Estudo da eficácia do Milteforan® no tratamento da leishmaniose visceral canina na região da grande Florianópolis, SC

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rosar, Amábilli de Souza
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/234817
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Biociências, Florianópolis, 2022.
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Até 2007, a região Sul do Brasil não era considerada endêmica para LV, entretanto surtos de leishmaniose visceral canina (LVC) ocorreram a partir de 2008, sendo seguidos da ocorrência de casos de LV em humanos. Além de ser uma área endêmica recente, um cenário epidemiológico diferenciado é observado em Florianópolis, SC, no qual, a presença do vetor clássico da LV, Lutzomyia longipalpis, não foi registrada até o momento. O uso do medicamento Milteforan® para o tratamento da LVC vem ocorrendo no Brasil desde 2016, mas poucos estudos investigaram a sua real eficácia em populações de cães naturalmente infectados. Portanto, o monitoramento clínico e da carga parasitária de cães tratados é de suma importância para avaliar a eficácia do medicamento e o prognóstico da infecção em cães submetidos ao tratamento. Sendo assim, este projeto teve como objetivo avaliar aspectos clínicos, parasitológicos e histopatológicos de cães naturalmente infectados por L. infantum, no município de Florianópolis, antes e após o tratamento com Milteforan®. No presente estudo, foram coletadas amostras de pele e linfonodo de 24 cães antes (T0) e depois do tratamento (T1- 31 dias após o início e T2 ? 6 meses após o fim do tratamento). Os cães apresentaram uma redução significativa no número de parasitos/mg de tecido (pele) após o tratamento com Milteforan®. Os resultados mostraram também uma diminuição nos valores de estadiamento clínico dos cães após tratamento. Este estudo demonstrou que valores de estadiamento clínico, quantidade de macrófagos contendo amastigotas de Leishmania spp. e do infiltrado inflamatório em derme e epiderme dos cães com LV variaram em função da carga parasitária. Além disso, os resultados demonstram que a carga parasitária na pele de cães que receberam esquema terapêutico 1 (Milteforan®+alopurinol+domperidona) foi menor do que a encontrada em animais que realizaram esquema terapêutico 2 (Milteforan® ou Milteforan®+alopurinol ou Milteforan®+imunoterapia) considerando o tempo de seis meses após o tratamento. Em conjunto, os resultados obtidos neste trabalho demonstraram que o tratamento com Milteforan® leva a uma diminuição da carga parasitária após o tratamento, assim como a melhora dos sinais clínicos, demonstrando a eficácia do tratamento a despeito de não haver cura parasitológica.Abstract: Leishmaniasis are considered anthropozoonotic infectious diseases caused by protozoa parasites of the genus Leishmania. The most severe form of the disease is the visceral leishmaniasis (VL), caused by Leishmania infantum, being a potentially fatal disease that affects the mononuclear phagocytic system. The domestic dog is the main reservoir of L. infantum in the urban transmission environment. Until 2007, the southern region of Brazil was not considered endemic for VL, however outbreaks of canine visceral leishmaniasis (CVL) occurred from 2008 onwards, being followed by the occurrence of VL cases in humans. In addition to being a recent endemic area, a different epidemiological scenario is observed in Florianópolis, SC, in which the presence of the classic VL vector, Lutzomyia longipalpis, has not been recorded so far. The use of the drug Milteforan®, for the treatment of CVL, has been happening in Brazil since 2016, but few studies have investigated its real effectiveness in populations of naturally infected dogs. In this way, the clinical and parasite load monitoring of treated dogs is important to assess the efficacy of the drug and the prognosis of infection in dogs undergoing treatment. Therefore, this project aimed to evaluate clinical, parasitological and histopathological aspects of dogs naturally infected with L. infantum, in the city of Florianópolis, before and after the treatment with Milteforan®. In the present study, skin and lymph node samples were collected from 24 dogs before (T0) and after treatment (T1- 31 days after initiation and T2 - 6 months after the end of treatment). Dogs showed a significant reduction in the number of parasites/mg tissue (skin) after treatment with Milteforan®. The results also showed a decrease in the clinical staging values of dogs after treatment. This study demonstrated that clinical staging values, amount of macrophages containing Leishmania spp. and the inflammatory infiltrate in the dermis and epidermis of dogs with VL varied according to the parasite load. In addition, the results demonstrate that the parasite load on the skin of dogs that received therapeutic regimen 1 (Milteforan®+alopurinol+domperidona) was lower than that found in animals that underwent therapeutic regimen 2 (Milteforan® or Milteforan®+alopurinol or Milteforan®+imunoterapia), considering the time of six months after treatment. Taken together, the results obtained in this work demonstrate that treatment with Milteforan® leads to a decrease in the parasite load after treatment, as well as an improvement in clinical signs, demonstrating the effectiveness of the treatment despite the lack of parasitological cure.115 p.| il., gráfs.porBiotecnologiaLeishmanioseLeishmaniaCãesEstudo da eficácia do Milteforan® no tratamento da leishmaniose visceral canina na região da grande Florianópolis, SCinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALPBTC0338-D.pdfPBTC0338-D.pdfapplication/pdf6144085https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/234817/-1/PBTC0338-D.pdf530a7e25db9f60b03cb34d3497851d6aMD5-1123456789/2348172022-05-19 11:49:41.611oai:repositorio.ufsc.br:123456789/234817Repositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732022-05-19T14:49:41Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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