As estratégias utilizadas pelos intérpretes de libras nas aulas de inglês em uma escola da rede pública de ensino

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MONTEIRO, Yuri Santos
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/232423
Resumo: Esta pesquisa está relacionada à área de Estudos da Tradução e da Interpretação de Línguas de Sinais (ETILS) e teve como objetivos analisar as estratégias utilizadas pelos intérpretes de Libras nas aulas de inglês em uma escola da rede pública de ensino, bem como investigar os principais desafios e dificuldades encontrados nesse processo. Os estudos de Novais (2002) e Hortêncio (2005) sobre as estratégias de interpretação serviram de suporte teórico ao estudo, no qual verificamos se estas estão presentes no contexto da sala de aula, assim como a possibilidade do surgimento de novas estratégias. Para tal, foram aplicados questionários para 10 intérpretes, realizadas entrevistas e observações de duas aulas de inglês: uma com intérprete provido de conhecimentos básicos de inglês e outro sem. Os resultados indicam que as principais dificuldades são: a escassez do uso de materiais visuais, a atenção dividida entre alunos ouvintes e surdos e o desnivelamento na proficiência em Libras por parte de alguns alunos surdos. Com relação ao uso das estratégias, verificou-se que as estratégias mais utilizadas pelo intérprete sem conhecimentos de inglês foram : omissão, explicitação e síntese. Em contrapartida, as mais utilizadas pelo intérprete com conhecimentos de inglês foram: explicitação, simplificação, omissão e ratificação. Os dados revelaram que a estratégia do uso de perguntas retóricas não foi utilizada pelos intérpretes e identificaram o surgimento de uma nova estratégia que classificamos como interpretação prévia. Reiteramos que ainda é desafiador e laborioso o processo de ensino e aprendizagem mediado por intérprete, visto que não depende apenas de uma pessoa, e sim de um trabalho em equipe, envolvendo a escola, o corpo docente, os intérpretes e os alunos, de forma harmoniosa; além disso, constatou-se que é necessária a disponibilidade de recursos materiais e didáticos que proporcionem uma melhor inclusão do aluno surdo.
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