"É língua oficial de Timor-Leste, quer não quer nós temos que falar": reflexões sobre políticas e práticas linguísticas em Díli

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias, Christiane da Silva
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/158405
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2015.
id UFSC_d6699192dc44aad7ba75b79fefed001e
oai_identifier_str oai:repositorio.ufsc.br:123456789/158405
network_acronym_str UFSC
network_name_str Repositório Institucional da UFSC
repository_id_str 2373
spelling Universidade Federal de Santa CatarinaDias, Christiane da SilvaSevero, Cristine Görski2016-01-15T14:49:35Z2016-01-15T14:49:35Z2015336819https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/158405Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2015.Este estudo nasce do interesse da autora de problematizar as políticas linguísticas em contextos de antigas colônias portuguesas. Nesse caso, especificamente, é uma tentativa de compreender as dinâmicas do(s) discurso(s) que permeia(m) a oficialização da língua portuguesa em Timor-Leste e sua relação com as práticas linguísticas cotidianas adotadas pela população que vive e transita em Díli, capital do país e também por timorenses que escolheram estudar no Brasil. Um dos objetivos desse trabalho é tentar relatar a construção discursiva da política linguística timorense, por meio de documentos que definem as políticas linguísticas institucionais e, a partir daí, confrontar essa análise com outra, a das práticas linguísticas cotidianas. Timor-Leste é o único país asiático integrante da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, bloco de Estados que se definem a partir do fato de partilharem a língua portuguesa como idioma oficial. Do ponto de vista teórico, a pesquisa busca inspiração na linguística aplicada crítica e nos estudos pós-coloniais (CANAGARAJAH, 2005; MAKONI, 2006, 2007, 2012; MOITA LOPES, 2013; PENNYCOOK, 2001, 2007, 2010; RAJAGOPALAN, 2003, 2004). Além disso, propõe um diálogo com os estudos culturais (HALL, 2005) para refletir sobre categorias como cultura e identidade, recorrentes nos documentos oficiais como justificativa da oficialização da língua portuguesa (TIMOR-LESTE, 2002, 2008, 2012). O trabalho seguiu duas etapas metodológicas interligadas. A partir da análise de documentos oficiais de políticas linguísticas daquele país ? a Constituição da República Democrática de Timor-Leste; a Lei de Bases da Educação; a Resolução do Parlamento Nacional sobre ?A Importância da Promoção e do Ensino nas Línguas Oficiais para a Unidade e Coesão Nacionais e para a Consolidação de uma Identidade Própria e Original no Mundo?; e o Plano do Ministério da Educação 2013-2017 ? procurou observar a relação do que institucionalmente está localizado em um plano ideal com o que é manifestado por duas comunidades de prática (ECKERT, 1992) específicas: a de estudantes timorenses que frequentam o ensino superior na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a de estudantes finalistas do curso de Formação de Professores de uma universidade em Díli. Além destas comunidades de prática, considerou-se, também, a paisagem linguística (LANDRY & BOURHIS, 1997) multilíngue da capital timorense, onde a autora viveu e trabalhou por um ano. A provocação contida nesse trabalho é que discursos institucionais monofônicos constroem a imagem de uma identidade nacional fixa. Por outro lado, as práticas cotidianas revelam um ambiente polifônico, híbrido e conflituoso. Por fim, a dissertação pretende contribuir para reflexões críticas sobre a relação política entre língua(s), cultura(s) e identidade(s) ao explorar o processo de construção política da ideia de língua.<br>Abstract : This study starts from the interest of the author in discussing the linguistic policies in former portuguese colonies contexts. In this case, specifically, is an attempt to understand the dynamics of the discourse(s) that addresses the officialization of the portuguese language in Timor-Leste and its relation with the language practices adoptedby the population that lives and moves in Dili, the country capital. The aim of this study is to try to report the discursive construction of the timorese languistic policy, through documents that define the institutional languistic policies and compare this analysis with the language of everyday practices. Timor-Leste is the only Asian country member of the Community of Portuguese Speaking Countries, an institution that are defined from the fact that share portuguese as an official language. From a theoretical approach, the research seeks inspiration in critical applied linguistics and postcolonial studies (CANAGARAJAH, 2005; Makoni, [2006], [2007], [2012]; MOITA-LOPES, 2013; PENNYCOOK, [2001], [2007], [2010]; RAJAGOPALAN, [2003], [2004]). It also proposes a dialogue with cultural studies (HALL, 2005) to think on categories such as culture and identity, which are present in official documents to justify the officialization of the portuguese language (TIMOR-LESTE, [2002], [2008], [2012]). This study comprises two methodological steps. From the analysis of official documents of language policies of Timor-Leste - the Constituição da República Democrática de Timor-Leste; a Lei de Bases da Educação; a Resolução do Parlamento Nacional sobre ?A importância da Promoção e do Ensino nas Línguas Oficiais para a Unidade e Coesão Nacionais e para a Consolidação de uma Identidade Própria e Original no Mundo?; and the Plano do Ministério da Educação 2013-2017 - sought to look on the relation between what is institutionally located as an ideal and what is show up by two communities of practice (ECKERT, 1992): the timorese students at Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) and senior students from an university in Dili: and the linguistic landscape (LANDRY & BOURHIS, 1997) of the Timor-Leste?s, capital city, where the author lived and worked for one year. The set here is that monophonic institutional discourses construct a fixed national identity. On the other hand, the linguistic practices reveal a polyphonic, hybrid and conflicted environment. Finally, this study aims to contribute for the critical reflections on the political connection between language(s), culture(s) and identity(s), through scanning the process of political language construction.157 p.| il.porLinguísticaTimor LesteIdentidade socialTimor LesteLingua portuguesaTimor Leste&quot;É língua oficial de Timor-Leste, quer não quer nós temos que falar&quot;: reflexões sobre políticas e práticas linguísticas em Díliinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINAL336819.pdfapplication/pdf3608135https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/158405/1/336819.pdf8f1b5a843597869fc343c71a95286a43MD51123456789/1584052016-03-07 16:01:27.483oai:repositorio.ufsc.br:123456789/158405Repositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732016-03-07T19:01:27Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv &quot;É língua oficial de Timor-Leste, quer não quer nós temos que falar&quot;: reflexões sobre políticas e práticas linguísticas em Díli
title &quot;É língua oficial de Timor-Leste, quer não quer nós temos que falar&quot;: reflexões sobre políticas e práticas linguísticas em Díli
spellingShingle &quot;É língua oficial de Timor-Leste, quer não quer nós temos que falar&quot;: reflexões sobre políticas e práticas linguísticas em Díli
Dias, Christiane da Silva
Linguística
Timor Leste
Identidade social
Timor Leste
Lingua portuguesa
Timor Leste
title_short &quot;É língua oficial de Timor-Leste, quer não quer nós temos que falar&quot;: reflexões sobre políticas e práticas linguísticas em Díli
title_full &quot;É língua oficial de Timor-Leste, quer não quer nós temos que falar&quot;: reflexões sobre políticas e práticas linguísticas em Díli
title_fullStr &quot;É língua oficial de Timor-Leste, quer não quer nós temos que falar&quot;: reflexões sobre políticas e práticas linguísticas em Díli
title_full_unstemmed &quot;É língua oficial de Timor-Leste, quer não quer nós temos que falar&quot;: reflexões sobre políticas e práticas linguísticas em Díli
title_sort &quot;É língua oficial de Timor-Leste, quer não quer nós temos que falar&quot;: reflexões sobre políticas e práticas linguísticas em Díli
author Dias, Christiane da Silva
author_facet Dias, Christiane da Silva
author_role author
dc.contributor.pt_BR.fl_str_mv Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.author.fl_str_mv Dias, Christiane da Silva
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Severo, Cristine Görski
contributor_str_mv Severo, Cristine Görski
dc.subject.classification.pt_BR.fl_str_mv Linguística
Timor Leste
Identidade social
Timor Leste
Lingua portuguesa
Timor Leste
topic Linguística
Timor Leste
Identidade social
Timor Leste
Lingua portuguesa
Timor Leste
description Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2015.
publishDate 2015
dc.date.issued.fl_str_mv 2015
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-01-15T14:49:35Z
dc.date.available.fl_str_mv 2016-01-15T14:49:35Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/158405
dc.identifier.other.pt_BR.fl_str_mv 336819
identifier_str_mv 336819
url https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/158405
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 157 p.| il.
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFSC
instname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron:UFSC
instname_str Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron_str UFSC
institution UFSC
reponame_str Repositório Institucional da UFSC
collection Repositório Institucional da UFSC
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/158405/1/336819.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 8f1b5a843597869fc343c71a95286a43
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1766805112891637760