Atitudes e percepções de professores universitários da área de ciências agrárias no Brasil sobre bem-estar animal na agricultura
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/122760 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2013. |
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Atitudes e percepções de professores universitários da área de ciências agrárias no Brasil sobre bem-estar animal na agriculturaAgroecossistemasAgriculturaEstudo e ensinoAnimaisProteçãoProfessores universitariosDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2013.Este trabalho foi realizado para analisar as atitudes e percepções dos docentes universitários das ciências agrárias do Brasil, em relação ao bem-estar de animais de produção. A pesquisa foi realizada através de um questionário enviado por e-mail para 1951 docentes de 51 instituições de ensino das cinco regiões do Brasil. A taxa de resposta foi de 15,8%. Nossos respondentes consistiram de 60% de veterinários, 28% de zootecnistas e 12% de agrônomos, sendo 56% de todos os respondentes do sexo masculino e 44% feminino. Dos profissionais que participaram da pesquisa, apenas 23% dos agrônomos, 46% dos zootecnistas e 30% dos veterinários afirmaram ter recebido informações específicas sobre bem-estar animal. De forma geral, os docentes concordaram com as cinco liberdades com mais de 90% de aprovação, exceto para a liberdade comportamental que apenas 79% dos respondentes concordaram ou concordaram fortemente. Respondentes do sexo feminino apresentaram valores médios na escala Likert maiores do que os do sexo masculino para as liberdades relacionadas: a dor e desconforto (p=0,02), comportamentos naturais (p=0,01) e, medo ou estresse (p=0,05). Entre as profissões, zootecnistas apresentaram valores médios menores para a liberdade comportamental (p=0,03). Mais de 65% dos participantes responderam que várias mudanças são necessárias no sistema de criação de poedeiras, suínos e frangos de corte; já na criação de bovinos leiteiros, bovinos de corte, ovinos e caprinos mais de 55% dos participantes acreditam que poucas mudanças são necessárias. Os profissionais que afirmaram não ter recebido ensino de bem-estar animal durante a sua formação profissional escolheram mais do que aqueles que receberam (p<0,05) a opção ?várias mudanças são necessárias? na criação de poedeiras, suínos e frango de corte. Das dez práticas de produção apresentadas no questionário a opção ?precisa mudar ou eliminar mesmo havendo custos? obteve um maior número de respostas. A maior parte dos respondentes (64%) considerou a opção ?O animal sentir-se bem, expressar seus comportamentos naturais e ter saúde? como uma definição adequada de bem-estar animal. Somente em relação à criação de suínos houve uma tendência das mulheres responderem mais que homens (p=0,07) que várias mudanças são necessárias na criação. Os profissionais que afirmaram não ter recebido ensino de bem-estar animal que receberam (p<0,05) a opção ?várias mudanças são necessárias? na criação de poedeiras, suínos e frango de corte. Em relação à inserção da disciplina obrigatória de bem-estar animal nos cursos das ciências agrárias, 89% concordou que é importante que haja uma disciplina obrigatória e 69% concordaram que o tema deve ser ensinado em todos os cursos de ciências agrárias. Concluímos que as atitudes dos docentes, de forma geral, são boas em relação ao bem-estar animal. Porém quando deparados com práticas específicas relacionadas ao bem-estar animal, a preocupação foi menor em muitos casos. A visão econômica e produtiva em relação à criação animal parece determinar algumas respostas em relação às práticas. Assim, ao responder sobre as práticas que estão incorporadas nos sistemas de criação animal no Brasil há anos, muitos docentes respondem com a visão de que as mudanças podem gerar aumento do custo, tempo e trabalho. Embora o processo de melhorar atitudes em relação ao bem-estar animal possa ser lento, maior incentivo público a pesquisas na área podem auxiliar positivamente na mudança de atitudes dos profissionais das ciências agrárias.<br>Abstract : This study was undertaken to examine the attitudes and perceptions towards farm animal welfare, among university faculty in courses of agricultural science in Brazil. The survey was carried out through a questionnaire sent by email to 1951 faculty from 51 educational institutions in the five regions of Brazil, with a response rate of 15.8%. The respondents consisted of 60% of veterinarians, 28% of animal scientists and 12 % of agronomists; 56% of all respondents were male and 44% female. Only 23% of agronomists, 46% of animal scientists and 30% of veterinarians reported having received specific information about animal welfare during their professional training. Overall, the respondents agreed with the five freedoms with over 90% approval, except for behavioural freedom, with which 79% of respondents agreed or strongly agreed. Female respondents had higher Likert means than the male for the freedoms listed: the pain and discomfort (p=0.02), natural behaviours (p=0.01) and fear or stress (p=0.05). Among the professions, animal scientists had lower mean values for behavioural freedom (p=0.03). Over 65% of participants responded that several changes are needed in the layers, pigs and broilers systems, while in the dairy cattle, beef cattle, sheep and goats rearing systems, over 55% of the respondents believe that few changes are necessary. A greater proportion of professionals who declared not having studied animal welfare during their professional training chose the option "several changes are needed" in layers, pigs and broilers rearing systems than those who did (p<0.05). In ten production practices in the questionnaire were the "there is need to change or eliminate it even if there are cost" got a greater number of responses. Most respondents (64%) considered the option "Animals feeling good, expressing their natural behaviours and being healthy" as an adequate definition of animal welfare. Only in relation to the pig rearing systems there was a tendency for women to respond more than men (p=0.07) that several changes are needed in creation. Regarding the inclusion of an animal welfare course in agricultural science degrees, 89% agreed that it is important that there is a compulsory course and 69% agreed that it should be taught in all courses in agricultural sciences. We conclude that the attitudes of faculty, in general, are good in relation to animal welfare. But when faced with specific practices related to animal welfare, concern was lower in many cases. The economic and productive outlook towards animal husbandry seems to determine some answers regarding the practices. Regarding the practices that are incorporated in animal husbandry systems in Brazil for years, many respondents expressed their views that changes can generate increased cost, time and labor. Although the process of improving attitudes towards animal welfare can be slow, support for research in the area can help change attitudes of professionals in agricultural sciences.Hötzel, Maria JoséCattani, Rosangela PolettoUniversidade Federal de Santa CatarinaTeixeira, Aurilédia Batista2014-08-06T17:20:19Z2014-08-06T17:20:19Z2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis109 p.| grafs., tabs.application/pdf324622https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/122760porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2014-08-06T17:20:19Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/122760Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732014-08-06T17:20:19Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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