Representações sociais de corpo e da doação de órgãos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/214988 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2019 |
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Representações sociais de corpo e da doação de órgãosPsicologiaDoação de orgãos, tecidos, etc.Representações sociaisCampanhas publicitáriasTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2019A doação de órgãos é um ato voluntário no Brasil e para que ocorra necessita do consentimento da família. O número de doadores de órgãos tem aumentado progressivamente no Brasil e o Estado de Santa Catarina foi considerado em 2017, estatisticamente, com maior número de doadores por milhão de habitantes. Parte deste progresso tem sido associada ao investimento em campanhas midiáticas de estímulo a doação de órgãos. Neste contexto da doação de órgãos, o corpo é visto como um portador de órgãos que precisam ser reparados, sendo o corpo tratado como um objeto que, muitas vezes, é desconsiderado do ponto de vista de sua complexidade. A teoria das representações sociais é considerada um recurso para identificar e compreender como o senso comum torna familiar conceitos e experiências compartilhadas. Objetivo: Esta tese teve como objetivo compreender as representações sociais de corpo e da doação de órgãos, a partir de três estudos distintos e complementares. Para tal, foram utilizadas três técnicas numa triangulação metodológica na tentativa de compreender como a representação social de corpo e da doação de órgãos vem sendo construída pelo senso comum . O estudo 1 foi qualitativo e utilizou como objeto as campanhas midiáticas; o estudo 2 foi qualitativo, tendo como técnica o grupo focal e o estudo 3 se caracterizou por metodologia mista, quantitativo e qualitativo, do tipo survey, no qual utilizou-se um questionário on-line. Os principais achados dos três estudos direcionaram para conclusões semelhantes sobre as representações sociais de corpo e da doação órgãos: o estudo 1 forneceu as representações sociais da doção de órgãos especializadas percebidas pelos juízes com o caráter mais afetivo e ancoradas no juízo moral.; o estudo 2 revelou as representações sociais de corpo e doação de órgãos associadas ao medo e desconfiança no processo de doação e o estudo 3, trouxe a justificativa moral novamente como ancoragem para a construção da relação afetiva e moral que justifica o ato de doar. Em todos os estudos as representações sociais da doação de órgãos compreenderam uma ambivalência: morte e vida, perda e ganho, seja no que se refere à construção da noção do ato de doar (estimulando o sentimento de altruísmo no sentido de pertencimento social), seja na relação deste ato com o corpo social (motivado pela relação de reparação e produção), transitando, portanto, entre relações afetivas e morais com a doação de órgãos. Expondo uma fragilidade informacional que interfere na construção do conhecimento a respeito da doação de órgãos, mesmo quando acessado a fonte de informação especializada. Por fim, pode-se verficar que as representações sociais de corpo e da doação de órgãos na população estudada revelaram alguns entraves comunicacionais que sugerem que o acesso e a formação do conhecimento sobre o tema pode ser ampliado e melhorado, superando barreiras como crenças e mitos associados tanto ao corpo quanto a doação de órgãos.Abstract: The donation of organs is a voluntary act in Brazil and for that to happen it needs the consent of the family. The number of organ donors has steadily increased in Brazil and the state of Santa Catarina was considered in 2017, statistically, with a larger number of donors per million inhabitants. Part of this progress has been associated with investing in media campaigns to encourage organ donation. In this context of organ donation, the body is seen as a carrier of organs that need to be repaired, the body being treated as an object that is often disregarded from the point of view of its complexity. he theory of social representations is considered a resource for identifying and understanding how common sense makes shared concepts and experiences familiar. Objective: This thesis aimed to understand the social representations of body and organ donation, from three different and complementary studies. For that, three techniques were used in a methodological triangulation in an attempt to understand how the social representation of body and organ donation has been constructed by common sense. Study 1 was of a documentary and qualitative nature, and used media campaigns as its object; study 2 was qualitative, with the focal group as the technique; and, finally, study 3 was characterized by a mixed, quantitative and qualitative survey type, in which an online questionnaire was used. The main findings of the three studies directed to similar conclusions about the social representations of body and organ donation: study 1 provided the social representations of the specialized organ donation perceived by the judges with the most affective character and anchored in the moral judgment; study 2 revealed the social representations of body and organ donation associated with fear and distrust in the donation process and study 3, brought the moral justification again as an anchor for the construction of the affective and moral relationship that justifies the act of giving. In all the studies, the social representations of organ donation included an ambivalence: death and life, loss and gain, whether in the construction of the notion of giving (stimulating the feeling of altruism in the sense of social belonging), or in the relation of this act to the social body (motivated by the relation of reparation and production), transposing, therefore, between affective and moral relations with the donation of organs. Exposing an informational fragility that interferes in the construction of knowledge regarding organ donation, even when accessed to the specialized information source. Finally, it can be verified that the social representations of body and organ donation in the studied population revealed some communication barriers that suggest that access and knowledge formation on the subject can be amplified and improved, overcoming barriers such as beliefs and myths associated with both body and organ donation.Bousfield, Andréa Barbará da SilvaCamargo, Brigido VizeuUniversidade Federal de Santa CatarinaSilva, Dnyelle Souza2020-10-21T21:11:58Z2020-10-21T21:11:58Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis147 p.| il., gráfs., tabs.application/pdf362376https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/214988porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-10-21T21:11:58Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/214988Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-10-21T21:11:58Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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