Moralidade, idoneidade e convivência: discursos sobre as práticas dos repetidores de classe do INES no período de 1855 a 1910 que incidem na atuação profissional dos tradutores-intérpretes de língua de sinais da atualidade
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/188465 |
Resumo: | Esta dissertação analisa os discursos sobre as práticas dos repetidores de classe em documentos do acervo do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) no período de 1855 a 1910 que incidem atualmente na atuação dos tradutores-intérpretes de língua de sinais (TILS) no Brasil. Para isso, inspiro-me na noção de discurso de Michel Foucault (1984, 2006, 2008, 2012). Os discursos produzem práticas e constituem modos de ser e de atuar no mundo. Para tratar sobre o TILS, apresento estudos das pesquisadoras Quadros (2004), Rosa (2005) e Santos (2006, 2013), as quais abordam, entre outros temas, algumas histórias que possibilitaram a emergência dessa profissão. Esses estudos são abordados ao longo do trabalho, além de outras leituras com as quais dialogo nesta dissertação, como Rocha (2008, 2009) e Lobo (2008), e as produções realizadas pela Série Histórica do Instituto Nacional de Educação de Surdos publicadas em 2011. Para refletir sobre o contexto da educação, utilizo Faria-Filho (2000), Schueler e Magaldi (2008), Mazzota (2003) e Jannuzzi (2006). Também reflito com as pesquisas de Martins (2008; 2013) e Nantes (2012), que desenvolveram estudos sobre os TILS no campo dos Estudos Foucaultianos. Além do comentador Veiga-Neto (2003, 2006, 2009 e 2012), inspiro-me nos textos de Fischer (2001, 2012) e Castro (2009) para a construção das unidades discursivas. Para as análises, foram extraídos excertos dos documentos, os quais foram agrupados pelas recorrências discursivas em três conjuntos temáticos que tratam sobre a atuação dos repetidores. Esses agrupamentos constituem as unidades de análise, que nomeei como: 1) Discursos morais: sujeitos de boa índole e de bons costumes – nessa unidade, apresento excertos que abordam a questão da exigência de profissionais moralmente aptos para assumir a função de repetidor; 2) Discursos profissionais: a formação pela convivência – unidade formada por excertos que traçam perfis, formações específicas e processos seletivos para o desempenho da função; e 3) Discursos jurídicos: a condução das condutas pelas leis – excertos que se referem a documentos legais que visavam à regulação, ao controle e à condução da atuação dos repetidores. Também faço uma contextualização das condições históricas, políticas e educacionais do Brasil no período que compreende Império e início da República, a fim de apresentar os discursos sobre as práticas dos repetidores de classe. Moralidade, idoneidade e convivência estão entre as principais exigências e hoje são verdades que atravessaram os tempos e incidem diretamente na atuação dos TILS em nosso país. |
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