Um olhar sobre a formação inicial e contínua de professores para a educação inclusiva: vozes invisibilizadas nos processos de formação docente
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/68073 |
Resumo: | Esta pesquisa objetivou analisar, por meio das concepções teóricas e metodológicas da Pesquisa Crítica de Colaboração, como ocorre, em âmbito da formação inicial e contínua do professor, o processo de inclusão escolar, e verificar até que ponto ambas as formações constituem sua base de ação e linguagem, em uma escola pública municipal da rede regular de ensino na cidade de Registro. As perguntas da pesquisa foram: 1) Qual a formação inicial e como se desenvolve a formação contínua dos professores participantes em relação à inclusão escolar? 2) Em que medida a linguagem utilizada sobre o ensino-aprendizagem promovem a inclusão escolar? 3) As intervenções colaborativas elaboradas e aplicadas ao longo da pesquisa são capazes de desenvolver com/entre os participantes a reflexão crítica, a ressignificação/transformação de suas práticas? A fundamentação teórica escolhida para auxiliar nesse caminho é a Teoria Histórico-Cultural desenvolvida por L.S. Vygotsky (1924-1934), tendo como metodologia a Pesquisa Crítica de Colaboração – PCCol (MAGALHÃES, 2006f) e suas concepções teóricas, que possibilitaram intervir no contexto investigado mediante a reflexão dos participantes sobre suas práticas, e, no Interacionismo Sociodiscursivo (BRONCKART, 1999, 2006), que colabora para organizar e analisar a discussão. Para a produção de dados, foram realizadas entrevistas semiestruturadas e Sessões Reflexivas com quatro (4) professoras participantes. Os dados revelam que: (i) há inexistência e precariedade de formação inicial, e a contínua é deficitária, o que tem causado, pela ausência do poder público de um dever prescrito, a exclusão de professores na perspectiva da educação inclusiva; (ii) as ações de linguagem apresentam fatores de inclusão, como acolhimento, respeito às diferenças, atividades adaptadas, acesso ao ambiente escolar de acordo com seu desenvolvimento e necessidade e, como fatores de exclusão, o uso de palavras de construção social pejorativas que, mesmo de forma inconsciente, promovem a manutenção do estatuto de excluídos no imaginário coletivo, e (iii) as ações de linguagem colaborativas permitiram que as participantes, assim como esta pesquisadora, ressignificassem seus sentidos e significados iniciais sobre sua prática, na perspectiva da educação inclusiva. As interlocuções entre/com as participantes permitiram que todas nós, participantes, pudéssemos expandir nossos conhecimentos, fôssemos ouvidas e tivéssemos voz. |
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Um olhar sobre a formação inicial e contínua de professores para a educação inclusiva: vozes invisibilizadas nos processos de formação docenteLooking at teacher pre-/ and in-service education for inclusive education: invisibilized voices in the teacher education processFormação inicial de professoresFormação contínua de professoresPesquisa Crítica de ColaboraçãoEducação inclusiva/exclusivaAnos iniciais do ensino fundamentalEsta pesquisa objetivou analisar, por meio das concepções teóricas e metodológicas da Pesquisa Crítica de Colaboração, como ocorre, em âmbito da formação inicial e contínua do professor, o processo de inclusão escolar, e verificar até que ponto ambas as formações constituem sua base de ação e linguagem, em uma escola pública municipal da rede regular de ensino na cidade de Registro. As perguntas da pesquisa foram: 1) Qual a formação inicial e como se desenvolve a formação contínua dos professores participantes em relação à inclusão escolar? 2) Em que medida a linguagem utilizada sobre o ensino-aprendizagem promovem a inclusão escolar? 3) As intervenções colaborativas elaboradas e aplicadas ao longo da pesquisa são capazes de desenvolver com/entre os participantes a reflexão crítica, a ressignificação/transformação de suas práticas? A fundamentação teórica escolhida para auxiliar nesse caminho é a Teoria Histórico-Cultural desenvolvida por L.S. Vygotsky (1924-1934), tendo como metodologia a Pesquisa Crítica de Colaboração – PCCol (MAGALHÃES, 2006f) e suas concepções teóricas, que possibilitaram intervir no contexto investigado mediante a reflexão dos participantes sobre suas práticas, e, no Interacionismo Sociodiscursivo (BRONCKART, 1999, 2006), que colabora para organizar e analisar a discussão. Para a produção de dados, foram realizadas entrevistas semiestruturadas e Sessões Reflexivas com quatro (4) professoras participantes. Os dados revelam que: (i) há inexistência e precariedade de formação inicial, e a contínua é deficitária, o que tem causado, pela ausência do poder público de um dever prescrito, a exclusão de professores na perspectiva da educação inclusiva; (ii) as ações de linguagem apresentam fatores de inclusão, como acolhimento, respeito às diferenças, atividades adaptadas, acesso ao ambiente escolar de acordo com seu desenvolvimento e necessidade e, como fatores de exclusão, o uso de palavras de construção social pejorativas que, mesmo de forma inconsciente, promovem a manutenção do estatuto de excluídos no imaginário coletivo, e (iii) as ações de linguagem colaborativas permitiram que as participantes, assim como esta pesquisadora, ressignificassem seus sentidos e significados iniciais sobre sua prática, na perspectiva da educação inclusiva. As interlocuções entre/com as participantes permitiram que todas nós, participantes, pudéssemos expandir nossos conhecimentos, fôssemos ouvidas e tivéssemos voz.This research aimed to analyze, through the theoretical and methodological conceptions of Critical Collaboration Research, how the process of school inclusion develops itself in the scope of teacher’s initial and continuous training and to verify to what extent both trainings constitute it’s base of action and language, in a municipal public school of the regular education in city of Registro. The research’s questions were: 1) What was the initial training and how developed the continuous training of the participating teachers regarding school inclusion? 2) In what way does the language used in the teaching-learning promote school inclusion? 3) Were the collaborative interventions drafted and applied along the research able to develop critical thought with/among the participating ones, the reframing/transformation of their actions? The theoretical foundation selected to assist in this project is the Cultural-Historical Theory formulated by L.S. Vygotsky (1924-1934) and with the Critical Collaboration Research - PCCol (MAGALHÃES, 2006f) and it’s theoretical concepts as methodology, which allows the intervention in the researched context through the participant's reflection on their practices, and the Socio-discursive Interventionism (BRONCKART, 1999, 2006), which contribute to organize and analyze the discussion. For the production of data, semi-structured interviews and reflexive sessions with four (4) participating teachers were conducted. The data reveal that: (i) that is initial training inexistence and precariousness and a deficit at the continuous, which has caused the exclusion of teacher in the inclusive education perspective due the absence of public politics and a prescribed duty; (ii) the actions of language presents factors of inclusion, such as acceptance, respect for differences, adapted activities, access to school environment in accordance with their development and necessities and as factors of exclusion, the use of pejorative social construction words that, even unconsciousness, promotes the maintenance of the excluded status in the collective imaginary, and (iii) the actions of collaborative language allows the participants, as well as this researcher, to reframe their initial senses and significance about their own practice, in perspective of inclusive education. Interlocutions between/with the participants allowed all of us participants to expand our knowledge, be heard and have a voice.Não recebi financiamentoUniversidade Federal de São PauloFidalgo, Sueli Salles [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/7030396449564631http://lattes.cnpq.br/2480158547633574Jacob, Adriana Maria [UNIFESP]2023-06-26T20:08:40Z2023-06-26T20:08:40Z2023-04-25info:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion246 f.application/pdfJACOB, Adriana Maria. Um olhar sobre a formação inicial e contínua de professores para a educação inclusiva: vozes invisibilizadas nos processos de formação docente. Dissertação (Mestrado em Educação e Saúde na Infância e na Adolescência) - Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Guarulhos, 2023.https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/68073porUnifesp, Google Meetinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-08-12T18:16:30Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/68073Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-08-12T18:16:30Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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Esta pesquisa objetivou analisar, por meio das concepções teóricas e metodológicas da Pesquisa Crítica de Colaboração, como ocorre, em âmbito da formação inicial e contínua do professor, o processo de inclusão escolar, e verificar até que ponto ambas as formações constituem sua base de ação e linguagem, em uma escola pública municipal da rede regular de ensino na cidade de Registro. As perguntas da pesquisa foram: 1) Qual a formação inicial e como se desenvolve a formação contínua dos professores participantes em relação à inclusão escolar? 2) Em que medida a linguagem utilizada sobre o ensino-aprendizagem promovem a inclusão escolar? 3) As intervenções colaborativas elaboradas e aplicadas ao longo da pesquisa são capazes de desenvolver com/entre os participantes a reflexão crítica, a ressignificação/transformação de suas práticas? A fundamentação teórica escolhida para auxiliar nesse caminho é a Teoria Histórico-Cultural desenvolvida por L.S. Vygotsky (1924-1934), tendo como metodologia a Pesquisa Crítica de Colaboração – PCCol (MAGALHÃES, 2006f) e suas concepções teóricas, que possibilitaram intervir no contexto investigado mediante a reflexão dos participantes sobre suas práticas, e, no Interacionismo Sociodiscursivo (BRONCKART, 1999, 2006), que colabora para organizar e analisar a discussão. Para a produção de dados, foram realizadas entrevistas semiestruturadas e Sessões Reflexivas com quatro (4) professoras participantes. Os dados revelam que: (i) há inexistência e precariedade de formação inicial, e a contínua é deficitária, o que tem causado, pela ausência do poder público de um dever prescrito, a exclusão de professores na perspectiva da educação inclusiva; (ii) as ações de linguagem apresentam fatores de inclusão, como acolhimento, respeito às diferenças, atividades adaptadas, acesso ao ambiente escolar de acordo com seu desenvolvimento e necessidade e, como fatores de exclusão, o uso de palavras de construção social pejorativas que, mesmo de forma inconsciente, promovem a manutenção do estatuto de excluídos no imaginário coletivo, e (iii) as ações de linguagem colaborativas permitiram que as participantes, assim como esta pesquisadora, ressignificassem seus sentidos e significados iniciais sobre sua prática, na perspectiva da educação inclusiva. As interlocuções entre/com as participantes permitiram que todas nós, participantes, pudéssemos expandir nossos conhecimentos, fôssemos ouvidas e tivéssemos voz. |
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