Variações na apresentação fenotípica da escoliose idiopática do adolescente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Curto, David Del [UNIFESP]
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Ueta, Renato Hiroshi Salvioni [UNIFESP], Wajchenberg, Marcelo [UNIFESP], Martins Filho, Délio Eulálio [UNIFESP], Puertas, Eduardo Barros [UNIFESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/5629
http://dx.doi.org/10.1590/S1808-18512010000100005
Resumo: OBJETIVO: discutir quais elementos, de acordo com a literatura, são responsáveis pela discordância fenotípica em gêmeos monozigóticos. MÉTODOS: foram levantados os dados ambulatoriais de um par de gêmeas monozigóticas, que incluíram: idade no momento do diagnóstico, tipo de curva, ângulo de Cobb da deformidade na consulta inicial, início do tratamento e último acompanhamento, ápice da curva e ângulo de Cobb aferido nas imagens radiográficas em perfil. RESULTADOS: criança I: curva principal lombar à esquerda, com ângulo de Cobb entre T11-L4 de 17°, e curva torácica direita entre T5-T11 de 14°. Os ápices encontravam-se no disco L1-L2 e na vértebra T8, respectivamente. Um ano depois, se detectou progressão significativa da deformidade, com a curva lombar evoluindo para 24° (T11-L4) e a curva torácica para 23° (T5-T11). Criança II: curva toracolombar de pequena magnitude à direita, com ângulo de Cobb entre T9 e L3 de 18°. O ápice situava-se na vértebra de T12. Um ano depois, observou-se aumento da curva, com o ângulo de Cobb progredindo para 40°. CONCLUSÃO: não obstante a evidência da origem genética para o desenvolvimento da escoliose, admite-se a influência de outros fatores para sua manifestação e progressão. Na literatura, encontram-se algumas explicações para o desenvolvimento da doença, referentes à deficiência de tecidos estruturais encontrada em síndromes e condições específicas, crescimento assimétrico dos membros e tronco, alterações da configuração sagital da coluna vertebral e fatores ligados à natureza, como alimentação.
id UFSP_03ffe34dc146f9d605c7e8491a143ef5
oai_identifier_str oai:repositorio.unifesp.br:11600/5629
network_acronym_str UFSP
network_name_str Repositório Institucional da UNIFESP
repository_id_str 3465
spelling Curto, David Del [UNIFESP]Ueta, Renato Hiroshi Salvioni [UNIFESP]Wajchenberg, Marcelo [UNIFESP]Martins Filho, Délio Eulálio [UNIFESP]Puertas, Eduardo Barros [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)2015-06-14T13:41:34Z2015-06-14T13:41:34Z2010-03-01Coluna/Columna. Sociedade Brasileira de Coluna, v. 9, n. 1, p. 19-23, 2010.1808-1851http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/5629http://dx.doi.org/10.1590/S1808-18512010000100005S1808-18512010000100005.pdfS1808-1851201000010000510.1590/S1808-18512010000100005OBJETIVO: discutir quais elementos, de acordo com a literatura, são responsáveis pela discordância fenotípica em gêmeos monozigóticos. MÉTODOS: foram levantados os dados ambulatoriais de um par de gêmeas monozigóticas, que incluíram: idade no momento do diagnóstico, tipo de curva, ângulo de Cobb da deformidade na consulta inicial, início do tratamento e último acompanhamento, ápice da curva e ângulo de Cobb aferido nas imagens radiográficas em perfil. RESULTADOS: criança I: curva principal lombar à esquerda, com ângulo de Cobb entre T11-L4 de 17°, e curva torácica direita entre T5-T11 de 14°. Os ápices encontravam-se no disco L1-L2 e na vértebra T8, respectivamente. Um ano depois, se detectou progressão significativa da deformidade, com a curva lombar evoluindo para 24° (T11-L4) e a curva torácica para 23° (T5-T11). Criança II: curva toracolombar de pequena magnitude à direita, com ângulo de Cobb entre T9 e L3 de 18°. O ápice situava-se na vértebra de T12. Um ano depois, observou-se aumento da curva, com o ângulo de Cobb progredindo para 40°. CONCLUSÃO: não obstante a evidência da origem genética para o desenvolvimento da escoliose, admite-se a influência de outros fatores para sua manifestação e progressão. Na literatura, encontram-se algumas explicações para o desenvolvimento da doença, referentes à deficiência de tecidos estruturais encontrada em síndromes e condições específicas, crescimento assimétrico dos membros e tronco, alterações da configuração sagital da coluna vertebral e fatores ligados à natureza, como alimentação.OBJECTIVE: to discuss which elements, according to literature, are responsible for phenotypic discordance in monozygotic twins. METHODS: the data from a pair of female monozygotic twins were gathered. These data included their age at the time of the diagnosis, type of curve, Cobb angle of the deformity at the time of the initial consultation, dates of the start of treatment and the last follow-up, the apex of the curve and Cobb angle measured from radiological images in lateral view. RESULTS: child I: major lumbar curve to the left, with a Cobb angle of 17° between T11 and L4, and a thoracic curve to the right, with an angle of 14° between T5 and T11. The apices were at the L1-L2 disc and at the T8 vertebra, respectively. One year after the first consultation, there had been significant progression of the deformity, with the lumbar curve of 24° (T11-L4) and the thoracic curve of 23° (T5-T11). Child II: small thoracolumbar deformity to the right, which was confirmed radiographically with a Cobb angle of 18° between T9 and L3. The apex was located at the T12 vertebra. One year later, it was observed that the curve had increased, and the Cobb angle had become 40°. CONCLUSION: notwithstanding the evidence for a genetic origin for the development of scoliosis, it is accepted that other factors influence its manifestation and progression. In literature, the development of this disease has been explained in terms of the structural tissue deficiencies found in specific syndromes and conditions, asymmetrical growth of limbs and trunk, changes in sagittal configuration of the spine and factors relating to the environment, such as nutrition.OBJETIVO: discutir los elementos que, de acuerdo a la literatura, son responsables por la discordancia fenotípica en gemelos monocigóticos. MÉTODOS: fueron recogidos los datos de un par de pacientes gemelas monocigóticas, que incluyeron la edad al diagnóstico, el tipo de curva, el ángulo de Cobb de la deformidad en la presentación, al inició del tratamiento y a la última consulta de seguimiento, el ápice de la curva y el ángulo de Cobb medido en las imágenes en el perfil. RESULTADOS: niña I - curva lumbar primaria a la izquierda con el ángulo de Cobb entre T11-L4 de 17° y la curva torácica derecha entre T5-T11 de 14°. Los ápices estaban en el disco L1-L2 y en la vértebra T8, respectivamente. Un año después, se detectó progresión significativa de la deformidad con la curva lumbar progresando a 24° (T11-L4), y la curva torácica a 23° (T5-T11). Niña II: curva toracolumbar de pequeña magnitud a la derecha, con ángulo de Cobb entre T9 y L3 de 18°. El ápice se encuentra en la vértebra T12. Después de un año, hubo un aumento de la curva, con el ángulo de Cobb progresando hasta 40°. CONCLUSIÓN: pese a las evidencias del origen genético para el desarrollo de la escoliosis, se admite la influencia de otros factores para su manifestación y progresión. En la literatura hay explicaciones para el desarrollo de la enfermedad que se refieren a la deficiencia de los tejidos estructurales, los cuales se encuentran en síndromes y condiciones específicas, al crecimiento asimétrico de las extremidades y del tronco, a cambios de la configuración sagital de la columna, y a factores relacionados con la naturaleza, como la nutrición.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de Medicina Programa de Pós-graduação em Ortopedia e TraumatologiaUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de Medicina Departamento de Ortopedia e TraumatologiaUNIFESP, EPM, Programa de Pós-graduação em Ortopedia e TraumatologiaUNIFESP, EPM, Depto. de Ortopedia e TraumatologiaSciELO19-23porSociedade Brasileira de ColunaColuna/ColumnaEscolioseDoenças em gêmeosScoliosisDiseases in twinsVariações na apresentação fenotípica da escoliose idiopática do adolescenteVariations in the phenotypic presentation of adolescent idiopathic scoliosisDiscordancia fenotípica en gemelos monocigóticosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS1808-18512010000100005.pdfapplication/pdf429131${dspace.ui.url}/bitstream/11600/5629/1/S1808-18512010000100005.pdfcf011319650d9e80953967ce14f00a75MD51open accessTEXTS1808-18512010000100005.pdf.txtS1808-18512010000100005.pdf.txtExtracted texttext/plain21155${dspace.ui.url}/bitstream/11600/5629/21/S1808-18512010000100005.pdf.txt34185143e94e3163f12080844b24bc12MD521open accessTHUMBNAILS1808-18512010000100005.pdf.jpgS1808-18512010000100005.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg6649${dspace.ui.url}/bitstream/11600/5629/23/S1808-18512010000100005.pdf.jpgb4d29025d18c0266a753141f6a0f9d4fMD523open access11600/56292023-06-05 19:20:25.087open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/5629Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-06-05T22:20:25Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
dc.title.pt.fl_str_mv Variações na apresentação fenotípica da escoliose idiopática do adolescente
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Variations in the phenotypic presentation of adolescent idiopathic scoliosis
dc.title.alternative.es.fl_str_mv Discordancia fenotípica en gemelos monocigóticos
title Variações na apresentação fenotípica da escoliose idiopática do adolescente
spellingShingle Variações na apresentação fenotípica da escoliose idiopática do adolescente
Curto, David Del [UNIFESP]
Escoliose
Doenças em gêmeos
Scoliosis
Diseases in twins
title_short Variações na apresentação fenotípica da escoliose idiopática do adolescente
title_full Variações na apresentação fenotípica da escoliose idiopática do adolescente
title_fullStr Variações na apresentação fenotípica da escoliose idiopática do adolescente
title_full_unstemmed Variações na apresentação fenotípica da escoliose idiopática do adolescente
title_sort Variações na apresentação fenotípica da escoliose idiopática do adolescente
author Curto, David Del [UNIFESP]
author_facet Curto, David Del [UNIFESP]
Ueta, Renato Hiroshi Salvioni [UNIFESP]
Wajchenberg, Marcelo [UNIFESP]
Martins Filho, Délio Eulálio [UNIFESP]
Puertas, Eduardo Barros [UNIFESP]
author_role author
author2 Ueta, Renato Hiroshi Salvioni [UNIFESP]
Wajchenberg, Marcelo [UNIFESP]
Martins Filho, Délio Eulálio [UNIFESP]
Puertas, Eduardo Barros [UNIFESP]
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.institution.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
dc.contributor.author.fl_str_mv Curto, David Del [UNIFESP]
Ueta, Renato Hiroshi Salvioni [UNIFESP]
Wajchenberg, Marcelo [UNIFESP]
Martins Filho, Délio Eulálio [UNIFESP]
Puertas, Eduardo Barros [UNIFESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Escoliose
Doenças em gêmeos
topic Escoliose
Doenças em gêmeos
Scoliosis
Diseases in twins
dc.subject.eng.fl_str_mv Scoliosis
Diseases in twins
description OBJETIVO: discutir quais elementos, de acordo com a literatura, são responsáveis pela discordância fenotípica em gêmeos monozigóticos. MÉTODOS: foram levantados os dados ambulatoriais de um par de gêmeas monozigóticas, que incluíram: idade no momento do diagnóstico, tipo de curva, ângulo de Cobb da deformidade na consulta inicial, início do tratamento e último acompanhamento, ápice da curva e ângulo de Cobb aferido nas imagens radiográficas em perfil. RESULTADOS: criança I: curva principal lombar à esquerda, com ângulo de Cobb entre T11-L4 de 17°, e curva torácica direita entre T5-T11 de 14°. Os ápices encontravam-se no disco L1-L2 e na vértebra T8, respectivamente. Um ano depois, se detectou progressão significativa da deformidade, com a curva lombar evoluindo para 24° (T11-L4) e a curva torácica para 23° (T5-T11). Criança II: curva toracolombar de pequena magnitude à direita, com ângulo de Cobb entre T9 e L3 de 18°. O ápice situava-se na vértebra de T12. Um ano depois, observou-se aumento da curva, com o ângulo de Cobb progredindo para 40°. CONCLUSÃO: não obstante a evidência da origem genética para o desenvolvimento da escoliose, admite-se a influência de outros fatores para sua manifestação e progressão. Na literatura, encontram-se algumas explicações para o desenvolvimento da doença, referentes à deficiência de tecidos estruturais encontrada em síndromes e condições específicas, crescimento assimétrico dos membros e tronco, alterações da configuração sagital da coluna vertebral e fatores ligados à natureza, como alimentação.
publishDate 2010
dc.date.issued.fl_str_mv 2010-03-01
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-06-14T13:41:34Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-06-14T13:41:34Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv Coluna/Columna. Sociedade Brasileira de Coluna, v. 9, n. 1, p. 19-23, 2010.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/5629
http://dx.doi.org/10.1590/S1808-18512010000100005
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv 1808-1851
dc.identifier.file.none.fl_str_mv S1808-18512010000100005.pdf
dc.identifier.scielo.none.fl_str_mv S1808-18512010000100005
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv 10.1590/S1808-18512010000100005
identifier_str_mv Coluna/Columna. Sociedade Brasileira de Coluna, v. 9, n. 1, p. 19-23, 2010.
1808-1851
S1808-18512010000100005.pdf
S1808-18512010000100005
10.1590/S1808-18512010000100005
url http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/5629
http://dx.doi.org/10.1590/S1808-18512010000100005
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.none.fl_str_mv Coluna/Columna
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 19-23
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Coluna
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Coluna
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIFESP
instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron:UNIFESP
instname_str Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron_str UNIFESP
institution UNIFESP
reponame_str Repositório Institucional da UNIFESP
collection Repositório Institucional da UNIFESP
bitstream.url.fl_str_mv ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/5629/1/S1808-18512010000100005.pdf
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/5629/21/S1808-18512010000100005.pdf.txt
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/5629/23/S1808-18512010000100005.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv cf011319650d9e80953967ce14f00a75
34185143e94e3163f12080844b24bc12
b4d29025d18c0266a753141f6a0f9d4f
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1783460277219491840