Tratamentos contra Monogenea (Dawestrema cycloancistrium) em pirarucu (Arapaima gigas)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Araújo, Pollyana Alves de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/231124
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Aquicultura, Florianópolis, 2021.
id UFSC_7a0335e9dcc5f54ebb4a234a470318e5
oai_identifier_str oai:repositorio.ufsc.br:123456789/231124
network_acronym_str UFSC
network_name_str Repositório Institucional da UFSC
repository_id_str 2373
spelling Tratamentos contra Monogenea (Dawestrema cycloancistrium) em pirarucu (Arapaima gigas)AquiculturaPeixesPirarucu (Peixe)SalTriclorfonDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Aquicultura, Florianópolis, 2021.No cultivo do pirarucu, mortalidades na alevinagem estão fortemente associadas ao surgimento de doenças causadas por Monogenea. Na tentativa de amenizar as perdas causadas por Dawestrema sp., antihelmínticos, triclorfon, cloreto de sódio dentre outros princípios ativos são utilizados pelo setor produtivo, entretanto sem informações elucidadas quanto à posologia e eficácia. O objetivo deve estudo foi avaliar a eficácia de cloreto de sódio e triclorfon no controle de monogenea Dawestrema cycloancistrium ectoparasito de pirarucu Arapaima gigas e cloro comercial como medida profilática de desinfecção. Inicialmente realizou-se um ensaio in vitro, onde utilizou-se 15 tratamentos com 4 repetições cada, sendo: cloreto de sódio (4, 8, 10, 12 e 14 g L-1), triclorfon (0,1, 0,4, 0,8, 1,6 e 3,2 mg L-1), e cloro nas concentrações de (1.000, 3.000, 6.000 mg L-1 e 20 mL L-1 ). Foram realizados 2 ensaios consecutivos de toxicidade em alevinos de pirarucu (11,61 ± 0,54 e 8,36 ± 0,81 g) com cloreto de sódio e com triclorfon, constituído por cinco tratamentos, quatro repetições cada e três peixes por repetição. As concentrações utilizadas foram: cloreto de sódio (0,0; 8,0; 10,0; 12,0 e 14,0 g L-1) e triclorfon (0,0; 0,4; 0,8; 1,6 e 3,2 mg L-1). Posteriormente, foram utilizados alevinos de pirarucus (16,74 ± 5,9 cm e 24,74 ± 3,8 g) infestados experimentalmente para a realização do ensaio in vivo, consistindo em 5 tratamentos de banhos com: Triclorfon 5 mg L-1 e cloreto de sódio 12 g L-1 por 4 horas, 1 vez ao dia, por 4 dias consecutivos; triclorfon 5 mg L-1 e cloreto de sódio 10 g L-1 por 24 horas, durante 2 dias com intervalo de 24 horas e o controle, ao final dos banhos os peixes foram coletados e amostrados para análise sanguínea e de brânquias. Na avaliação do efeito in vitro do cloreto de sódio e do triclorfon as maiores concentrações testadas de ambos os produtos provocaram mortalidade de 100% de monogenea mais rapidamente. Sendo cloreto de sódio 12 e 14 g L-1, após 1 hora e triclorfon 3,2 e 1,6 mg L-1 30 minutos e 1 hora, respectivamente. O uso do cloro causou rápida mortalidade de monogenea com tempos variando de 2 a 5 minutos após a exposição. A toxicidade CL50-96h do cloreto de sódio e do triclorfon para alevinos de A. gigas foi de 9,9 g L-1 e 9,73 mg L-1. Todos os tratamentos testados apresentaram redução significativa na intensidade parasitária em comparação ao grupo controle, com elevada eficácia, acima ou próxima de 90%. Quanto a fisiologia os banhos de curta e longa duração de cloreto de sódio e triclorfon não alteraram os valores de hematócrito, número de eritrócitos (RBC), volume corpuscular médio (VCM), concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM) e leucócitos totais (p>0,05). Todavia, as concentrações de hemoglobina, número de trombócitos, leucócitos, monócitos, neutrófilos e linfócitos foram significativamente diferentes (p>0,05) em relação os animais tratados e controle. O cloro 1.000 mg L-1 pode ser utilizado como agente desinfetante contra o parasito D. cycloancistrium de A. gigas. Banhos com cloreto de sódio e triclorfon apresentaram atividade anti-helmíntica em monogenea de pirarucu, com elevados valores de eficácia nas concentrações testadas, porém os banhos de longa duração apresentaram altos índices de mortalidade. Recomenda-se a utilização de banhos curtos de 12 g L-1 de cloreto de sódio e 5 mg L-1 de triclorfon para controle de monogenea.Abstract: In pirarucu farming, hatching mortalities are strongly associated with the emergence of diseases caused by Monogenea. In an attempt to alleviate the losses caused by Dawestrema sp., antiheminthics, trichlorfon, sodium chloride, among other active ingredients are used by the productive sector, but without elucidated information regarding dosage and efficacy. The aim of this study was to evaluate the efficacy of sodium chloride and trichlorfon in the control of monogenea Dawestrema cycloancistrium ectoparasite of pirarucu Arapaima gigas and commercial chlorine as a prophylactic disinfection measure. Initially, an in vitro test was carried out, using 15 treatments with 4 replicates each, being: sodium chloride (4, 8, 10, 12 and 14 g L-1), trichlorfon (0.1, 0.4, 0.8, 1.6 and 3.2 mg L-1), and chlorine at concentrations of (1,000; 3,000; 6,000 mg L-1 and 20 mL L-1). Two consecutive toxicity tests were carried out on pirarucu fingerlings (11.61 ± 0.54 and 8.36 ± 0.81 g) with sodium chloride and with trichlorfon, consisting of five treatments, four replicates each and three fish per replicate. The concentrations used were: sodium chloride (0.0; 8.0; 10.0; 12.0 and 14.0 g L-1) and trichlorfon (0.0; 0.4; 0.8; 1, 6 and 3.2 mg L-1). Later, pirarucu fingerlings (16.74 ± 5.9 cm and 24.74 ± 3.8 g) experimentally infected were used for the in vivo test, which consisted of 5 treatments of baths: Trichlorfon 5 mg L-1 , and sodium chloride 12 g L-1, for 4 hours, once a day, for 4 consecutive days, trichlorfon 5 mg L-1 and sodium chloride 10 g L-1, for 24 hours, for 2 days with an interval 24 hours and the control, at the end of the baths, the fish were collected for blood and gill samples. In evaluating the in vitro effect of sodium chloride and trichlorfon, the highest concentrations tested of both caused 100% mortality of monogeneans more quickly. Sodium chloride being 12 and 14 g L-1, after 1 hour and trichlorfon 3.2 and 1.6 mg L-1 30 minutes and 1 hour, respectively. The use of chlorine caused rapid mortality of monogeneans with times varying from 2 to 5 minutes after exposure. The LC50-96h toxicity of sodium chloride and trichlorfon for A. gigas fingerlings was 9.9 g L-1 and 9.73 mg L-1. All tested treatments showed significant reduction in parasite intensity compared to the control group, with high efficacy, above or close to 90%. As for physiology, the short and long term baths of sodium chloride and trichlorfon did not change the values of hematocrit, erythrocytes number (RBC), mean corpuscular volume (MCV), mean corpuscular hemoglobin concentration (MCHC) and total leukocytes (p>0.05). However, the blood concentrations of hemoglobin, number of thrombocytes, leukocytes, monocytes, neutrophils and lymphocytes were significantly different (p>0.05) in relation to treated and control animals. Chlorine 1,000 mg L-1 could be used as a disinfectant agent against D. cycloancistrium parasite of A. gigas. Baths with sodium chloride and trichlorfon showed anthelmintic activity on pirarucu monogenean, with high efficacy values at the concentrations tested, but long-term baths showed high mortality rates. It is recommended the use of short baths of 12 g L-1 of sodium chloride and 5 mg L-1 of trichlorfon to control monogeneans.Martins, Maurício LaterçaUniversidade Federal de Santa CatarinaAraújo, Pollyana Alves de2022-02-14T13:33:26Z2022-02-14T13:33:26Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis65 p.| il., gráfs., tabs.application/pdf374183https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/231124porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-02-14T13:33:26Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/231124Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732022-02-14T13:33:26Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
dc.title.none.fl_str_mv Tratamentos contra Monogenea (Dawestrema cycloancistrium) em pirarucu (Arapaima gigas)
title Tratamentos contra Monogenea (Dawestrema cycloancistrium) em pirarucu (Arapaima gigas)
spellingShingle Tratamentos contra Monogenea (Dawestrema cycloancistrium) em pirarucu (Arapaima gigas)
Araújo, Pollyana Alves de
Aquicultura
Peixes
Pirarucu (Peixe)
Sal
Triclorfon
title_short Tratamentos contra Monogenea (Dawestrema cycloancistrium) em pirarucu (Arapaima gigas)
title_full Tratamentos contra Monogenea (Dawestrema cycloancistrium) em pirarucu (Arapaima gigas)
title_fullStr Tratamentos contra Monogenea (Dawestrema cycloancistrium) em pirarucu (Arapaima gigas)
title_full_unstemmed Tratamentos contra Monogenea (Dawestrema cycloancistrium) em pirarucu (Arapaima gigas)
title_sort Tratamentos contra Monogenea (Dawestrema cycloancistrium) em pirarucu (Arapaima gigas)
author Araújo, Pollyana Alves de
author_facet Araújo, Pollyana Alves de
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Martins, Maurício Laterça
Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.author.fl_str_mv Araújo, Pollyana Alves de
dc.subject.por.fl_str_mv Aquicultura
Peixes
Pirarucu (Peixe)
Sal
Triclorfon
topic Aquicultura
Peixes
Pirarucu (Peixe)
Sal
Triclorfon
description Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Aquicultura, Florianópolis, 2021.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021
2022-02-14T13:33:26Z
2022-02-14T13:33:26Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv 374183
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/231124
identifier_str_mv 374183
url https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/231124
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 65 p.| il., gráfs., tabs.
application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFSC
instname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron:UFSC
instname_str Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron_str UFSC
institution UFSC
reponame_str Repositório Institucional da UFSC
collection Repositório Institucional da UFSC
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808651935549489152