Participação das endotelinas endógenas na mediação da lesão pulmonar induzida por ácido olêico em camundongos
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Data de Publicação: | 2002 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/83673 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Farmacologia. |
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Participação das endotelinas endógenas na mediação da lesão pulmonar induzida por ácido olêico em camundongosFarmacologiaEndotelinasÁcido olêicoPulmõesFerimentos e lesõesTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Farmacologia.A Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA) é uma insuficiência pulmonar, não-cardiogênica, caracterizada por hipóxia refratária, complacência pulmonar diminuída e ocorrência de infiltrados alveolares difusos. Patologicamente, a SARA apresenta inflamação e elevação da permeabilidade vascular pulmonar, resultado da lesão do epitélio e endotélio pulmonares. A endotelina-1 (ET-1) foi encontrada em níveis elevados no lavado broncoalveolar (BAL) e plasma de ratos, submetidos à lesão pulmonar com ácido olêico (AO), um modelo experimental de SARA ou, no plasma de humanos acometidos de sepse ou SARA. O objetivo do presente estudo foi avaliar, através do emprego de antagonistas de receptores ETA e ETB para ETs, a participação destes peptídeos na mediação da lesão pulmonar induzida por AO em camundongos, avaliando-se os níveis de permeabilidade vascular, celularidade leucocitária e parâmetros histopatológicos. Camundongos receberam 50 mg/kg de azul de Evans (AE, i.v.) e 1 h após, AO (25 - 200 mg/kg em BSA 0,1 %, i.v.) e sacrificados em diversos tempos. Os pulmões foram removidos e processados para detecção do teor de AE tecidual por espectrofotometria, como índice da permeabilidade do leito vascular pulmonar. Outros grupos de animais, que não receberam AE, foram tratados com AO (100 ou 200 mg/kg, i.v.), e o BAL coletado 4 h após, para contagem total e específica de leucócitos. Amostras de pulmão de camundongos tratados com AO (200 mg/kg) foram analisados para a atividade da mieloperoxidade (MPO), através do método de ELISA. Em outra série, os pulmões de camundongos lesionados com AO (100 ou 200 mg/kg) foram removidos, fixados em formalina e corados com hematoxilina-eosina, para avaliação histopatológica. O AO, nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg (i.v.), elevou os níveis intrapulmonares de AE em 150, 610 e 680%, e a massa tecidual seca em 21, 34 e 30 %, respectivamente, relativos ao valor controle correspondente. O pré-tratamento com meloxicam (5 mg/kg, i.p.) ou dexametasona (1 mg/kg, s.c.) reduziu o acúmulo pulmonar de AE em 63 e 76%, respectivamente, em animais que receberam AO (100 mg/kg, i.v.). O pré-tratamento i.v. em animais submetidos à injeção de AO (100 mg/kg, i.v) com bosentan (15 e 30 mg/kg), antagonista misto de receptores ETA/ETB, ou Ro-468443 (3 ou 10 mg/kg) ou A-192621 (10, 15 ou 30 mg/kg), antagonistas seletivos de receptores ETB, reduziu o acúmulo pulmonar de AE em 28 e 72%, ou 30 e 47, ou 34, 43 e 80%, respectivamente. O pré-tratamento com A-127722.5 ou ABT-627 (ambos nas doses 3 ou 5 mg/kg), antagonistas seletivos de receptores ETA, não alteraram significativamente os níveis intrapulmonares de AE. A administração i.v. de ET-1 ou de agonistas seletivos ETB (SX6c, IRL-1620 ou BQ-3020), nas doses de 0,3, 1 ou 3 nmol/kg, não alteraram os níveis intrapulmonares de AE, em animais não submetidos à administração de AO. A administração i.v de AO na dose de 100 mg/kg causou elevação significativa de leucócitos mononucleares no BAL, enquanto que, na dose de 200 mg/kg, elevou tanto os mononucleares quanto os polimorfonucleares. O pré-tratamento com bosentan (30 mg/kg) ou Ro-468443 (10 mg/kg) reduziu significativamente o acúmulo aumentado de polimorfonucleares, mas não de mononucleares induzido por AO (200 mg/kg, i.v) no BAL. Porém, o pré-tratamento com ABT-627 (5 mg/kg) reduziu os níveis de ambos os tipos celulares no BAL. A atividade da MPO em pulmão de camundongos tratados com AO (200 mg/kg) não diferiu do grupo controle. A análise histopatológica (infiltrado leucocitário, hemorragia, congestão vascular e edema intersticial) de pulmões de camundongos, tratados com AO (100 ou 200 mg/kg, i.v.), demonstrou haver lesão tecidual dependente da dose administrada. O infiltrado leucocitário foi inibido após pré-tratamento com bosentan ou antagonistas seletivos de receptores ETA (ABT-627 ou A-127722.5) ou ETB (Ro-468443 ou A-192621). A hemorragia pulmonar foi reduzida pelo pré-tratamento com bosentan, A-192621 e A-127722.5; enquanto que a congestão vascular inibida com A-192621 e, o edema intersticial com Ro-468443. Concluímos que o AO causa aumento da permeabilidade vascular e infiltração leucocitária pulmonar em camundongos, por mecanismos que envolvem mediação endotelinérgica. O aumento da permeabilidade vascular depende da formação de produtos da via da cicloxigenase, e ativação de receptores do tipo ETB (mas não dos ETA). O acúmulo de polimorfonucleares requer mecanismos celulares que podem ser deflagrados tanto por receptores ETA quanto de ETB e, o acúmulo de mononucleares envolve a ativação dos receptores ETA, mas não dos ETB.Florianópolis, SCRae, Giles AlexanderUniversidade Federal de Santa CatarinaGuimarães, Claudio Laurentino2012-10-20T02:15:53Z2012-10-20T02:15:53Z20022002info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisii, 120 f.| il., tabs., grafs.application/pdf189603http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/83673porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-04-30T16:53:32Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/83673Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-04-30T16:53:32Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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