Descrição e análise sintática de extensões verbais em Kimwani, uma língua Bantu falada em Moçambique
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/222050 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Lingüística, Florianópolis, 2021. |
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Descrição e análise sintática de extensões verbais em Kimwani, uma língua Bantu falada em MoçambiqueLinguísticaLíngua portuguesaLíngua portuguesaBantosTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Lingüística, Florianópolis, 2021.A presente tese descreve e analisa a sintaxe de extensões verbais em Kimwani, uma língua bantu falada em Moçambique, especificamente na faixa costeira da província de Cabo Delgado. Para este estudo, foram selecionadas cinco (5) extensões, a saber: causativa -is-, aplicativa -ir-, passiva -iw-, recíproca -an- e estativa -ek-. Estas extensões são morfemas derivacionais que (co)ocorrem junto ao radical verbal e podem alterar (aumentar ou diminuir) a estrutura sintática/argumental do verbo primitivo. Em termos metodológicos, a presente tese tem um foco descritivo e explicativo. Os dados analisados neste trabalho foram coletados na província moçambicana de Cabo Delgado, por meio de aplicação de uma entrevista e um questionário impresso. A amostra da pesquisa é composta por 20 informantes falantes nativos de Kimwani. Depois da coleta, os dados do questionário, primeiro, foram organizados e computados por meio de um pacote estatístico Excel e, depois, juntamente com os dados das entrevistas, foram descritos, interpretados e analisados qualitativamente, considerando os pressupostos teóricos e práticos do Programa Minimalista de Chomsky (1995). Em termos de conclusão, defendo que as extensões verbais são núcleos funcionais e devem ser concatenadas acima do VP. Quando presentes, esses morfemas desencadeiam efeitos de transitividade que consistem no incremento ou diminuição de argumentos na construção sintática. Cada extensão projeta seu próprio núcleo funcional em que o morfema é alojado e projeta seu próprio especificador, em que os argumentos inseridos recebem de forma configuracional os papéis temáticos. Quanto à combinação, o Kimwani permite a coocorrência de até quatro (4) extensões de forma invariável obedecendo a ordem CARP, proposta por Hyman (2002). A combinação de extensões na língua em estudo, por um lado, é determinada por fatores morfotáticos, fonotáticos e morfossintáticos e, por outro lado, segue princípios de precedência de c-comando, de tal forma que a extensão causativa c-comanda as outras extensões. Os resultados da análise mostraram ainda que esses sufixos têm propriedades fonológicas, morfológicas, sintáticas e semânticas.Abstarct: This thesis describes and analyzes the syntax of verbal extensions in Kimwani, a Bantu language spoken in Mozambique, specifically in the coastal strip of the Cabo Delgado province. For this study, five (5) extensions were selected, namely: causative -is-, applicative -ir-, passive -iw-, reciprocal -an- and estative -ek-. These extensions are derivational morphemes that (co)occur next to the verbal stem and can alter (increase or decrease) the syntactic/argument structure of the primitive verb. In methodological terms, the present thesis has a descriptive and explanatory focus. The data analyzed in this work were collected in the Mozambican province of Cabo Delgado, through the application of an interview and a printed questionnaire. The research sample consists of 20 informants, native speakers of Kimwani. After collection, the data of the questionnaire were first organized and computed using an Excel statistical package and then, together with the interview data, described, interpreted, and qualitatively analyzed, considering the theoretical and practical assumptions of Chomsky?s Minimalist Program (1995). In terms of conclusion, I claim that verbal extensions are functional heads and should be concatenated above the VP. When present, these morphemes trigger transitivity effects that consist in the increase or decrease of arguments in the syntactic construction. Each extension projects its own functional head in which the morpheme is hosted and projects its own specifier, in which the inserted arguments receive the thematic roles in a configurational way. As for combination, Kimwani allows the co-occurrence of up to four (4) extensions invariably obeying the CARP order, proposed by Hyman (2002). The combination of extensions in the studied language, on the one hand, is determined by morphotactic, phonotactic and morphosyntactic factors and follows, on the other hand, c-command precedence principles, in such a way that the causative extension c-commands the other extensions. The results of the analysis also showed that these suffixes have phonological, morphological, syntactic and semantic properties.Martins, Marco AntonioNgunga, Armindo Saúl AtelelaUniversidade Federal de Santa CatarinaSalimo, Calawia2021-04-12T18:35:28Z2021-04-12T18:35:28Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis248 p.| il.application/pdf371485https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/222050porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-04-12T18:35:28Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/222050Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732021-04-12T18:35:28Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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