of the development of an integrated enoturistic route that starts to spread among visitors with positive effects for the sector.307 p.| il., tabs.porGeografiaUvaCultivoSanta CatarinaVinho e vinificaçãoSanta CatarinaA vitivinicultura de altitude em Santa Catarina: desafios para o desenvolvimento do enoturismoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINAL343749.pdfapplication/pdf10681653https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/173660/1/343749.pdfc3984f3ccfc0f6cc31c2111a8489ac27MD51123456789/1736602017-02-21 01:37:09.293oai:repositorio.ufsc.br:123456789/173660Repositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732017-02-21T04:37:09Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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