Entrelaços de afeto: a relação entre o apego dos membros do casal na infância e o relacionamento conjugal e parental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Becker, Ana Paula Sesti
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/216378
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2020.
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spelling Entrelaços de afeto: a relação entre o apego dos membros do casal na infância e o relacionamento conjugal e parentalAfeto (Psicologia)Relações humanasCasamentoInfânciaParentalidadePsicologiaTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2020.As relações iniciais de apego desenvolvidas na infância se refletem nos relacionamentos futuros que o indivíduo estabelece, ao longo de seu ciclo vital. Com base em tais reflexões, esta Tese apresenta como objetivo geral analisar as repercussões das relações de apego dos membros do casal, desenvolvidas na infância sobre a qualidade do relacionamento conjugal e o envolvimento parental. Os fundamentos epistemológicos centrais que nortearam este estudo pautaram-se na Teoria do Apego e no Pensamento Sistêmico. Trata-se de uma pesquisa transversal, exploratória, descritiva e correlacional, cujo enfoque do método misto foi realizado através do modelo sequencial DEXPLIS, em duas etapas, sendo a primeira quantitativa e a segunda, qualitativa. Na primeira etapa, participaram 204 pessoas, compondo 102 casais heteroafetivos que tivessem, no mínimo, um filho entre zero e seis anos de idade, os quais responderam individualmente aos questionários: Sociodemográfico, Retrospectivo de Apego (QRA), Ajustamento Diádico (DAS), Satisfação Conjugal (GRIMS) e Envolvimento Parental (QEP). Na segunda etapa, foram acessados 10 participantes, os quais também integraram a primeira etapa, compondo cinco casais heteroafetivos que tivessem, no mínimo, um filho entre zero e seis anos. Nesse momento da coleta, aplicaram-se o genograma e a entrevista semiestruturada. Para as análises de dados da Etapa 1, os resultados obtidos foram tabulados e submetidos a análises formais através do programa estatístico Statistical Package for Social Sciences (SPSS) ? versão 23.0. Realizaram-se análises estatísticas descritivas e inferenciais, tais como correlações de Pearson, Teste-t e ANOVA. Na Etapa 2, os dados do genograma foram construídos pelo software GenoPro, e as entrevistas transcritas foram analisadas por meio da análise categorial temática de Bardin, com o auxílio do software Atlas-ti. A construção das categorias temáticas, das subcategorias e dos elementos de análise foi avaliada por duas juízas experts na área, obtendo-se um índice de 80% de concordância. Quatro categorias centrais foram elencadas nessa etapa: 1 ? Apego na Infância; 2 ? Intergeracionalidade do Apego; 3 ? Apego e Qualidade do Relacionamento Conjugal e 4 ? Apego e Envolvimento Parental. De forma geral, os resultados evidenciaram que os estilos de apego são transmitidos de forma intergeracional entre a família de origem para as gerações posteriores, influenciando recursivamente na qualidade do relacionamento conjugal e no envolvimento parental. Além disso, evidenciou-se que quanto maior o apego inseguro desenvolvido na infância, menor se apresentava a qualidade conjugal e o envolvimento parental. No subsistema parental, verificou-se que o apego inseguro desorganizado apresentou correlações negativas com o envolvimento parental, especialmente em relação ao suporte emocional e aos cuidados básicos indiretos. Destaca-se a importância de que estudos desta natureza possam contribuir para a promoção da qualidade nas relações familiares e apresentem recursos para o subsídio na prática terapêutica de psicólogos clínicos e demais profissionais interdisciplinares que trabalham com famílias e crianças, no sentido de considerar a relevância das relações afetivas, sobretudo, da construção do apego e seu processo intergeracional.Abstract: The early attachment relationships developed in childhood are reflected in the future relationships that the individual establishes throughout his or her life cycle. Based on these reflections, this thesis has as its general objective to analyze the repercussion of the attachment relationships of the members of the couple, developed in childhood on the quality of the marital relationship and parental involvement. The central epistemological foundations that guided this study were based on Attachment Theory and Systemic Thinking. This is a cross-sectional, exploratory, descriptive and correlational research, whose focus of the mixed method was performed through the DEXPLIS sequential model, in two steps, the first quantitative and the second qualitative. In the first stage, 204 people participated, comprising 102 heteroaffective couples who had at least one child between zero and six years old, who individually answered the questionnaires: Sociodemographic, Retrospective Attachment (ARF), Dyadic Adjustment (DAS), Marital Satisfaction (GRIMS) and Parental Involvement (QEP). In the second stage, 10 participants were accessed, which also integrated the first stage, composing five heteroaffective couples who had at least one child between zero and six years old. At this time of collection, the genogram and the semi-structured interview were applied. For the data analysis of Step 1, the results were tabulated and subjected to formal analysis using the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) - version 23.0. Descriptive and inferential statistical analyzes were performed, such as Pearson correlations, t-test and ANOVA. In Step 2, the genogram data were constructed by the GenoPro software, and the transcribed interviews were analyzed using the Bardin thematic categorical analysis, with the aid of the Atlas-ti software. The construction of thematic categories, subcategories and analysis elements was evaluated by two expert judges in the area, obtaining an 80% agreement index. Four central categories were listed in this stage: 1 - Childhood Attachment; 2 - Intergenerationality of Attachment; 3 - Attachment and Quality of Marital Relationship and 4 - Attachment and Parental Involvement. Overall, the results showed that attachment patterns are transmitted intergenerationally between the family of origin for later generations, recursively influencing the quality of the marital relationship and parental involvement. In addition, it was shown that the greater the insecure attachment developed in childhood, the lower the marital quality and parental involvement. In the parental subsystem, unorganized unsafe attachment was found to have negative correlations with parental involvement, especially in relation to emotional support and indirect basic care. The importance of studies of this nature can contribute to the promotion of quality in family relationships and to provide resources for the therapeutic practice of clinical psychologists and other interdisciplinary professionals who work with families and children, in order to consider the relevance of affective relationships, above all, of attachment construction and its intergenerational process.Crepaldi, Maria AparecidaUniversidade Federal de Santa CatarinaBecker, Ana Paula Sesti2020-10-21T21:28:59Z2020-10-21T21:28:59Z2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis245 p.| il.application/pdf369771https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/216378porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-10-21T21:28:59Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/216378Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-10-21T21:28:59Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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