Admirável mundo novo: a ciência e o surdo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/193724 |
Resumo: | A língua brasileira de sinais (Libras) foi designada como a língua oficial da comunidade surda Brasileira. Entretanto, nesta língua há uma limitação dos termos científicos existentes, criando assim uma barreira linguística para a comunicação e compreensão da ciência.O objetivo deste trabalho foi o de criar essa aproximação com o mundo científico.Para tal torna-se necessário um glossário científico em Libras. O presente trabalho envolve o desenvolvimento de um fascículo em Libras com a temática “Fertilização e Embriogênese”, além de iniciarmos outro fascículo em Ecologia. Para o desenvolvimento do glossário de Fertilização e Embriogênese, foram listadas 92 palavras, das quais 30 já existiam em Libras, 43 existiam no glossário do ScottishSensory Center (SSC) em BSL (British Sign Language), 51 em diferentes línguas de sinais distribuídas pelo mundo listadas no site Spread the Sign. Isso significa que foram desenvolvidos 62 sinais para a Libras, sendo que 22 desses sinais não existiam em nenhuma das fontes consultadas e foram inteiramente desenvolvidos pelo nosso grupo. A aceitação desses sinais foi verificada durante cursos experimentais. Com a intenção de uma internacionalização dos sinais científicos, estabelecemos uma metodologia para testar a aceitação, por surdos brasileiros, de sinais científicos desenvolvidos em outras línguas de sinais. Levamos em consideração os possíveis regionalismos, e a avaliação dos sinais foi realizada em cidades de três regiões brasileiras: nordeste, sudeste e sul. Os resultados obtidos com os testes de avaliação sugerem que alguns sinais em BSL poderiam encontrar aceitação, permitindo empréstimos linguísticos. O desenvolvimento de novos sinais também é importante na divulgação não formal de ciências. Em uma alternativa à educação apenas em sala de aula ou laboratório, os surdos deste projeto puderam também vivenciar a ciência em ambientes como museus e reservas ecológicas. Como resultado dessas iniciativas expandiu-se o conhecimento e a acessibilidade para outras áreas culturais. Vivendo em uma sociedade científica/tecnológica, a inclusão científica do indivíduo surdo permitirá ao mesmo não só o desenvolvimento de senso crítico com relação ao ambiente que o cerca, mas também, no futuro, a abertura de novas oportunidades no mercado de trabalho. |
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