Medicalização da educação : sentidos produzidos por estudantes com diagnóstico relacionado a dificuldades no processo de aprendizagem e de comportamento
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/206357 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2019 |
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Medicalização da educação : sentidos produzidos por estudantes com diagnóstico relacionado a dificuldades no processo de aprendizagem e de comportamentoPsicologiaMedicalizaçãoEducaçãoAprendizagemQueixa escolarDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2019Esta dissertação apresenta um estudo sobre os sentidos produzidos por estudantes diagnosticados com dificuldade no processo de aprendizagem no contexto escolar, tendo como referência a Psicologia sócio-histórica. Participaram do estudo três crianças/estudantes entre 10 e 12 anos, juntamente com os pais/responsáveis, encaminhadas para avaliação e atendimento em um Núcleo de Avaliação Interdisciplinar vinculado a um Hospital Universitário de uma Universidade Federal da Região Sul do Brasil, voltado exclusivamente para avaliar crianças e adolescentes que têm dificuldades na escola. Na busca pela escuta e apreensão do que o estudante tinha a dizer, foram utilizadas figuras que remetem a situações possíveis no contexto escolar, bem como um roteiro com perguntas semiestruturadas. Como desenho metodológico para melhor compreender e acessar as falas das crianças, foram criados espaços que pudessem garantir a escuta dos pais/responsáveis pelos estudantes que participaram da pesquisa. O foco da investigação foi o ponto de vista da criança sobre como ela se percebe no processo de escolarização, considerando as mediações vividas no espaço da escola, do serviço de saúde e da família. O estudo demonstra que a medicalização da educação tem produzido formas de humilhação e exclusão social. Também foi possível identificar práticas, tanto no contexto da clínica, como no contexto escolar, que são produtoras de sofrimentos e individualização da queixa, fatores estes que impulsionam a medicalização. Entretanto, também se identificou práticas potencializadoras que validam e acolhem as diferenças capazes de ressignificar o lugar da dificuldade, construindo novos sentidos a sua trajetória escolar. Por fim, se conclui que a medicalização não é um conceito afixado em um ou outro campo de atuação, mas sim, diz respeito às relações que se estabelecem entre o estudante, a escola, a família e o saber clínico. São as formas de intervenção que ocorrem nessas relações que podem apontar - ou não - para práticas de cuidado para com o outro, de forma a considerar sua subjetividade e as múltiplas facetas que a constituem.Abstract: This dissertation presents a study about the senses produced by students diagnosed with difficulty in the learning process in the school context, having as reference the socio-historical Psychology. Three children / students between 10 and 12 years of age, together with the parents / guardians, were sent to an Interdisciplinary Evaluation Center linked to a University Hospital of a Federal University of the Southern Region of Brazil, exclusively for evaluation children and adolescents who have difficulties in school. In the search for listening and apprehension of what the student had to say, we used figures that refer to possible situations in the school context, as well as a script with semi-structured questions. As a methodological design to better understand and access the children's speeches, spaces were created that could guarantee listening to the parents/guardians of the students who participated in the research. The focus of the research was on the child's point of view on how it is perceived in the schooling process, considering the mediations lived in the school space, the health service and the family. The study demonstrates that the medicalization of education has produced forms of humiliation and social exclusion. It was also possible to identify practices, both in the context of the clinic, and in the school context that are producing suffering and individualization of the complaint, which are factors that drive the medicalization. However, potentializing practices have also been identified that validate and accommodate the differences capable of re-meaning the place of difficulties, building new meanings for their school trajectory. Finally, it is concluded that the medicalization is not a concept fixed in one or another field of activity, but rather, the relations that are established between the student, the school, the family and the clinical knowledge. It is the forms of intervention that occur in these relationships that can point - or not - to practices of care towards the other, in order to consider their subjectivity and the multiple facets that constitute it.Gesser, MariveteSouza, Simone Vieira deUniversidade Federal de Santa CatarinaBeltrame, Rudinei Luiz2020-03-31T15:26:10Z2020-03-31T15:26:10Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis168 p.| il., gráfs., tabs.application/pdf361776https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/206357porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-03-31T15:26:10Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/206357Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-03-31T15:26:10Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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