Os efeitos de priming sintático intra e translinguístico no processamento de francês como L2

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Monique Pinheiro dos
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/185517
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2017.
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spelling Os efeitos de priming sintático intra e translinguístico no processamento de francês como L2LingüísticaLinguagemLíngua francesaBilingüismoDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2017.A repetição inconsciente ou compreensão mais rápida e acurada de uma estrutura sintática a partir de exposição prévia a uma estrutura semelhante ou seja, o priming sintático tem sido objeto de inúmeros estudos em psicolinguística (BOCK, 1986; BOCK, 1989; BOCK; LOEBELL, 1990; BOCK et al., 1992; HARTSUIKER; KOLK, 1998; PICKERING; BRANIGAN, 1998; SCHEEPERS, 2015). Essa dissertação investiga a ocorrência de priming sintático ou seja, da facilitação do processamento linguístico de uma estrutura sintática através de exposição prévia à estrutura semelhante (LOEBELL; BOCK, 2013) nos níveis intra e translinguístico, em bilíngues do par linguístico português brasileiro (PB)-francês, na compreensão da linguagem. Os objetivos do presente estudo foram: (1) verificar a ocorrência de influência intralinguística (francês-francês) no processamento de sentenças na voz passiva, em falantes nativos do PB que têm o francês como L2; (2) verificar a ocorrência de influência translinguística (PB-francês) no processamento de sentenças na voz passiva em francês em falantes nativos do PB; (3) comparar a magnitude do efeito de priming sintático intralinguístico à magnitude do efeito de priming sintático translinguístico; e (4) determinar se os efeitos de priming sintático ocorrem apenas quando o verbo no particípio passado é repetido entre sentença prime e sentença alvo ou se a estrutura sintática pode levar a tais efeitos independentemente da repetição lexical. Para tal, o estudo contou com 15 participantes adultos, falantes nativos do português brasileiro que tinham francês como segunda língua em nível intermediário. Os efeitos de priming sintático foram analisados através de um experimento comportamental que consistiu em uma tarefa de leitura auto-monitorada. Nessa tarefa os participantes leram silenciosamente uma série de sentenças em PB e em francês, em que as palavras foram apresentadas uma por vez no centro de um monitor de computador. Após a leitura de cada palavra, o participante pressionava a barra de espaço para prosseguir, desse modo controlando a apresentação do estímulo. Eventualmente, o participante respondia a uma pergunta de compreensão de tipo sim ou não sobre a última sentença lida. O tempo de resposta, ou seja, o tempo de leitura de cada palavra de cada sentença foi registrado por meio do software E-Prime 2.0 Professional, utilizado para apresentação dos estímulos. Os resultados apontaram para o aparecimento de efeitos de priming no nível intralinguístico, mas não no translinguístico, e tais efeitos se mostraram dependentes da repetição do verbo principal da sentença. Esses resultados foram interpretados como evidência de que os efeitos de priming sintático no nível intralinguístico em L2 são lexicalmente dependentes, dando suporte portanto à visão de abordagens lexicalistas (HAGOORT, 2005; HAGOORT, 2016; CULLICOVER; JACKENDOFF, 2006) em que a informação necessária no processamento sintático está localizada nos frames sintáticos armazenados no léxico mental. Quanto ao nível translinguístico, o presente estudo sugere, assim como Weber e Indefrey (2009), que devido à dificuldade de controle de histórico linguístico em L2 entre os participantes, um estudo com mais sujeitos e com mais estímulos por condição utilizados na tarefa de leitura auto-cadenciada poderia levar a resultados mais claros.Abstract : The unconscious repetition or a faster and more accurate comprehension of a syntactic structure after the previous exposure to a similar structure ? that is, syntactic priming ? has been widely investigated in psycholinguistics (BOCK, 1986; BOCK, 1989; BOCK; LOEBELL, 1990; BOCK et al., 1992; HARTSUIKER; KOLK, 1998; PICKERING; BRANIGAN, 1998; SCHEEPERS, 2015). The present study investigated syntactic priming ? that is, the facilitation in the processing of a target sentence following processing of a prime sentence that has the same or a similar syntactic structure (LOEBELL; BOCK, 2013) ? within and across languages in Brazilian Portuguese (henceforth BP)-L2 French bilinguals during language comprehension. The objectives of the present study were (1) to verify the occurrence of a within-language influence (French-French) in the processing of sentences in the passive voice in native speakers of BP with French as an L2; (2) to verify the occurrence of a cross-linguistic influence (BP-French) in the processing of sentences in the passive voice in French in native speakers of BP; (3) to compare the magnitude of the within-language syntactic priming effect to the cross-linguistic syntactic priming effect, and (4) to determine if the syntactic priming effects occur only when the verb in the past participle is repeated between prime and target sentences or if the syntactic structure can lead to such effects regardless of lexical repetition. Therefore, 15 participants, native speakers of Brazilian Portuguese that had French as a second language (L2) at the intermediate level, were recruited for the present study. Syntactic priming effects were analyzed based on results of a behavioral experiment that consisted of a self-paced reading task. In this task, participants read silently a series of sentences in BP and in French. Words were presented one at a time at the center of a computer screen. After reading each word, the participant should press the space bar to move forward, thus controlling the presentation of stimuli throughout the task. Eventually, the participant should press a key to answer to a yes-no comprehension question regarding the last sentence read. Response time, that is, the reading time of each word in each sentence, was registered through E-Prime 2.0 Professional software which was used for the presentation of stimuli. Results indicated priming effects within language (the L2, French) but not across languages, and such effects appear to depend on the repetition of the main verb in the sentence. These results were interpreted as evidence that, within-language in the L2, syntactic priming effects are lexically dependent. These results support the lexicalist approaches (HAGOORT, 2005; HAGOORT, 2016; CULLICOVER; JACKENDOFF, 2006) which posits that all information implicated in syntactic processing is located in syntactic frames stored in the mental lexicon. At the cross-linguistic level, the present study suggests that, as in Weber and Indefrey (2009), due to the difficulty of controlling participants? L2 background, further research with a higher number of subjects and more stimuli per experimental condition in the self-paced reading task should provide clearer results.Fortkamp, Mailce Borges MotaUniversidade Federal de Santa CatarinaSantos, Monique Pinheiro dos2018-04-13T19:32:15Z2018-04-13T19:32:15Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis106 p.| il., gráfs., tabs.application/pdf350714https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/185517porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2018-04-13T19:32:15Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/185517Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732018-04-13T19:32:15Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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