Métodos de desinfecção ativa de conectores de cateteres venosos para redução da carga bacteriana: estudo experimental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dalcin, Camila Biazus
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/231052
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2021.
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spelling Métodos de desinfecção ativa de conectores de cateteres venosos para redução da carga bacteriana: estudo experimentalEnfermagemDesinfecção e desinfetantesCatéteresTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2021.Objetivo: Verificar a eficácia de métodos de desinfecção ativa de conectores de cateteres venosos na redução da carga bacteriana para prevenção de infecção de corrente sanguínea, com Hipótese Nula de que não há diferença na eficácia entre os métodos de desinfecção ativa para a redução da carga bacteriana em conectores utilizados em cateteres venosos e Hipótese Alternativa de que há diferença na eficácia entre os métodos de desinfecção ativa para a redução da carga bacteriana em conectores utilizados em cateteres venosos. Método: Estudo experimental realizado in vitro. As cepas bacterianas de Acinetobacter baumannii blaOXA-23 e Klebsiella pneumoniae ATCC® 700603? foram inoculadas individualmente em Conectores de Extensão e Conectores Valvulados. Uma combinação de Klebsiella pneumoniae ATCC® 700603? e Staphylococcus aureus ATCC® 25923? foi utilizada para contaminar Conectores de Extensão. Após a padronização, foram realizadas as etapas de Inoculação, Tratamento e Quantificação bacteriana. Tratamentos foram baseados em métodos de desinfecção utilizados na prática clínica e recomendados por diretrizes. Os métodos testados variaram nos experimentos, sendo estes Algodão não Estéril com Etanol 70%, Gaze Estéril com Etanol 70%, Gaze não Estéril com Etanol 70%, Gaze Estéril com Incidin® e Dispositivo de uso único com Isopropanol 70%. O tempo de fricção mecânica foi de 10 segundos e o tempo de secagem foi de cinco segundos. A amostra do estudo foi composta por 233 experimentos, calculados com triplicatas técnicas e biológicas. O estudo foi realizado de março de 2017 até outubro de 2020. Análise dos dados ocorreu por meio dos testes Kruskal Wallis e Post-hoc de Conover, programa MedCalc®, com p<0,05. Resultados: Os resultados foram apresentados em formato de três manuscritos. O primeiro manuscrito, com inoculação de A.baumannii, mostrou que o Dispositivo de uso único com Isopropanol 70% foi o mais eficaz para Conectores de Extensão. Para Conectores Valvulados, tanto Etanol 70% e como Isopropanol 70% apresentaram significância estatística na redução de carga bacteriana. O segundo manuscrito mostrou que todos os métodos de desinfecção reduziram a carga de K.pneumoniae. O terceiro manuscrito, com inoculação em Conectores de Extensão da combinação bacteriana de K.pneumoniae e S.aureus, evidenciou que Etanol 70%, Isopropanol 70% e Incidin® foram eficazes na redução da carga bacteriana mista. Foi percebida variedade de aderência bacteriana nos diferentes conectores. Considerações Finais: Foi rejeitada a hipótese nula e foi visto que diferentes métodos de desinfecção realizados em conectores podem afetar a qualidade da assistência à saúde do paciente. As etapas de desinfecção eficaz incluem o agente desinfetante utilizado, como Etanol 70%, possibilidade do uso de gaze ou algodão, tempo de fricção de 10 segundos, realização da fricção por meio de atrito mecânico no sentido horário e anti-horário (180 graus), e, permitir secagem do desinfetante no conector por cinco segundos. Gaze e algodão podem ser utilizados para desinfecção eficaz, porém devem ser explorados em futuros estudos as diferenças entre o uso de gaze e algodão estéril e não estéril. Evidenciou-se a necessidade de investimento em conectores valvulados para cateteres venosos periféricos e centrais como importante estratégia para a segurança do paciente.Abstract: Aim: To verify the efficacy of active disinfection methods on venous catheter connectors to reduce bacterial load and prevent bloodstream infection, with a Null Hypothesis that there is no difference in efficacy between methods of active disinfection for reduction of bacterial load in connectors and Alternative Hypothesis that there is a difference in efficacy between methods of active disinfection for reducing bacterial load in venous catheters connectors. Method: This is an experimental study carried out in vitro. The bacterial strains of Acinetobacter baumannii blaOXA-23 and Klebsiella pneumoniae ATCC® 700603? were individually inoculated into Two-way intermediate extender?s hub and Needle-free Valve. A combination of bacterial strains of Klebsiella pneumoniae ATCC® 700603? and Staphylococcus aureus ATCC® 25923? was used to inoculated into the Two-way intermediate extender?s hub. Bacterial inoculum contamination, treatment and bacterial quantification steps were performed. The treatments used in the study were based on forms of disinfection used in clinical practice and guidelines recommendations. The treatments tested varied in the experiments, these being Non-Sterile Cotton with 70% Ethanol, Sterile Gauze with 70% Ethanol, Non-Sterile Gauze with 70% Ethanol, Sterile Gauze with Incidin® and 70% Isopropyl Alcohol single-use cap. The scrub time applied was 10 seconds and it was allowed five seconds drying time. Positive and negative controls were conducted. The experiment was carried out under sterile conditions. The study sample consisted of a final number of 233 experiments, calculated with technical and biological triplicates. The study was performed from March 2017 until October 2020. Data analysis was performed using the Kruskal Wallis and Post-hoc Conover tests, in the MedCalc® program, with a statistical significance level of p <0.05. Results: The results were presented in a three-manuscript format. The first manuscript related to the inoculation of A.baumannii showed that the 70% IPA single-use cap was the best disinfection method for Two-way intermediate extender?s hub. For Needle-free Valve, 70% Ethanol and 70% Isopropanol showed statistical significance in reducing bacterial load. The second manuscript showed that all disinfection methods were statistically significant for reducing the bacterial load of K.pneumoniae. The third manuscript tested the treatments in connectors inoculated with the bacterial combination of K.pneumoniae and S.aureus and showed that 70% Ethanol, 70% Isopropanol and Incidin® were efficacious for the reduction of bacterial load. The bacterial adherence in the different venous catheter connectors was variable. Final Considerations: The null hypothesis was rejected, and it was perceived that different disinfection methods performed on connectors can affect the quality of patient healthcare. The steps for disinfection include the disinfectant used, such as 70% Ethanol, the possibility of using gauze or cotton, a 10-second friction time, mechanical friction in a clockwise and counterclockwise (180 degrees) direction and allowing drying time of five seconds. Gauze and cotton can be used for disinfection, however, the differences between the use of gauze and cotton in sterile and non-sterile presentations should be explored in future studies. The investment in valve connectors for peripheral and central venous catheters was highlighted as an important strategy for patient safety.Rocha, Patrícia KuertenSincero, Thaís Cristine MarquesUniversidade Federal de Santa CatarinaDalcin, Camila Biazus2022-02-14T13:32:13Z2022-02-14T13:32:13Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis219 p.| il.application/pdf374239https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/231052porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-02-14T13:32:13Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/231052Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732022-02-14T13:32:13Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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