Re-significando o “ser professor”: discursos e práticas na educação de surdos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: TARTUCI, Dulcéria
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/190996
Resumo: Este estudo partiu de nossa preocupação em compreender as práticas escolares que estão sendo hoje propiciadas a alunos surdos, considerando em particular o trabalho do professor no contexto de uma política educacional que recomenda, por vezes de maneira contraditória e lacunar, a inclusão desse aluno surdo na escola regular e o atendimento à sua especificidade lingüística. Para abordar essa questão, realizamos entrevistas com uma professora que, há dezenove anos, tem atuado com surdos em diferentes ambientes educacionais (escola especial, sala especial e de recursos, sala comum da rede regular) e em diferentes funções (professora, intérprete e instrutora de língua de sinais, além da atuação junto a setores da secretaria de educação. Na organização dos dados exploramos os relatos da professora com particular atenção aos efeitos das políticas educacionais e ao cenário colocado pelos projetos de inclusão escolar do surdo. A discussão dos depoimentos orientou-se para três temas: 1. A Inclusão de Surdos: para além da aceitação e uso da língua de sinais; 2. Educação Bilíngüe para Surdos: a concepção de língua e linguagem; e 3. Educadores de Surdos: as in-definições e re-significações de papéis. Das narrativas da professora podemos depreender a complexidade do entrelaçamento da abordagem bilíngüe com a proposta inclusiva, que conduz (apesar da conjuntura de escassez de recursos humanos e materiais) à conjugação de trabalho de vários atores no cenário educacional: professor regente, intérprete, instrutor surdo, professor especializado, professor itinerante, bem como auxiliares ou monitores. Na discussão, buscamos problematizar a forma de articulação entre esses profissionais da educação e a indefinição de seus papéis, num momento de resignificação do ser professor de surdos. Além disso, alertamos para o risco de se pensar a inclusão de surdos apenas através da “entrada” da língua de sinais na sala comum, negligenciando aspectos mais amplos da formação desses sujeitos, o que se alinha com uma visão simplificada da língua de sinais como mero instrumento de comunicação.
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