No vórtice de “L’anguilla” de Eugenio Montale
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/209670 |
Resumo: | “Considero La bufera e altro meu melhor livro, mesmo que não se possa penetrá-lo sem retomar o itinerário anterior. Na Bufera está vivo o reflexo de minha condição histórica, da minha atualidade de homem [...]”. É com essas palavras que Eugenio Montale, em um texto de 1960, fala sobre seu terceiro livro, publicado primeiramente pela editora Neri Pozza, em 1956, e no ano seguinte pela Mondadori. “Páginas de guerra e de amor”, dirá ainda o poeta, cuja tessitura poética parece ceder diante da trama mais rigorosa de Ossi di seppia (1925) e Le occasioni (1939). Esse esgarçamento da palavra se faz presente na própria organização das sete seções que compõem o volume e seguem a ordem temporal na qual foram escritas: Finisterre, Dopo, Intermezzo, “Flashes” e dediche, Silvae, Madrigali privati, Conclusioni provvisorie. Se nas publicações anteriores havia um equilíbrio muito calibrado entre uma seção e outra, agora, algumas são muito mais curtas. Além disso, é relevante que a terceira seção, Intermezzo, seja composta por prosas poéticas permeadas por lembranças lígures, em que espaços e personagens do passado são transfigurados. A relação entre poesia e prosa, mesmo apresentando um caráter ainda embrionário, aqui, já aparece com certa intensidade e será um cruzamento fundamental para a continuidade da escritura poética montaliana. |
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