Efeito da elevação da pressão arterial com noradrenalina sobre a microcirculação de pacientes com choque séptico e hipertensão arterial prévia
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
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Resumo: | Objetivo: Avaliar se o aumento da pressão arterial média (PAM) em pacientes com choque séptico previamente hipertensos altera variáveis de microcirculação e hemodinâmicas sistêmicas, em comparação aos pacientes sem antecedentes de hipertensão arterial sistêmica. Método: Trata-se de ensaio clínico bicêntrico, em pacientes maiores de 18 anos, com choque séptico há pelo menos 6 horas, sedados, sob ventilação mecânica invasiva, após o consentimento. Os pacientes com o diagnóstico prévio de hipertensão (grupo hipertenso) foram pareados por idade com pacientes sem esse diagnóstico (grupo controle). Os principais critérios de exclusão foram: duração do choque maior que 72 horas, uso de noradrenalina em dose maior que 1 ou menor que 0,1 mcg/kg/min. Após a inclusão, a dose de noradrenalina foi ajustada para se manter uma PAM inicial entre 65-70mmHg. Neste momento, as variáveis hemodinâmicas sistêmicas e de microcirculação basais foram obtidas (Tempo 0). A seguir, a dose de noradrenalina foi ajustada para atingir PAM de 85 – 90mmHg, com obtenção de novas medidas hemodinâmicas sistêmicas e de microcirculação (Tempo 1). Os dados da microcirculação sublingual foram obtidos por meio de videomicroscopia por corrente lateral em campo escuro. Usamos modelos de ANOVA para medidas repetidas ajustados por mínimos quadrados generalizados (generalized least square). Em todos os testes, usamos como nível de significância valores de p < 0,05. Resultados: Foram incluídos 40 pacientes. Não houve diferença significativa na idade (controle: 57,2 ± 12,7 anos e hipertenso: 62,5 ± 14,9 anos; p = 0,234). Em ambos os grupos, após a elevação da PAM, observou-se melhora significativa da proporção de vasos perfundidos (controle: 57,2 ± 14,0 para 66,0 ± 14,8; hipertenso: 61,4 ± 12,3 para 70,8 ± 7,1; grupos: p = 0,291; T0 e T1: p < 0,001; interação grupo e tempo: p = 0,846), da densidade de vasos perfundidos (controle: 15,6 ± 4 para 18,6 ± 4,5; hipertenso: 16,4 ± 3,5 para 19,1 ± 3; grupos: p = 0,506, T0 e T1: p < 0,001, interação grupo e tempo: p = 0,699) e do índice de fluxo microcirculatório (controle: 2,1 ± 0,6 para 2,4 ± 0,6; hipertenso: 2,1 ± 0,5 para 2,6 ± 0,2; grupos: p = 0,713, T0 e T1: p = 0,002, interação grupo e tempo: p = 0,452). Observou-se aumento no índice cardíaco (IC) (controle: 3,2 ± 1,2 para 3,5 ± 1,3; hipertenso: 2,7 ± 0,9 para 3,1 ± 1,0; grupos: p = 0,166, T0 e T1: p < 0,001, interação grupo e tempo: p = 0,594) bem como redução nos níveis séricos de lactato (controle: 29,9 ± 40,8 para 28,8 ± 40,6; hipertenso: 32,5 ± 38 para 31,0 ± 38; grupos: p = 0,830, T0 e T1: p= 0,037, interação grupo e tempo: p = 0,745). Conclusão: Em pacientes com choque séptico, o aumento da PAM melhora a densidade e o fluxo em pequenos vasos da microcirculação sublingual de forma semelhante naqueles previamente hipertensos e nos sem hipertensão arterial prévia. Da mesma forma, em ambos os grupos, observa-se aumento do IC e redução dos níveis de lactato. |
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Coimbra, Karla Tuanny Fiorese [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)http://lattes.cnpq.br/7668084489238427http://lattes.cnpq.br/1160079071166685Machado, Flavia Ribeiro [UNIFESP]São Paulo2020-03-25T11:44:02Z2020-03-25T11:44:02Z2018-09-27https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6392917https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/52550Tese - versão final - Karla Tuanny Fiorese Coimbra.pdfObjetivo: Avaliar se o aumento da pressão arterial média (PAM) em pacientes com choque séptico previamente hipertensos altera variáveis de microcirculação e hemodinâmicas sistêmicas, em comparação aos pacientes sem antecedentes de hipertensão arterial sistêmica. Método: Trata-se de ensaio clínico bicêntrico, em pacientes maiores de 18 anos, com choque séptico há pelo menos 6 horas, sedados, sob ventilação mecânica invasiva, após o consentimento. Os pacientes com o diagnóstico prévio de hipertensão (grupo hipertenso) foram pareados por idade com pacientes sem esse diagnóstico (grupo controle). Os principais critérios de exclusão foram: duração do choque maior que 72 horas, uso de noradrenalina em dose maior que 1 ou menor que 0,1 mcg/kg/min. Após a inclusão, a dose de noradrenalina foi ajustada para se manter uma PAM inicial entre 65-70mmHg. Neste momento, as variáveis hemodinâmicas sistêmicas e de microcirculação basais foram obtidas (Tempo 0). A seguir, a dose de noradrenalina foi ajustada para atingir PAM de 85 – 90mmHg, com obtenção de novas medidas hemodinâmicas sistêmicas e de microcirculação (Tempo 1). Os dados da microcirculação sublingual foram obtidos por meio de videomicroscopia por corrente lateral em campo escuro. Usamos modelos de ANOVA para medidas repetidas ajustados por mínimos quadrados generalizados (generalized least square). Em todos os testes, usamos como nível de significância valores de p < 0,05. Resultados: Foram incluídos 40 pacientes. Não houve diferença significativa na idade (controle: 57,2 ± 12,7 anos e hipertenso: 62,5 ± 14,9 anos; p = 0,234). Em ambos os grupos, após a elevação da PAM, observou-se melhora significativa da proporção de vasos perfundidos (controle: 57,2 ± 14,0 para 66,0 ± 14,8; hipertenso: 61,4 ± 12,3 para 70,8 ± 7,1; grupos: p = 0,291; T0 e T1: p < 0,001; interação grupo e tempo: p = 0,846), da densidade de vasos perfundidos (controle: 15,6 ± 4 para 18,6 ± 4,5; hipertenso: 16,4 ± 3,5 para 19,1 ± 3; grupos: p = 0,506, T0 e T1: p < 0,001, interação grupo e tempo: p = 0,699) e do índice de fluxo microcirculatório (controle: 2,1 ± 0,6 para 2,4 ± 0,6; hipertenso: 2,1 ± 0,5 para 2,6 ± 0,2; grupos: p = 0,713, T0 e T1: p = 0,002, interação grupo e tempo: p = 0,452). Observou-se aumento no índice cardíaco (IC) (controle: 3,2 ± 1,2 para 3,5 ± 1,3; hipertenso: 2,7 ± 0,9 para 3,1 ± 1,0; grupos: p = 0,166, T0 e T1: p < 0,001, interação grupo e tempo: p = 0,594) bem como redução nos níveis séricos de lactato (controle: 29,9 ± 40,8 para 28,8 ± 40,6; hipertenso: 32,5 ± 38 para 31,0 ± 38; grupos: p = 0,830, T0 e T1: p= 0,037, interação grupo e tempo: p = 0,745). Conclusão: Em pacientes com choque séptico, o aumento da PAM melhora a densidade e o fluxo em pequenos vasos da microcirculação sublingual de forma semelhante naqueles previamente hipertensos e nos sem hipertensão arterial prévia. Da mesma forma, em ambos os grupos, observa-se aumento do IC e redução dos níveis de lactato.Objective: To assess whether a rise in mean arterial pressure (MAP) in patients with septic shock and previous systemic arterial hypertension changes microcirculatory and systemic hemodynamic variables, as compared with patients without previous systemic arterial hypertension. Method: This is a bicentric study in patients older than 18 years, with septic shock for at least 6 hours, under mechanical ventilation and sedated, after consent. Patients with previous diagnosis of hypertension (hypertensive group) were paired by age with patients without this diagnosis (control group). The main exclusion criteria were shock duration greater than 72 hours, noradrenaline dose greater than 1 or less than 0.1mcg/kg/min. After inclusion, the noradrenaline dose was adjusted to maintain an initial MAP between 65 - 70mmHg. At this time, systemic and microcirculation baseline hemodynamic variables were obtained (Time 0). Then, the noradrenaline dose was adjusted to obtain a MAP of 85 - 90mmHg, and a new set of systemic and microcirculation hemodynamic measures was obtained (Time 1). We obtained sublingual microcirculation image using videomicroscopy Sidestream Dark Field (SDF, Microscan®; MicroVision Medical, Amsterdam, Holanda). We used ANOVA models fitted for generalized least square measures. In all tests, we used a significance levels of p < 0.05. Results: We included Forty patients. There was no significant difference in age (control: 57.2 ± 12.7 years and hypertensive: 62.5 ± 14.9 years, p = 0.234). We observed a significant improvement in the proportion of perfused vessels (control: 57.2 ± 14.0 to 66.0 ± 14.8; hypertensive: 61.4 ± 12.3 to 70.8 ± 7.1; groups: p = 0.291; T0 and T1: p < 0.001; group and time interaction: p = 0.846); perfused vessels density (control: 15.6±4 to 18.6±4.5; hypertensive: 16.4±3.5 to 19.1±3; groups: p = 0.506, T0 and T1: p < 0.001, group and time interaction: p = 0.699), and microcirculatory flow index (control: 2.1 ± 0.6 to 2.4 ± 0.6; hypertensive: 2.1 ± 0.5 to 2.6 ± 0.2 - groups: p = 0.713, T0 and T1: p = 0.002, group and time interaction: p = 0.452) in both groups. There was an increase in the cardiac index (CI) (control: 3.2 ± 1.2 to 3.5 ± 1.3; hypertensive: 2.7 ± 0.9 to 3.1 ± 1.0; groups: p = 0.166, T0 and T1: p < 0.001, group and time interaction: p = 0.594) as well as a reduction in serum lactate levels (control: 29.9 ± 40.8 mg/dL to 28.8 ± 40.6 mg/dL; hypertensive: 32.5 ± 38 mg/dL to 31.0 ± 38 mg/dL; groups: p = 0.830, T0 and T1: p= 0.037, group and time interaction: p = 0.745). Conclusion: In patients with septic shock, an increase in MAP improves density and flow in small vessels of the sublingual microcirculation similarly in patients with and without prior arterial hypertension. Likewise, there is an increase in CI and a reduction in lactate levels in both groups.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 2012/19051-1Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2018)86 f.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)SepseHipertensãoMicrocirculaçãoTerapia intensivaSepsisHypertensionMicrocirculationIntensive therapyEfeito da elevação da pressão arterial com noradrenalina sobre a microcirculação de pacientes com choque séptico e hipertensão arterial préviaEffect of increasing blood pressure with noradrenaline on the microcirculation of patients with septic shock and previous arterial hypertensioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisDoutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de MedicinaMedicina TranslacionalCiências da SaúdeEstudo da Resposta Imune e Inflamatória Na SepseORIGINALKarla Tuanny Fiorese Coimbra - A.pdfKarla Tuanny Fiorese Coimbra - A.pdfTese de doutoradoapplication/pdf3316654${dspace.ui.url}/bitstream/11600/52550/2/Karla%20Tuanny%20Fiorese%20Coimbra%20-%20A.pdf551f7a17a8aa3ca6e5f3514cedafd544MD52open access11600/525502023-07-05 10:43:25.385open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/52550Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-07-05T13:43:25Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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