Estudo comparativo entre fentanil por vias peridural e venosa para analgesia de operações ortopédicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Privado, Marcelo Soares [UNIFESP]
Data de Publicação: 2004
Outros Autores: Sakata, Rioko Kimiko [UNIFESP], Issy, Adriana Machado [UNIFESP], Garcia, João Batista Santos [UNIFESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/2250
http://dx.doi.org/10.1590/S0034-70942004000500003
Resumo: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Existem controvérsias sobre o local de ação de opióides lipofílicos após injeção peridural, e alguns autores acreditam que esses fármacos agem no nível supra-espinhal, enquanto outros acham que ocorre ação espinhal. Para tentar esclarecer essa dúvida foi feito estudo comparativo da aplicação de fentanil por vias peridural e venosa após operações ortopédicas de membro inferior. MÉTODO: O estudo foi aleatório e duplamente encoberto. Quando apresentavam dor pós-operatória, os pacientes do G1 (n = 14) receberam 5 ml de solução (100 µg de fentanil em solução fisiológica a 0,9%) por via peridural e 2 ml de solução fisiológica a 0,9% por via venosa, os do G2 (n = 15) receberam 5 ml de solução fisiológica a 0,9%, por via peridural e 2 ml de fentanil (100 µg) por via venosa. Foi avaliada a necessidade de complementação analgésica com tenoxicam (40 mg) por via venosa e com bupivacaína a 0,25% (5 ml) por via peridural (quando não havia alívio com tenoxicam). A intensidade da dor foi avaliada pelas escalas numérica e verbal nos momentos M30, M120 e M240 minutos. RESULTADOS: O número de pacientes que necessitaram de complementação analgésica, tanto com o tenoxicam (G1 = 10 e G2 = 15 pacientes) quanto com a bupivacaína (G1 = 2 e G2 = 8 pacientes) foi maior no G2. Não houve diferença estatística na intensidade da dor entre os grupos nos tempos avaliados. CONCLUSÕES: Nas condições deste estudo o efeito analgésico do fentanil peridural é melhor que por via venosa.
id UFSP_250d521392e6acbb5ff821436aafddd3
oai_identifier_str oai:repositorio.unifesp.br:11600/2250
network_acronym_str UFSP
network_name_str Repositório Institucional da UNIFESP
repository_id_str 3465
spelling Privado, Marcelo Soares [UNIFESP]Sakata, Rioko Kimiko [UNIFESP]Issy, Adriana Machado [UNIFESP]Garcia, João Batista Santos [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Universidade Federal do Maranhão2015-06-14T13:31:18Z2015-06-14T13:31:18Z2004-10-01Revista Brasileira de Anestesiologia. Sociedade Brasileira de Anestesiologia, v. 54, n. 5, p. 634-639, 2004.0034-7094http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/2250http://dx.doi.org/10.1590/S0034-70942004000500003S0034-70942004000500003.pdfS0034-7094200400050000310.1590/S0034-70942004000500003JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Existem controvérsias sobre o local de ação de opióides lipofílicos após injeção peridural, e alguns autores acreditam que esses fármacos agem no nível supra-espinhal, enquanto outros acham que ocorre ação espinhal. Para tentar esclarecer essa dúvida foi feito estudo comparativo da aplicação de fentanil por vias peridural e venosa após operações ortopédicas de membro inferior. MÉTODO: O estudo foi aleatório e duplamente encoberto. Quando apresentavam dor pós-operatória, os pacientes do G1 (n = 14) receberam 5 ml de solução (100 µg de fentanil em solução fisiológica a 0,9%) por via peridural e 2 ml de solução fisiológica a 0,9% por via venosa, os do G2 (n = 15) receberam 5 ml de solução fisiológica a 0,9%, por via peridural e 2 ml de fentanil (100 µg) por via venosa. Foi avaliada a necessidade de complementação analgésica com tenoxicam (40 mg) por via venosa e com bupivacaína a 0,25% (5 ml) por via peridural (quando não havia alívio com tenoxicam). A intensidade da dor foi avaliada pelas escalas numérica e verbal nos momentos M30, M120 e M240 minutos. RESULTADOS: O número de pacientes que necessitaram de complementação analgésica, tanto com o tenoxicam (G1 = 10 e G2 = 15 pacientes) quanto com a bupivacaína (G1 = 2 e G2 = 8 pacientes) foi maior no G2. Não houve diferença estatística na intensidade da dor entre os grupos nos tempos avaliados. CONCLUSÕES: Nas condições deste estudo o efeito analgésico do fentanil peridural é melhor que por via venosa.BACKGROUND AND OBJECTIVES: There are controversies about the action site of lipophylic opioids after epidural injection. Some authors believe that these drugs act at supraspinal level, while others propose a spinal action. This comparative study aimed at answering this question by comparing epidural and intravenous fentanyl for postoperative analgesia of lower limb orthopedic procedures. METHODS: This was a randomized double-blind study. At postoperative pain complaint, G1 patients (n = 14) received 5 mL epidural solution (100 µg fentanyl in 0.9% saline) and 2 mL of intravenous 0.9% saline; G2 patients (n = 15) received 5 mL epidural 0.9% saline and 2 mL intravenous fentanyl (100 µg). Analgesic complementation with intravenous tenoxicam (40 mg) and epidural 0.25% bupivacaine (5 mL) (when there was no relief with tenoxicam) has been evaluated. Pain intensity was evaluated by numeric and verbal scales in moments M30, M120 and M240 minutes. RESULTS: Number of patients needing analgesic complementation both with tenoxicam (G1 = 10 and G2 = 15 patients) and bupivacaine (G1 = 2 and G2 = 8 patients) has been higher in G2. There have been no statistical differences in pain intensity between groups in all studied moments. CONCLUSIONS: In the conditions of our study, effects of epidural fentanyl were better as compared to intravenous fentanyl.JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Existen controversias sobre el local de acción de opioides lipofílicos después de inyección peridural, y algunos autores acreditan que eses fármacos actúan en el nivel supra-espinal, en cuanto otros suponen que ocurre acción espinal. Para tentar esclarecer esa duda fue hecho estudio comparativo de la aplicación de fentanil por vías peridural y venosa después de operaciones ortopédicas de miembro inferior. MÉTODO: El estudio fue aleatorio y duplamente encubierto. Cuando presentaban dolor pos-operatorio, los pacientes del G1 (n = 14) recibieron 5 ml de solución (100 µg de fentanil en solución fisiológica a 0,9%) por vía peridural y 2 ml de solución fisiológica a 0,9% por vía venosa, los del G2 (n = 15) recibieron 5 ml de solución fisiológica a 0,9%, por vía peridural y 2 ml de fentanil (100 µg) por vía venosa. Fue evaluada la necesidad de complementación analgésica con tenoxicam (40 mg) por vía venosa y con bupivacaína a 0,25% (5 ml) por vía peridural (cuando no había alivio con tenoxicam). La intensidad del dolor fue evaluada por las escalas numérica y verbal en los momentos M30, M120 y M240 minutos. RESULTADOS: El número de pacientes que necesitaron de complementación analgésica, tanto con el tenoxicam (G1 = 10 y G2 = 15 pacientes) cuanto con la bupivacaína (G1 = 2 y G2 = 8 pacientes) fue mayor en el G2. No hubo diferencia estadística en la intensidad del dolor entre los grupos en los tiempos evaluados. CONCLUSIONES: En las condiciones de este estudio el efecto analgésico del fentanil peridural es mejor que por vía venosa.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Setor de Dor da Disciplina de Anestesiologia, Dor e Terapia IntensivaUniversidade Federal do MaranhãoUNIFESP, Setor de Dor da Disciplina de Anestesiologia, Dor e Terapia IntensivaSciELO634-639porSociedade Brasileira de AnestesiologiaRevista Brasileira de AnestesiologiaANALGESIAANALGÉSICOSTÉCNICAS ANESTÉSICASANALGESIAANALGESICSANESTHETIC TECHNIQUESEstudo comparativo entre fentanil por vias peridural e venosa para analgesia de operações ortopédicasComparative study of epidural and intravenous fentanyl for postoperative analgesia of orthopedic surgeriesEstudio comparativo entre fentanil por vías peridural y venosa para analgesia de operaciones ortopédicasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0034-70942004000500003.pdfapplication/pdf78592${dspace.ui.url}/bitstream/11600/2250/1/S0034-70942004000500003.pdf0a373051337a1a5b3af8e00c46086708MD51open accessTEXTS0034-70942004000500003.pdf.txtS0034-70942004000500003.pdf.txtExtracted texttext/plain31396${dspace.ui.url}/bitstream/11600/2250/2/S0034-70942004000500003.pdf.txt2be75f1ec83e8391b09dcb8b5d22baa2MD52open access11600/22502023-01-30 22:19:12.426open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/2250Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-25T12:45:07.648355Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
dc.title.pt.fl_str_mv Estudo comparativo entre fentanil por vias peridural e venosa para analgesia de operações ortopédicas
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Comparative study of epidural and intravenous fentanyl for postoperative analgesia of orthopedic surgeries
dc.title.alternative.es.fl_str_mv Estudio comparativo entre fentanil por vías peridural y venosa para analgesia de operaciones ortopédicas
title Estudo comparativo entre fentanil por vias peridural e venosa para analgesia de operações ortopédicas
spellingShingle Estudo comparativo entre fentanil por vias peridural e venosa para analgesia de operações ortopédicas
Privado, Marcelo Soares [UNIFESP]
ANALGESIA
ANALGÉSICOS
TÉCNICAS ANESTÉSICAS
ANALGESIA
ANALGESICS
ANESTHETIC TECHNIQUES
title_short Estudo comparativo entre fentanil por vias peridural e venosa para analgesia de operações ortopédicas
title_full Estudo comparativo entre fentanil por vias peridural e venosa para analgesia de operações ortopédicas
title_fullStr Estudo comparativo entre fentanil por vias peridural e venosa para analgesia de operações ortopédicas
title_full_unstemmed Estudo comparativo entre fentanil por vias peridural e venosa para analgesia de operações ortopédicas
title_sort Estudo comparativo entre fentanil por vias peridural e venosa para analgesia de operações ortopédicas
author Privado, Marcelo Soares [UNIFESP]
author_facet Privado, Marcelo Soares [UNIFESP]
Sakata, Rioko Kimiko [UNIFESP]
Issy, Adriana Machado [UNIFESP]
Garcia, João Batista Santos [UNIFESP]
author_role author
author2 Sakata, Rioko Kimiko [UNIFESP]
Issy, Adriana Machado [UNIFESP]
Garcia, João Batista Santos [UNIFESP]
author2_role author
author
author
dc.contributor.institution.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Universidade Federal do Maranhão
dc.contributor.author.fl_str_mv Privado, Marcelo Soares [UNIFESP]
Sakata, Rioko Kimiko [UNIFESP]
Issy, Adriana Machado [UNIFESP]
Garcia, João Batista Santos [UNIFESP]
dc.subject.por.fl_str_mv ANALGESIA
ANALGÉSICOS
TÉCNICAS ANESTÉSICAS
topic ANALGESIA
ANALGÉSICOS
TÉCNICAS ANESTÉSICAS
ANALGESIA
ANALGESICS
ANESTHETIC TECHNIQUES
dc.subject.eng.fl_str_mv ANALGESIA
ANALGESICS
ANESTHETIC TECHNIQUES
description JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Existem controvérsias sobre o local de ação de opióides lipofílicos após injeção peridural, e alguns autores acreditam que esses fármacos agem no nível supra-espinhal, enquanto outros acham que ocorre ação espinhal. Para tentar esclarecer essa dúvida foi feito estudo comparativo da aplicação de fentanil por vias peridural e venosa após operações ortopédicas de membro inferior. MÉTODO: O estudo foi aleatório e duplamente encoberto. Quando apresentavam dor pós-operatória, os pacientes do G1 (n = 14) receberam 5 ml de solução (100 µg de fentanil em solução fisiológica a 0,9%) por via peridural e 2 ml de solução fisiológica a 0,9% por via venosa, os do G2 (n = 15) receberam 5 ml de solução fisiológica a 0,9%, por via peridural e 2 ml de fentanil (100 µg) por via venosa. Foi avaliada a necessidade de complementação analgésica com tenoxicam (40 mg) por via venosa e com bupivacaína a 0,25% (5 ml) por via peridural (quando não havia alívio com tenoxicam). A intensidade da dor foi avaliada pelas escalas numérica e verbal nos momentos M30, M120 e M240 minutos. RESULTADOS: O número de pacientes que necessitaram de complementação analgésica, tanto com o tenoxicam (G1 = 10 e G2 = 15 pacientes) quanto com a bupivacaína (G1 = 2 e G2 = 8 pacientes) foi maior no G2. Não houve diferença estatística na intensidade da dor entre os grupos nos tempos avaliados. CONCLUSÕES: Nas condições deste estudo o efeito analgésico do fentanil peridural é melhor que por via venosa.
publishDate 2004
dc.date.issued.fl_str_mv 2004-10-01
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-06-14T13:31:18Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-06-14T13:31:18Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv Revista Brasileira de Anestesiologia. Sociedade Brasileira de Anestesiologia, v. 54, n. 5, p. 634-639, 2004.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/2250
http://dx.doi.org/10.1590/S0034-70942004000500003
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv 0034-7094
dc.identifier.file.none.fl_str_mv S0034-70942004000500003.pdf
dc.identifier.scielo.none.fl_str_mv S0034-70942004000500003
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv 10.1590/S0034-70942004000500003
identifier_str_mv Revista Brasileira de Anestesiologia. Sociedade Brasileira de Anestesiologia, v. 54, n. 5, p. 634-639, 2004.
0034-7094
S0034-70942004000500003.pdf
S0034-70942004000500003
10.1590/S0034-70942004000500003
url http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/2250
http://dx.doi.org/10.1590/S0034-70942004000500003
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Anestesiologia
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 634-639
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Anestesiologia
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Anestesiologia
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIFESP
instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron:UNIFESP
instname_str Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron_str UNIFESP
institution UNIFESP
reponame_str Repositório Institucional da UNIFESP
collection Repositório Institucional da UNIFESP
bitstream.url.fl_str_mv ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/2250/1/S0034-70942004000500003.pdf
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/2250/2/S0034-70942004000500003.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 0a373051337a1a5b3af8e00c46086708
2be75f1ec83e8391b09dcb8b5d22baa2
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1783460336083402752