Princípios e execução penal: a obrigatoriedade do contraditório para a regressão de regime na execução da pena privativa de liberdade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luz, Thiago Zeferino
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/117186
Resumo: TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Jurídicas. Direito.
id UFSC_7a32469beea79d4bafae118976adffe1
oai_identifier_str oai:repositorio.ufsc.br:123456789/117186
network_acronym_str UFSC
network_name_str Repositório Institucional da UFSC
repository_id_str 2373
spelling Universidade Federal de Santa CatarinaLuz, Thiago ZeferinoRosa, Alexandre Morais da2014-06-19T01:13:23Z2014-06-19T01:13:23Z2013-12-022013-12-02https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/117186TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Jurídicas. Direito.A legalização da pena privativa de liberdade e sua consequente consonância com a Constituição constituiu um avanço histórico. Desde a Antiguidade até o Século XVIII, as penas eram caracterizadas pela aflição extrema. A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 veda expressamente penas de morte (com ressalva), de caráter perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento ou cruéis. As penas privativas de liberdade podem ser de reclusão, de detenção e prisão simples. Com o advento da Lei n. 12.403/2011, desapareceram algumas diferenças entre reclusão e detenção. Mesmo sendo visto como um progresso, o “novo” sistema criminal não atende o que legitimamente se espera da punição estatal. É caracterizado como sistema em crise. A pena privativa de liberdade compreende o cumprimento em três diferentes regimes: fechado, semiaberto e aberto. A individualização da execução da pena decorre da adoção do princípio constitucional da individualização da pena. Após a fixação do regime e o início do cumprimento da pena privativa de liberdade, cabe ao juízo da execução acompanhá-la e promover a progressão de regime. O regime fechado destina-se ao cumprimento da pena de reclusão. É o regime mais rigoroso aplicado. O regime semiaberto pressupõe maior integração do apenado com o mundo externo e com os outros reclusos. Nesse, há menos limitações que no regime fechado. O regime menos severo para cumprimento da pena privativa de liberdade é o aberto. Baseia-se na autodisciplina e no senso de responsabilidade do condenado. Nele, o condenado deve trabalhar ou estudar fora do estabelecimento e sem vigilância, permanecendo recolhido apenas durante o período noturno e nos dias de folga. A execução da pena privativa de liberdade no Brasil ocorre progressivamente, ou seja, do regime mais gravoso se vai até o regime menos gravoso. Para que o reeducando faça jus à progressão de regime, faz-se necessário que cumpra requisitos de ordem subjetiva e objetiva. O critério subjetivo baseia-se na conduta do reeducando, levando-se em consideração aspectos da personalidade e comportamento do apenado para a verificação do cabimento ou não da progressão de regime naquele momento. Os critérios objetivos se relacionam com a exigência de determinada quantidade de pena a ser cumprida. Grande parte da doutrina e da jurisprudência entendem ser possível a regressão cautelar do regime de pena privativa de liberdade. Não há como se entender o devido processo legal, em estado democrático de direito, como se tratando apenas de formalidades procedimentais. Com o objetivo de operacionalizar o devido processo legal substancial, deve-se recorrer ao princípio da proporcionalidade. Em decorrência do princípio da legalidade, a aplicação do princípio da proporcionalidade deve ser sempre favorável ao acusado. Referido princípio não pode ser usado em nome do bem comum ou da coletividade. O contraditório, cuja presença na execução penal a caracteriza como processo, constitui elemento indispensável a toda manifestação judicial que se relacione com os direitos e deveres do apenado, não consistindo em exceção a definição do regime de cumprimento da pena.61 f.Execução penalPena privativa de liberdadeRegressão cautelar de regimePrincípios e execução penal: a obrigatoriedade do contraditório para a regressão de regime na execução da pena privativa de liberdadeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALTCC THIAGO Z. LUZ FINAL.pdfTCC THIAGO Z. LUZ FINAL.pdfapplication/pdf875418https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/117186/1/TCC%20THIAGO%20Z.%20LUZ%20FINAL.pdff28230158ad98cbef2dee83fb9737d63MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81383https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/117186/2/license.txt11ee89cd31d893362820eab7c4d46734MD52123456789/1171862014-06-18 22:13:23.23oai:repositorio.ufsc.br:123456789/117186Vm9jw6ogdGVtIGEgbGliZXJkYWRlIGRlOiBDb21wYXJ0aWxoYXIg4oCUIGNvcGlhciwgZGlzdHJpYnVpciBlIHRyYW5zbWl0aXIgYSBvYnJhLiBSZW1peGFyIOKAlCBjcmlhciBvYnJhcyBkZXJpdmFkYXMuClNvYiBhcyBzZWd1aW50ZXMgY29uZGnDp8O1ZXM6IEF0cmlidWnDp8OjbyDigJQgVm9jw6ogZGV2ZSBjcmVkaXRhciBhIG9icmEgZGEgZm9ybWEgZXNwZWNpZmljYWRhIHBlbG8gYXV0b3Igb3UgbGljZW5jaWFudGUgKG1hcyBuw6NvIGRlIG1hbmVpcmEgcXVlIHN1Z2lyYSBxdWUgZXN0ZXMgY29uY2VkZW0gcXVhbHF1ZXIgYXZhbCBhIHZvY8OqIG91IGFvIHNldSB1c28gZGEgb2JyYSkuIFVzbyBuw6NvLWNvbWVyY2lhbCDigJQgVm9jw6ogbsOjbyBwb2RlIHVzYXIgZXN0YSBvYnJhIHBhcmEgZmlucyBjb21lcmNpYWlzLgpGaWNhbmRvIGNsYXJvIHF1ZTogUmVuw7puY2lhIOKAlCBRdWFscXVlciBkYXMgY29uZGnDp8O1ZXMgYWNpbWEgcG9kZSBzZXIgcmVudW5jaWFkYSBzZSB2b2PDqiBvYnRpdmVyIHBlcm1pc3PDo28gZG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMuIERvbcOtbmlvIFDDumJsaWNvIOKAlCBPbmRlIGEgb2JyYSBvdSBxdWFscXVlciBkZSBzZXVzIGVsZW1lbnRvcyBlc3RpdmVyIGVtIGRvbcOtbmlvIHDDumJsaWNvIHNvYiBvIGRpcmVpdG8gYXBsaWPDoXZlbCwgZXN0YSBjb25kacOnw6NvIG7Do28gw6ksIGRlIG1hbmVpcmEgYWxndW1hLCBhZmV0YWRhIHBlbGEgbGljZW7Dp2EuIE91dHJvcyBEaXJlaXRvcyDigJQgT3Mgc2VndWludGVzIGRpcmVpdG9zIG7Do28gc8OjbywgZGUgbWFuZWlyYSBhbGd1bWEsIGFmZXRhZG9zIHBlbGEgbGljZW7Dp2E6IExpbWl0YcOnw7VlcyBlIGV4Y2XDp8O1ZXMgYW9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIG91IHF1YWlzcXVlciB1c29zIGxpdnJlcyBhcGxpY8OhdmVpczsgT3MgZGlyZWl0b3MgbW9yYWlzIGRvIGF1dG9yOyBEaXJlaXRvcyBxdWUgb3V0cmFzIHBlc3NvYXMgcG9kZW0gdGVyIHNvYnJlIGEgb2JyYSBvdSBzb2JyZSBhIHV0aWxpemHDp8OjbyBkYSBvYnJhLCB0YWlzIGNvbW8gZGlyZWl0b3MgZGUgaW1hZ2VtIG91IHByaXZhY2lkYWRlLiBBdmlzbyDigJQgUGFyYSBxdWFscXVlciByZXV0aWxpemHDp8OjbyBvdSBkaXN0cmlidWnDp8Ojbywgdm9jw6ogZGV2ZSBkZWl4YXIgY2xhcm8gYSB0ZXJjZWlyb3Mgb3MgdGVybW9zIGRhIGxpY2Vuw6dhIGEgcXVlIHNlIGVuY29udHJhIHN1Ym1ldGlkYSBlc3RhIG9icmEuIEEgbWVsaG9yIG1hbmVpcmEgZGUgZmF6ZXIgaXNzbyDDqSBjb20gdW0gbGluayBwYXJhIGVzdGEgcMOhZ2luYS4KTGljZW7Dp2EgQ3JlYXRpdmUgQ29tbW9ucyAtIGh0dHA6Ly9jcmVhdGl2ZWNvbW1vbnMub3JnL2xpY2Vuc2VzL2J5LW5jLzMuMC9ici8KRepositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732014-06-19T01:13:23Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
dc.title.en.fl_str_mv Princípios e execução penal: a obrigatoriedade do contraditório para a regressão de regime na execução da pena privativa de liberdade
title Princípios e execução penal: a obrigatoriedade do contraditório para a regressão de regime na execução da pena privativa de liberdade
spellingShingle Princípios e execução penal: a obrigatoriedade do contraditório para a regressão de regime na execução da pena privativa de liberdade
Luz, Thiago Zeferino
Execução penal
Pena privativa de liberdade
Regressão cautelar de regime
title_short Princípios e execução penal: a obrigatoriedade do contraditório para a regressão de regime na execução da pena privativa de liberdade
title_full Princípios e execução penal: a obrigatoriedade do contraditório para a regressão de regime na execução da pena privativa de liberdade
title_fullStr Princípios e execução penal: a obrigatoriedade do contraditório para a regressão de regime na execução da pena privativa de liberdade
title_full_unstemmed Princípios e execução penal: a obrigatoriedade do contraditório para a regressão de regime na execução da pena privativa de liberdade
title_sort Princípios e execução penal: a obrigatoriedade do contraditório para a regressão de regime na execução da pena privativa de liberdade
author Luz, Thiago Zeferino
author_facet Luz, Thiago Zeferino
author_role author
dc.contributor.en.fl_str_mv Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.author.fl_str_mv Luz, Thiago Zeferino
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Rosa, Alexandre Morais da
contributor_str_mv Rosa, Alexandre Morais da
dc.subject.eng.fl_str_mv Execução penal
Pena privativa de liberdade
Regressão cautelar de regime
topic Execução penal
Pena privativa de liberdade
Regressão cautelar de regime
description TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Jurídicas. Direito.
publishDate 2013
dc.date.submitted.none.fl_str_mv 2013-12-02
dc.date.issued.fl_str_mv 2013-12-02
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2014-06-19T01:13:23Z
dc.date.available.fl_str_mv 2014-06-19T01:13:23Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/117186
url https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/117186
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 61 f.
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFSC
instname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron:UFSC
instname_str Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron_str UFSC
institution UFSC
reponame_str Repositório Institucional da UFSC
collection Repositório Institucional da UFSC
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/117186/1/TCC%20THIAGO%20Z.%20LUZ%20FINAL.pdf
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/117186/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv f28230158ad98cbef2dee83fb9737d63
11ee89cd31d893362820eab7c4d46734
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1766805485365755904