Realidade virtual como terapia complementar na recuperação de crianças e adolescentes que sofreram queimaduras: estudo clínico controlado não randomizado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Scapin, Soliane Quitolina
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/189164
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2017.
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spelling Realidade virtual como terapia complementar na recuperação de crianças e adolescentes que sofreram queimaduras: estudo clínico controlado não randomizadoEnfermagemRealidade virtualQueimadurasTerapias complementaresPediatriaDorEnfermagem pediátricaDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2017.A dor é inerente à recuperação de crianças e adolescentes que sofreram queimadura, estando presente não só na ocorrência da lesão, mas também durante o processo de recuperação. O tratamento da dor é baseado no uso de medicamentos, porém os mesmos apresentam importantes limitações na redução completa da intensidade dolorosa. Dessa forma, torna-se relevante a incorporação de tecnologias não farmacológicas como complemento à terapia medicamentosa. Uma das tecnologias recentemente exploradas é a realidade virtual, esta permite que o usuário fique imerso em um ambiente virtual, explorando uma visão tridimensional, causando distração, interação e imersão. O uso da realidade virtual em pacientes queimados vem apresentando resultados promissores na redução da dor e suas consequências. O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da realidade virtual como terapia complementar na recuperação de pacientes pediátricos queimados internados em um hospital pediátrico de referência do Sul do Brasil. Trata-se de estudo clínico controlado não randomizado, sendo utilizada a série temporal interrompida com um grupo. Participaram do estudo 15 crianças e adolescentes, conforme cálculo amostral prévio, entre sete e 14 anos de idade. O local escolhido foi o Centro de Tratamento de queimados do Hospital Infantil Joana de Gusmão de Santa Catarina. O estudo aconteceu entre os meses de março de 2016 a outubro de 2017, por meio da aplicação dos óculos de Realidade virtual, durante até três dias, no momento da troca de curativo. Os efeitos da realidade virtual foram medidos em até cinco momentos na troca de curativo, através da aplicação da escala numérica e de faces, a qual foi utilizada para avaliar a dor e a distração, além dos parâmetros clínicos (saturação de oxigênio e frequência cardíaca) e observações da pesquisadora sobre o comportamento da criança e do adolescente. O estudo foi realizado com 15 crianças e adolescentes queimados, com idades entre sete e 14 anos. Os resultados apontaram uma relação entre o uso da realidade virtual e a dor, observando-se menor intensidade durante o uso dos óculos, maior distração, pouco relato de efeito colateral e reduzida necessidade de analgésicos de resgate. Em relação aos parâmetros clínicos, não houve variações significantes de saturação de oxigênio, porém a frequência cardíaca permaneceu com parâmetros fisiológicos durante o uso da realidade virtual. Ainda, os participantes relataram maior diversão, demonstraram menos expressões faciais e corporais de dor e ficaram mais colaborativos durante o curativo. Houve redução da intensidade dolorosa ao longo dos três dias de intervenção, sendo este dado foi estatisticamente significativo (p<0,05). Com isso, conclui-se que a realidade virtual traz importantes contribuições no alívio da dor e suas consequências, apresentando-se como terapia inovadora e promissora que pode ser incorporada ao cuidado de enfermagem melhorando a qualidade da assistência prestada à criança e ao adolescente queimado. Como potencialidades deste estudo destacam-se a utilização de uma tecnologia pouco explorada no contexto brasileiro e como limitações o tamanho amostral e a necessidade de aumentar as medidas de dor e parâmetros clínicos para melhor evidenciar os efeitos deste tratamento.Abstract : Pain is inherent in the recovery of children and adolescents who have suffered burns, pain is not only present at the time of the injury but also during the recovery process. Pain treatment is based on the use of medications, however they have important limitations in the reduction of pain intensity.Thus, the incorporation of non-pharmacological technologies as a complement to drug therapy becomes relevant. One of the technologies recently explored is virtual reality, which allows the user to be immersed in a virtual environment, exploring a three-dimensional world, causing distraction, interaction and immersion. The use of virtual reality in burn patients has shown promising results in reducing pain and its consequences. The objective of the present study was to evaluate the effects of virtual reality as a complementary therapy in the recovery of pediatric burn patients admitted to a pediatric referral hospital in Southern Brazil. It is a non-randomized controlled clinical study, using the interrupted time series with one group. According to a previous sample calculation, fifteen children and adolescents aged between seven and 14 years of age participated in the study. The Burn Treatment Center of the Joana de Gusmão Children s Hospital of Santa Catarina was the chosen location of the study. The study took place between March 2016 and October 2017, by means of the application of virtual reality glasses for up to three days during dressing changes. The effects of the virtual reality were measured in up to five moments during the dressing change through the application of the numerical and face scale, which was used to evaluate pain and distraction, as well as the use of clinical parameters (oxygen saturation and heart rate) and the researcher s observations of the behavior of the children and adolescents. The study was performed with 15 children and adolescent burn patients, who were between 7 and 14 years of age. The results showed a relationship between the use of virtual reality and pain, observing less intensity during the use of glasses, greater distraction, few reports of side effects and the reduced need for rescue analgesics. Regarding the clinical parameters, there were no significant variations in oxygen saturation, and the heart rate remained with physiological parameters during the use of virtual reality application. As well as the above, participants reported greater enjoyment, demonstrated fewer facial and body expressions of pain, and became more collaborative during the dressing changes. There was a reduction in pain intensity over the three day intervention period which was statistically significant (p <0.05). Thus, it is concluded that virtual reality brings important contributions to pain relief and its consequences, presenting itself as an innovative and promising therapy that can be incorporated into nursing care, improving the quality of care provided to child and adolescent burn patients. The potential use of unexplored technology in the Brazilian context is highlighted in this study, and the sample size and the need to increase the pain measurements and clinical parameters in order to improve the evidence of the effects of this treatment are considered limitations of this study.Echevarría-Guanilo, Maria ElenaUniversidade Federal de Santa CatarinaScapin, Soliane Quitolina2018-08-18T04:03:42Z2018-08-18T04:03:42Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis143 p.| il., grafs., tabs.application/pdf353121https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/189164porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2018-08-18T04:03:42Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/189164Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732018-08-18T04:03:42Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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