Estudo da habilidade auditiva de resolução temporal em indivíduos com gagueira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schmidt, Bruna Capelli
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/169686
Resumo: TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Fonoaudiologia.
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spelling Estudo da habilidade auditiva de resolução temporal em indivíduos com gagueiraGagueiraPercepção auditivaAudiçãoTestes auditivosTCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Fonoaudiologia.Introdução: É por meio da audição que temos acesso a uma boa produção de fala, tornando-nos capazes de detectar, identificar, discriminar, reconhecer os sons da fala para, posteriormente, compreendê-los e produzi-los. Esse processo de compreensão de um sinal acústico ocorre devido ao processamento auditivo (central). Um dos mecanismos auditivos incluso neste, é o processamento temporal, o qual a habilidade de resolução temporal está contida e alterações nesta geram dificuldades na percepção de estímulos que se modificam rapidamente. Estudos realizados com indivíduos gagos mostram que estes apresentam alterações nos aspectos temporais. Sendo assim, estes influenciam na fluência da fala. Levando em conta a escassez de estudos relacionando a gagueira com a resolução temporal, torna-se importante um conhecimento mais aprofundado a respeito desse tema. Objetivo: Avaliar a habilidade auditiva de resolução temporal em indivíduos com gagueira. Metodologia: Foram avaliados 14 indivíduos com gagueira, 12 do sexo masculino e dois sexo feminino, de nove a 32 anos, com idade media de 19,92 anos de idade. A gagueira foi classificada de acordo com o grau de severidade (de muito leve a muito grave) a partir do protocolo Stuttering Severity Instrument (SSI-4). Após, foram realizados dois testes para avaliar a habilidade de resolução temporal: Gaps in Noise – GIN (MUSIEK et al., 2005), no qual foram analisados o limiar de acuidade temporal e a porcentagem de reconhecimento de gaps no ruído; e Random Gap Detection Test – RGDT (KEITH, 2000), no qual foi analisado, por frequência e a média geral, o limiar de acuidade temporal em que o indivíduo conseguiu perceber dois tons. Resultados: Encontrou-se maior ocorrência de indivíduos com gagueira de grau de severidade classificada como leve. A média do limiar de acuidade temporal da população estudada no teste GIN da foi de 5,5ms na orelha direita (OD) e 5,71ms na orelha esquerda (OE), sendo a média da porcentagem de reconhecimentos de gaps de 67% na OD e de 68% na OE. No teste RGDT a média dos limiares na frequência de 500Hz foi de 9,28ms, na de 1000Hz foi de 10,71, em 2000Hz foi encontrada média de 9,64ms e na frequência de 4000Hz foi de 8,57ms. Já a média geral de acuidade temporal para o RGDT ficou em 9,6ms. Foi encontrada alteração de resolução temporal em 42% da população para o teste GIN e 78% para o teste RGDT. Os indivíduos com grau muito leve apresentaram limiares de acuidade temporal no GIN e no RGDT piores quando comparados ao (único) indivíduo classificado com gagueira grave. Conclusão: A habilidade de resolução temporal está alterada na maior parte da amostra, sendo que no teste RGDT os indivíduos apresentaram pior desempenho (78%) do que no GIN (42%). Não foi verificada correlação entre o grau de severidade da gagueira com o desempenho dos participantes nos testes que avaliam a habilidade de resolução temporal. Recomenda-se que os aspectos do processamento temporal, em especial a habilidade de resolução temporal, seja enfatizada na terapia dos indivíduos com gagueira.Introduction: It is through hearing that we have access to a good speech production, enabling us to detect, identify , discriminate, recognize speech sounds to understand and produce them. This process of understanding a acoustic signal occurs due to central auditory processing. One of the auditory mechanisms included in this, is the temporal processing , which the temporal resolution ability is contained and an alteration causes difficulties in perception of stimuli that change rapidly. Studies with stutterers shows that they have changes in temporal aspects. Thus, the temporal aspects have influence in the fluency of speech. Due to the scarcity of studies relating stuttering with temporal resolution becomes important further knowledge about this subject. Objective: To evaluate the auditory temporal resolution ability in individuals who stutter . Methods: 14 subjects with stuttering, 12 males and two females were evaluated, from nine to 32 years, with a mean age of 19.92 years old. Stuttering has been classified according to the degree of severity (from very mild to very severe) from the Stuttering Severity Instrument Protocol (SSI - 4). After that, two tests to assess the ability of temporal resolution were performed: Gaps in Noise - GIN (MUSIEK et al, 2005), in which the temporal acuity threshold and the percentage of recognition of gaps in noise were analyzed; and the test Random Gap Detection Test - RGDT (KEITH, 2000), in which was analyzed, by frequency and the overall average, the lowest threshold that an individual could differentiate two sounds. Results: Was found a higher occurrence of participants with stuttering severity classified as mild. The mean threshold of GIN in temporal acuity test was 5.5ms in the right ear (RE) and 5.71 ms in the left ear (LE), with an average percentage of recognition of gaps of 67% in the RE and 68 % in the LE. In test RGDT threshold averages in the frequency of 500Hz was at 9.28ms, at 1000Hz was at 10.71ms, in 2000Hz was found na average of 9.64ms and in the frequency of 4000Hz was found at 8.57ms. The average overall temporal acuity for RGDT was at 9.6 ms. Alteration in temporal resolution was found in 42 % of the population for the GIN test and 78% for RGDT. Individuals with very mild severity of stutter showed temporal acuity thresholds in GIN and RGDT worse when compared to the (single) individual classified with severe stuttering. Conclusion: The ability of temporal resolution is changed in most of the sample and in RGDT individuals had poorer performance (78 %) than in GIN (42 %). There was no correlation between the severity of stuttering with participants performance in tests assessing the ability of temporal resolution. It is recommended that aspects of temporal processing, in particular the ability of temporal resolution, is emphasized in the therapy of stuttering individuals.Pinheiro, Maria Madalena CaninaUniversidade Federal de Santa CatarinaSchmidt, Bruna Capelli2016-10-19T15:10:56Z2016-10-19T15:10:56Z2014-06-022014-06-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis83 f.application/pdfhttps://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/169686porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-06-22T18:16:49Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/169686Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732023-06-22T18:16:49Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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