Educação ambiental: recursos imagéticos na produção de significação de um sujeito surdo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/190711 |
Resumo: | Esta pesquisa propõe um estudo sobre o papel dos recursos imagéticos e sua relação com a significação de surdos, à luz da Educação Ambiental. Justifico meu estudo realizado devido à minha vivência com a Língua de Sinais, como intérprete de sinais; diante desta, percebi que o surdo é um ser visual e, para tanto, necessita de imagens que sejam significativas para eles. Pensando sob essa ótica, minha questão de pesquisa foi: Como os recursos imagéticos podem contribuir na produção de significados e sentidos no campo da Educação Ambiental em uma professora surda? Assim, o objetivo geral foi analisar a produção de significação imagética de uma professora surda do Rio Grande do Sul no campo da Educação Ambiental. A partir desse objetivo geral, foi identificado e analisado como essa professora surda construiu algumas noções, conceitos, percepções e representações sobre Meio Ambiente e Educação Ambiental em sua trajetória de vida por meio de recursos imagéticos. Também foi analisado o potencial dos recursos imagéticos como metodologias de ensino e aprendizagem no campo da Educação Ambiental para a educação de surdos, bem como o uso da imagem como um recurso acadêmico viável. Os pressupostos teóricos ancoram-se na abordagem sócio-histórica, com enfoque na constituição do sujeito e nas relações subjetivas, em especial na singularidade humana. Foram utilizados autores como Molon, Freitas, Vygotsky e Bakhtin. A metodologia empregada consistiu na realização de três entrevistas semiestruturadas, que permitiram à pesquisadora e à entrevistada maior flexibilidade durante sua realização e mais facilidade e naturalidade para a consecução dos dados. A partir do material coletado, as unidades de análise foram divididas em duas categorias principais: o preconceito e a comunidade surda. A partir delas, surgiram outros itens de análise, como: o igual e o diferente, vários tipos de preconceitos envolvendo a comunidade surda, LIBRAS e seu desenrolar como idioma brasileiro, disciplina nas faculdades, entre outros. Além disso, foi analisado o valor da metodologia visual nas escolas e nesta pesquisa, bem como a Educação Ambiental se relaciona com as significações dadas pela entrevistada. A conclusão aponta que os recursos imagéticos exercem um papel importante nas narrativas e como método de coleta de dados, principalmente para os surdos, evidenciando sua importância como recurso acadêmico. Ressalta-se, ainda, a relação intrínseca entre Educação Ambiental e Educação de surdos, evidenciando assim a transversalidade da temática. |
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