Recria do pirarucu Arapaima gigas em viveiros escavados e em tanques-rede
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/219403 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Aquicultura, Florianópolis, 2020. |
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Recria do pirarucu Arapaima gigas em viveiros escavados e em tanques-redeAquiculturaPirarucu (Peixe)Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Aquicultura, Florianópolis, 2020.O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito dos sistemas de produção semi-intensivo (viveiros escavados) e intensivo (tanques-rede) sobre os aspectos produtivos e econômicos do pirarucu, Arapaima gigas, na fase de recria. O estudo foi conduzido por 105 dias, considerando-se viveiros escavados (300 m2) e tanques-rede (4,0 m3) como tratamentos, aplicados a quatro repetições. Alevinos de pirarucu (28,03 ± 6,34 g e 11,75 ± 0,80 cm) foram estocados nas densidades de 0,4 peixes/m2 nos viveiros e de 40 peixes/m3 nos tanques-rede, que foram alimentados diariamente com ração comercial extrusada para peixes carnívoros, com teor de proteína bruta de 40 ou 45%, de acordo a faixa de peso dos animais. Quinzenalmente foram realizadas biometrias para obtenção do comprimento padrão e do peso de peixes (n=20) de cada unidade experimental. A temperatura, o pH, a transparência da água e a concentração de oxigênio dissolvido foram mensuradas três vezes por semana, enquanto a alcalinidade, a dureza e as concentrações de nitrito, amônia ionizada e não ionizada foram analisadas semanalmente. A disponibilidade de alimento natural foi amostrada a cada biometria, a partir da amostragem do fitoplâncton, do zooplâncton e dos insetos presentes na água. Adicionalmente, o conteúdo estomacal de peixes de cada unidade experimental (n=5) foi utilizado para análise quantitativa e qualitativa dos itens alimentares (insetos, vegetais, fitoplâncton, sedimento, copépodes, cladóceros e rotíferos) em cada uma das biometrias. Ao final do experimento foram calculadas a sobrevivência, a conversão alimentar aparente, os coeficientes de variação do comprimento padrão (CVCP) e do peso final (CVPf) e a taxa de crescimento específico, e aplicada uma análise econômica parcial, considerando os custos operacionais de cada tratamento. A qualidade da água permaneceu dentro da faixa aceitável para a espécie ao longo do estudo. A sobrevivência foi mais elevada nos viveiros (97,5%) do que nos tanques-rede (73,9%). O comprimento padrão e o peso final foram mais altos nos viveiros (43,03 ± 1,40 cm; 943,5 ± 9,01) do que nos tanques-rede (38,00 ± 0,75 g; 834,78 ± 21,06 cm), com coeficientes de variação (CVCP e CVPf) mais baixos nos peixes dos viveiros. A conversão alimentar foi menor nos peixes dos viveiros (0,96 ± 0,06) do que no dos tanques-rede (1,20 ± 0,11). Embora tenha sido utilizada ração artificial, A. gigas também ingeriu o alimento natural presente na água dos dois sistemas de produção. A abundância relativa do zooplâncton no estômago diminuiu com o aumento do peso dos peixes, diferentemente dos insetos, para os quais foi registrada maior abundância na classe final de peso 801-1.000 g, tanto nos viveiros (18,82%) quanto nos tanques-rede (3,59%). Esse padrão de aumento foi observado para a ração e para o sedimento, porém estes itens foram mais abundantes nos estômagos dos peixes dos tanques-rede em todas as classes de peso. Deste modo, j.eles nas faixas de 300-600 g e de 600-1.000 g em ambos os sistemas de produção; além disso, o índice de seletividade alimentar dos itens naturais foi maior para cladóceros e insetos nos viveiros escavados, e para copépodes nos tanques-rede. Arapaima gigas de até 1.000 g consumiram alimento natural quando cultivados em tanques-rede e em viveiros, com maior contribuição do alimento natural neste último, mesmo na presença de alimento artificial. Os melhores índices de eficiência econômica e de custo médio foram registrados nos viveiros escavados. Neste sentido concluiu-se que o sistema de produção em viveiros escavados foi o melhor para o cultivo de A. gigas durante a fase de recria.Abstract: The objective of this study was to evaluate the effect of semi-intensive (excavated nurseries) and intensive (cages) production systems on the productive and economic aspects of the pirarucu, Arapaima gigas, in the growing season. The study was conducted for 105 days, considering excavated nurseries (300 m2) and cages (4.0 m3) as treatments, applied to four replications. Pirarucu fry (28.03 ± 6.34 g and 11.75 ± 0.80 cm) were stocked at densities of 0.4 fish / m2 in nurseries and 40 fish / m3 in cages, which were fed daily with commercial feed extruded for carnivorous fish, with 40 or 45% crude protein content, according to the animals' weight range. Biometrics were performed biweekly to obtain the standard length and fish weight (n = 20) of each experimental unit. Temperature, pH, water transparency, and dissolved oxygen concentration were measured three times a week, while alkalinity, hardness, and nitrite concentrations, ionized and non-ionized ammonia were analyzed weekly. Natural food availability was sampled at each biometry, from the sampling of phytoplankton, zooplankton, and insects present in the water. Additionally, fish's stomach content from each experimental unit (n = 5) was used for quantitative and qualitative analysis of food items (insects, vegetables, phytoplankton, sediment, copepods, cladocerans, and rotifers) in each biometry. At the end of the experiment, survival, apparent feed conversion, coefficients of variation of standard length (CVCP), and final weight (CVPf), and specific growth rate were calculated. A partial economic analysis was applied, considering the operating costs of each treatment. The water quality remained within the acceptable range for the species throughout the study. Survival was higher in nurseries (97.5%) than in cages (73.9%). Standard length and final weight were higher in nurseries (43.03 ± 1.40 cm; 943.5 ± 9.01) than in cages (38.00 ± 0.75 g; 834.78 ± 21, 06 cm), with lower coefficients of variation (CVCP and CVPf) lower in fish from farms. Feed conversion was lower in fish in ponds (0.96 ± 0.06) than in cages (1.20 ± 0.11). Although artificial feed was used, A. gigas also ingested the natural food present in the two production systems' water. The relative abundance of zooplankton in the stomach decreased with the increase in fish weight, unlike insects, for which greater abundance was registered in the final weight class 801-1,000 g, both in nurseries (18.82%) and in cages ( 3.59%). This pattern of the increase was observed for feed and sediment, but these items were more abundant in caged fish's stomachs in all weight classes. In this way, pirarucu juveniles weighing up to 300 g showed a different food preference than those in the 300-600 g and 600-1,000 g ranges in both production systems; also, the index of food selectivity of natural items was higher for cladocerans and insects in the excavated nurseries and copepods in the cages. A. gigas of up to 1,000 g consumed natural food when grown in cages and nurseries, with a more significant contribution of natural food in the latter, even in the presence of artificial food. The best rates of economic efficiency and average cost were registered in the excavated nurseries. In this sense, it was concluded that the production system in excavated nurseries was the best for the cultivation of A. gigas during the growing season.Nuñer, Alex Pires de OliveiraMatos, Flávia Tavares deUniversidade Federal de Santa CatarinaOliveira, Hyago Jovane Borges de2021-01-14T18:09:10Z2021-01-14T18:09:10Z2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis59 p.| il., gráfs.application/pdf370832https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/219403porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-01-14T18:09:10Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/219403Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732021-01-14T18:09:10Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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