Pode e podia: uma proposta semântico-pragmática
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95149 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2011 |
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Pode e podia: uma proposta semântico-pragmáticaLinguisticaModalidade(Linguistica)PossibilidadeLingua portuguesa -SemanticaDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2011Este trabalho investiga a semântica de 'pode' e 'podia' no Português Brasileiro (PB) em contextos epistêmicos onde a possibilidade da proposição prejacente é orientada para o futuro (a partir do momento de fala). Com base na proposta de Kratzer (1981, 1991, 2008, 2010) sobre modalidade dependente do contexto, mostraremos que tanto 'pode' quanto 'podia' expressam possibilidade, e suas diferenças se devem à atuação do imperfeito, ausente em 'pode' e presente em 'podia'. Argumentamos que, quando não expressa passado, 'podia' veicula significados não proposicionais captados intuitivamente, como não-factualidade e desejo. A proposta apresentada é que 'pode', onde morfema de imperfeito é ausente, restringe os mundos de avaliação (a base modal, segundo Kratzer) aos mundos mais próximos ao mundo real de acordo com um parâmetro de ordenação. Para usar 'pode' o falante precisa ter evidências que indiquem a factualidade do evento descrito pela prejacente, o que permite expressar uma possibilidade mais objetiva. Já para proferir 'podia' o falante não necessita de evidências que indiquem a factualidade do evento descrito pela prejacente, e então não promove restrição de mundos: o falante considera tanto mundos próximos quanto distantes do mundo real. Dessa falta de evidência, o falante veicula uma possibilidade mais subjetiva, mais característica de uma declaração de opinião do que de uma descrição de mundo. Da falta de evidência do falante ao expressar uma possibilidade, derivam outros significados, como o desejo do falante de que o evento descrito pela prejacente seja fato. Para fundamentar a análise desses significados não proposicionais, recorremos aos trabalhos de Iatridou (2000) sobre contrafactualidade e imperfectividade, Lyons (1977), sobre objetividade e subjetividade, e à proposta mista de Portner (2009), que mescla análise formal com uma visão discursiva inspirada em Stalnaker (1975).This thesis investigates de semantic contribution of 'pode' (third person, present tense of the possibility verb 'poder') and 'podia' (third person, past imperfect tense of the same verb) in Brazilian Portuguese (BP), when both are used in epistemic future oriented contexts. Based on Kratzer's (1981, 1991, 2008, 2010) proposals about context dependent modality, I will show that both 'pode' and 'podia' express possibility. The differences between them are due to the imperfect contribution, which is the case in 'podia' but not in 'pode'. I argue that when the imperfect does not express past tense, it conveys intuitively captured non-propositional meanings, like non-factuality, desire, advice and politeness. The proposal presented here is that 'pode' restricts the worlds of evaluation (modal base) to those closer to the actual world according to a parameter of ordination (ordering source). To use a sentence with 'pode' the speaker must have evidences that support the factuality of the event described by the prejacent proposition, which allows her to express a possibility more objectively. On the other hand, to utter 'podia' the speaker does not need to have evidences to support the factuality of the prejacent, and so, does not restrict the modal base worlds. From this lack of evidence the speaker conveys a more subjective possibility, a declaration of opinion rather a description of the world. When the speaker expresses a possibility with lack of evidence to support it, other meanings can be derived, such as the speaker's desire that the event described by the prejacent sentence becomes true. To substantiate the analysis of the non-propositional meanings intuitively captured I turn to Iatridou's (2000) about imperfective and counterfactuality, Lyons's (1977) work about objectivity and subjectivity, and to the Portner (2009), who combines the formal analysis with a discoursive approach based on Stalnaker (1975)Oliveira, Roberta Pires deUniversidade Federal de Santa CatarinaPessotto, Ana Lúcia2012-10-25T21:18:06Z2012-10-25T21:18:06Z2012-10-25T21:18:06Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf289342http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95149porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-04-30T12:19:02Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/95149Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-04-30T12:19:02Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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