A reescrita da tradição em Elena Ferrante ou novas vestimentas para o velho realismo italiano
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/222221 |
Resumo: | A Vida Mentirosa dos Adultos, de Elena Ferrante (Editora Intrínseca, 2020, tradução de Marcello Lino) começa com a afirmação da narradora Giovanna, que relembra sua adolescência: “Dois anos antes de sair de casa, meu pai disse à minha mãe que eu era muito feia”. Para além da ressonância da fala de Emma Bovary, que comenta, a respeito da própria filha: “É estranho como é feia essa criança”, citada pela própria Ferrante a propósito de seus gostos e influências literárias[1], duas importantes vozes narrativas ressoam no recém publicado romance ferrantiano: a de Elsa Morante, em especial, de A ilha de Arturo, que narra a infância do ponto de vista masculino, e outra, menos evidente, a de Luigi Pirandello e de seu emblemático personagem Vitangelo Moscarda, de Um, Nenhum, Cem mil, protagonista que empreende uma incansável busca e tentativa de compreensão e de percepção de si mesmo por meio do olhar do outro. |
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