Avaliação da qualidade nutricional e do uso do termo integral nos rótulos de alimentos processados e ultraprocessados formulados à base de cereais e pseudocereais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bez Batti, Érika Arcaro
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/231268
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2022.
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spelling Avaliação da qualidade nutricional e do uso do termo integral nos rótulos de alimentos processados e ultraprocessados formulados à base de cereais e pseudocereaisNutriçãoCereaisGrãos integraisInformação NutricionalRotulagem de AlimentosRotulagem NutricionalDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2022.Em vários países, observa-se crescente interesse dos consumidores por alimentos saudáveis, que tragam benefícios à saúde. Os alimentos integrais, compostos por cereais e pseudocereais, fazem parte dessa tendência, sendo fontes de fibras, vitaminas, minerais e fitoquímicos. Nesse cenário, internacionalmente, recomenda-se o consumo desses alimentos, porém, há variabilidade, entre os países, na quantificação de cereais integrais e nos critérios utilizados para rotular os alimentos como integrais. No Brasil, não existe legislação, em vigor, que estabeleça critérios para caracterizar ou rotular um produto como integral. Portanto, o objetivo do estudo foi analisar a qualidade nutricional dos alimentos processados e ultraprocessados formulados à base de cereais e pseudocereais com e sem a presença do termo integral no rótulo. Foram analisados os rótulos dos alimentos processados e ultraprocessados formulados à base de cereais e pseudocereais (n=1004) oriundos de censo de rótulos de alimentos disponíveis para venda em supermercado de Florianópolis no ano de 2013. Os alimentos foram classificados em oito grupos de acordo com a legislação brasileira de rotulagem nutricional. Assim, foram analisados alimentos como: biscoitos, bolos, cereais matinais, pães, dentre outros. Foi verificada a frequência absoluta e relativa do uso do termo integral e de expressões análogas nos painéis frontais dos rótulos, avaliando a diferença dessa frequência conforme os grupos da legislação por meio de Qui-quadrado de Pearson. Realizou-se também a comparação da informação nutricional entre alimentos categorizados por meio dos testes ANOVA ou Kruskal-Wallis, com teste post hoc Bonferroni ou de Dunn. Foi avaliada a frequência absoluta e relativa da posição de cereais integrais por meio da avaliação da lista de ingredientes dos rótulos. Considerou-se um nível de significância de 5% e foi utilizado o programa estatístico Stata. Dos alimentos analisados, 578 pertenciam ao grupo dos produtos de panificação, cereais, leguminosas, raízes, tubérculos e seus derivados (grupo I) e 426 ao grupo dos açúcares e produtos que fornecem energia provenientes de carboidratos e gorduras (grupo VII). Desses, 98 (9,8%) alimentos apresentaram termo integral, 25 (2,5%) expressões análogas do termo e 33 (3,3%) termo integral concomitante com expressões análogas nos seus painéis frontais. Dentre os grupos analisados, identificou-se que a presença do termo integral nos painéis frontais dos alimentos foi significativamente superior no grupo I. Encontrou-se com frequência, nos painéis frontais, o uso de expressões análogas que designam o termo integral, como ?feito com cereal integral? e ?cereal integral?. Observou-se, no grupo I, que os alimentos com termo integral e/ou expressões análogas apresentaram menor valor energético, de carboidratos, gordura saturada e sódio e maior teor de proteínas e fibras quando comparados com os alimentos similares. No grupo VII, encontrou-se menores valores de gordura total e maiores de fibras. Metade dos alimentos analisados com o termo integral ou expressões análogas não possuíam cereal integral como principal ingrediente da lista de ingredientes, sendo a frequência ainda menor quando avaliados os ingredientes posteriores da lista. Espera-se que os resultados do estudo possam contribuir para escolhas alimentares mais informadas sobre os alimentos comercializados e para o fortalecimento de políticas públicas voltadas à regulamentação da rotulagem no Brasil.Abstract: In several countries, there is a growing interest among consumers for healthy foods, which bring benefits to health. Whole grain foods, composed of cereals and pseudocereals, are part of this trend, being sources of fiber, vitamins, minerals, and phytochemicals. In this scenario, internationally, the consumption of these foods is recommended, but there is variability among countries in the quantification of whole grain and in the criteria used to label foods as whole grain. In Brazil, currently, there is no legislation in force that establishes criteria to characterize or label a product as whole grain. Therefore, the aim of this study was to analyze the nutritional quality of processed and ultra-processed foods made with cereals and pseudocereals with and without the presence of the integral term on the label. The labels of processed and ultra-processed foods formulated with cereals and pseudocereals (n=1004) from a census of food labels available for sale in supermarkets in Florianópolis in 2013 were analyzed. The foods were classified into eight groups according to the Brazilian nutrition labeling legislation. Thus, foods such as cookies, cakes, breakfast cereals, breads, among others, were analyzed. The absolute and relative frequency of the use of the integral term and analogous expressions on the front panels of the labels was verified, evaluating the difference of this frequency according to the groups of the legislation by means of Pearson's Chi-square. A comparison of the nutritional information between categorized foods was also performed using ANOVA or Kruskal-Wallis tests, with Bonferroni or Dunn's post hoc test. The absolute and relative frequency of the position of whole grain cereals was assessed by evaluating the list of ingredients on the labels. A significance level of 5% was considered and the statistical program Stata was used. Considering the analyzed foods, 578 belonged to the group of bakery products, cereals, legumes, roots, tubers and their derivatives (group I) and 426 to the group of sugars and products that provide energy from carbohydrates and fats (group VII). Of these, 98 (9.8%) foods presented integral term, 25 (2.5%) analogous expressions of the term, and 33 (3.3%) integral term concomitant with analogous expressions on their front panels. Among the groups analyzed, it was found that the presence of the integral term on the front panels of the foods was significantly higher in group I. The use of analogous expressions designating the term whole grain, such as \"made with whole grain\" and \"whole grain\", was frequently found on the front panels. It was observed, in group I, that the foods with whole grain and/or analogous expressions had lower energy, carbohydrate, saturated fat and sodium values and higher protein and fiber contents when compared to similar foods. In group VII, lower values of total fat and higher fiber were found. Half of the foods analyzed with the term whole grain or analogous expressions did not have whole grain as the main ingredient in the ingredient list, and the frequency was even lower when the later ingredients in the list were evaluated. It is hoped that the results of the study can contribute to more informed food choices about marketed foods and to the strengthening of public policies aimed at regulating labeling in Brazil.Uggioni, Paula LazzarinNascimento, Amanda Bagolin doUniversidade Federal de Santa CatarinaBez Batti, Érika Arcaro2022-02-14T13:35:57Z2022-02-14T13:35:57Z2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis142 p.| il., tabs.application/pdf374230https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/231268porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-02-14T13:35:57Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/231268Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732022-02-14T13:35:57Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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