Encarcerando corpos, libertando saberes: a prisão como espaço não-formal de educação científica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves, Ana Paula
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/62183
Resumo: Essa pesquisa tem como objetivo identificar e compreender os processos de reconhecimento e valorização dos saberes populares, no campo das ciências naturais, por meio da educação não formal com uso da experimentação científica de baixo custo por educandos privados de liberdade, com baixo nível de escolarização. Pensando nisso, utilizamos como nossa abordagem teórica, a teoria histórico-cultural proposta por Vigostki (2001). Dentro dessa perspectiva o autor parte da premissa que o homem é um ser social e histórico, sendo as características tipicamente humanas resultados da interação dialética entre o homem e o meio social. Afim de se alcançar o objetivo estabelecido, desenvolvemos atividades com um grupo de 10 educandos da EJA de baixa escolaridade reclusos em uma Penitenciária da Grande São Paulo, abordando saberes populares, cultura e conhecimento científico para a produção de experimentos relacionados às áreas das ciências naturais. As oficinas de construção dos experimentos científicos foram realizadas para tentar promover o reconhecimento das ciências da natureza, pelos próprios participantes, em seus repertórios de saberes, a partir de atividades práticas de construção de experimentos científicos. Nossa coleta de dados foi desenvolvida em 4 etapas: 1. Círculo de cultura com os participantes; 2. Realização das oficinas para construção dos experimentos; 3. Apresentação dos experimentos para 35, outros, detentos da penitenciária, em formato de Feira de Ciências; 4. Entrevistas individuais com cinco participantes. Foram realizados registros sistemáticos por meio de diário de campo, captação de imagens do processo de construção dos experimentos (foram respeitadas as regras de anonimato, não sendo tiradas fotos dos rostos dos participantes) e captação de áudio na realização das entrevistas. Após a coleta dos dados realizamos as análises por meio dos núcleos de significação (AGUIAR E OZELLA, 2006;2013) que tem como base não apenas a descrição do fenômeno, mas também sua análise e explicação em sua totalidade. A partir dos resultados obtidos nos processos de análises verificamos que as atividades propostas, e seu processo de desenvolvimento, foram essenciais para que os participantes pudessem reconhecer as ciências da natureza em seus saberes, bem como ressignificarem alguns desses saberes. Em nossa pesquisa verificamos, também que, quando estabelecida uma relação horizontal, dialógica, problematizadora (FREIRE, 2016) e de respeito aos saberes dos educandos, é possível estimular o reconhecimento e a valorização dos saberes populares como conhecimentos legítimos. Para além disso, foi possível observar que, mesmo em um espaço de opressão, como a prisão, é possível estabelecer relações de confiança, respeito e diálogo. E, a partir das atividades educacionais, propiciar um ambiente humanizado para educandos que vivem em um espaço onde, diariamente, ocorrem situações de desumanização
id UFSP_91e947441596eee6d7073479c5084f35
oai_identifier_str oai:repositorio.unifesp.br:11600/62183
network_acronym_str UFSP
network_name_str Repositório Institucional da UNIFESP
repository_id_str 3465
spelling Alves, Ana Paulahttp://lattes.cnpq.br/9073848347847099http://lattes.cnpq.br/5505969975499859Santos, Emerson IzidoroWebconferência2021-11-04T17:20:39Z2021-11-04T17:20:39Z2021-08-27MOREIRA-ALVES, Ana Paula. Encarcerando corpos, libertando saberes: a prisão como espaço não-formal de educação científica. 2021. Dissertação (Mestrado em Educação) – Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Paulo, Guarulhos, 2021.https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/62183Essa pesquisa tem como objetivo identificar e compreender os processos de reconhecimento e valorização dos saberes populares, no campo das ciências naturais, por meio da educação não formal com uso da experimentação científica de baixo custo por educandos privados de liberdade, com baixo nível de escolarização. Pensando nisso, utilizamos como nossa abordagem teórica, a teoria histórico-cultural proposta por Vigostki (2001). Dentro dessa perspectiva o autor parte da premissa que o homem é um ser social e histórico, sendo as características tipicamente humanas resultados da interação dialética entre o homem e o meio social. Afim de se alcançar o objetivo estabelecido, desenvolvemos atividades com um grupo de 10 educandos da EJA de baixa escolaridade reclusos em uma Penitenciária da Grande São Paulo, abordando saberes populares, cultura e conhecimento científico para a produção de experimentos relacionados às áreas das ciências naturais. As oficinas de construção dos experimentos científicos foram realizadas para tentar promover o reconhecimento das ciências da natureza, pelos próprios participantes, em seus repertórios de saberes, a partir de atividades práticas de construção de experimentos científicos. Nossa coleta de dados foi desenvolvida em 4 etapas: 1. Círculo de cultura com os participantes; 2. Realização das oficinas para construção dos experimentos; 3. Apresentação dos experimentos para 35, outros, detentos da penitenciária, em formato de Feira de Ciências; 4. Entrevistas individuais com cinco participantes. Foram realizados registros sistemáticos por meio de diário de campo, captação de imagens do processo de construção dos experimentos (foram respeitadas as regras de anonimato, não sendo tiradas fotos dos rostos dos participantes) e captação de áudio na realização das entrevistas. Após a coleta dos dados realizamos as análises por meio dos núcleos de significação (AGUIAR E OZELLA, 2006;2013) que tem como base não apenas a descrição do fenômeno, mas também sua análise e explicação em sua totalidade. A partir dos resultados obtidos nos processos de análises verificamos que as atividades propostas, e seu processo de desenvolvimento, foram essenciais para que os participantes pudessem reconhecer as ciências da natureza em seus saberes, bem como ressignificarem alguns desses saberes. Em nossa pesquisa verificamos, também que, quando estabelecida uma relação horizontal, dialógica, problematizadora (FREIRE, 2016) e de respeito aos saberes dos educandos, é possível estimular o reconhecimento e a valorização dos saberes populares como conhecimentos legítimos. Para além disso, foi possível observar que, mesmo em um espaço de opressão, como a prisão, é possível estabelecer relações de confiança, respeito e diálogo. E, a partir das atividades educacionais, propiciar um ambiente humanizado para educandos que vivem em um espaço onde, diariamente, ocorrem situações de desumanizaçãoCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)167 f.porUniversidade Federal de São PauloEducação de jovens e adultoseducação nas prisõessaberes popularesciências da naturezaDireitos HumanosEncarcerando corpos, libertando saberes: a prisão como espaço não-formal de educação científicaImprisoning bodies, freeing knowledge: prison as a non-formal space of scientific education.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPEscola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH)EducaçãoEducaçãoLinguagens e saberes em contextos formativosORIGINALDISSERTAÇÃO_MOREIRA-ALVES_FINAL_biblioteca.pdfDISSERTAÇÃO_MOREIRA-ALVES_FINAL_biblioteca.pdfMOREIRA-ALVES - Dissertação de Mestrado - Programa de Pós-Graduação em Educaçãoapplication/pdf3029025${dspace.ui.url}/bitstream/11600/62183/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O_MOREIRA-ALVES_FINAL_biblioteca.pdfc6c26328a3a78de301f9902083b74fbaMD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-85837${dspace.ui.url}/bitstream/11600/62183/2/license.txt86c7b1f85ddec07e959429b0e72365bcMD52open accessTEXTDISSERTAÇÃO_MOREIRA-ALVES_FINAL_biblioteca.pdf.txtDISSERTAÇÃO_MOREIRA-ALVES_FINAL_biblioteca.pdf.txtExtracted texttext/plain361610${dspace.ui.url}/bitstream/11600/62183/12/DISSERTA%c3%87%c3%83O_MOREIRA-ALVES_FINAL_biblioteca.pdf.txt6a8651bfb86dce11b7301121eb89eb43MD512open accessTHUMBNAILDISSERTAÇÃO_MOREIRA-ALVES_FINAL_biblioteca.pdf.jpgDISSERTAÇÃO_MOREIRA-ALVES_FINAL_biblioteca.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3507${dspace.ui.url}/bitstream/11600/62183/14/DISSERTA%c3%87%c3%83O_MOREIRA-ALVES_FINAL_biblioteca.pdf.jpgdc8db44370e86580e1581319edf5350bMD514open access11600/621832023-05-23 02:33:50.014open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/62183VEVSTU9TIEUgQ09OREnDh8OVRVMgUEFSQSBPIExJQ0VOQ0lBTUVOVE8gRE8gQVJRVUlWQU1FTlRPLCBSRVBST0RVw4fDg08gRSBESVZVTEdBw4fDg08gUMOaQkxJQ0EgREUgQ09OVEXDmkRPIE5PIFJFUE9TSVTDk1JJTyBJTlNUSVRVQ0lPTkFMIFVOSUZFU1AKCjEuIEV1LCBBbmEgQWx2ZXMgKHBhdWxhLmFsdmVzKSwgcmVzcG9uc8OhdmVsIHBlbG8gdHJhYmFsaG8g4oCcRW5jYXJjZXJhbmRvIGNvcnBvcywgbGliZXJ0YW5kbyBzYWJlcmVzOiAgYSBwcmlzw6NvIGNvbW8gZXNwYcOnbyBuw6NvLWZvcm1hbCBkZSBlZHVjYcOnw6NvIGNpZW50w61maWNh4oCdIGUvb3UgdXN1w6FyaW8tZGVwb3NpdGFudGUgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgVU5JRkVTUCxhc3NlZ3VybyBubyBwcmVzZW50ZSBhdG8gcXVlIHNvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXRyaW1vbmlhaXMgZS9vdSBkaXJlaXRvcyBjb25leG9zIHJlZmVyZW50ZXMgw6AgdG90YWxpZGFkZSBkYSBPYnJhIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhIGVtIGZvcm1hdG8gZGlnaXRhbCwgYmVtIGNvbW8gZGUgc2V1cyBjb21wb25lbnRlcyBtZW5vcmVzLCBlbSBzZSB0cmF0YW5kbyBkZSBvYnJhIGNvbGV0aXZhLCBjb25mb3JtZSBvIHByZWNlaXR1YWRvIHBlbGEgTGVpIDkuNjEwLzk4IGUvb3UgTGVpIDkuNjA5Lzk4LiBOw6NvIHNlbmRvIGVzdGUgbyBjYXNvLCBhc3NlZ3VybyB0ZXIgb2J0aWRvIGRpcmV0YW1lbnRlIGRvcyBkZXZpZG9zIHRpdHVsYXJlcyBhdXRvcml6YcOnw6NvIHByw6l2aWEgZSBleHByZXNzYSBwYXJhIG8gZGVww7NzaXRvIGUgcGFyYSBhIGRpdnVsZ2HDp8OjbyBkYSBPYnJhLCBhYnJhbmdlbmRvIHRvZG9zIG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGUgY29uZXhvcyBhZmV0YWRvcyBwZWxhIGFzc2luYXR1cmEgZG8gcHJlc2VudGUgdGVybW8gZGUgbGljZW5jaWFtZW50bywgZGUgbW9kbyBhIGVmZXRpdmFtZW50ZSBpc2VudGFyIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgU8OjbyBQYXVsbyAoVU5JRkVTUCkgZSBzZXVzIGZ1bmNpb27DoXJpb3MgZGUgcXVhbHF1ZXIgcmVzcG9uc2FiaWxpZGFkZSBwZWxvIHVzbyBuw6NvLWF1dG9yaXphZG8gZG8gbWF0ZXJpYWwgZGVwb3NpdGFkbywgc2VqYSBlbSB2aW5jdWxhw6fDo28gYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgVU5JRkVTUCwgc2VqYSBlbSB2aW5jdWxhw6fDo28gYSBxdWFpc3F1ZXIgc2VydmnDp29zIGRlIGJ1c2NhIGUgZGUgZGlzdHJpYnVpw6fDo28gZGUgY29udGXDumRvIHF1ZSBmYcOnYW0gdXNvIGRhcyBpbnRlcmZhY2VzIGUgZXNwYcOnbyBkZSBhcm1hemVuYW1lbnRvIHByb3ZpZGVuY2lhZG9zIHBlbGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgU8OjbyBQYXVsbyAoVU5JRkVTUCkgcG9yIG1laW8gZGUgc2V1cyBzaXN0ZW1hcyBpbmZvcm1hdGl6YWRvcy4KCjIuIEEgY29uY29yZMOibmNpYSBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSB0ZW0gY29tbyBjb25zZXF1w6puY2lhIGEgdHJhbnNmZXLDqm5jaWEsIGEgdMOtdHVsbyBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBlIG7Do28tb25lcm9zbywgaXNlbnRhIGRvIHBhZ2FtZW50byBkZSByb3lhbHRpZXMgb3UgcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEgY29udHJhcHJlc3Rhw6fDo28sIHBlY3VuacOhcmlhIG91IG7Do28sIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFPDo28gUGF1bG8gKFVOSUZFU1ApIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhcm1hemVuYXIgZGlnaXRhbG1lbnRlLCBkZSByZXByb2R1emlyIGUgZGUgZGlzdHJpYnVpciBuYWNpb25hbCBlIGludGVybmFjaW9uYWxtZW50ZSBhIE9icmEsIGluY2x1aW5kby1zZSBvIHNldSByZXN1bW8vYWJzdHJhY3QsIHBvciBtZWlvcyBlbGV0csO0bmljb3MgYW8gcMO6YmxpY28gZW0gZ2VyYWwsIGVtIHJlZ2ltZSBkZSBhY2Vzc28gYWJlcnRvLgoKMy4gQSBwcmVzZW50ZSBsaWNlbsOnYSB0YW1iw6ltIGFicmFuZ2UsIG5vcyBtZXNtb3MgdGVybW9zIGVzdGFiZWxlY2lkb3Mgbm8gaXRlbSAyLCBzdXByYSwgcXVhbHF1ZXIgZGlyZWl0byBkZSBjb211bmljYcOnw6NvIGFvIHDDumJsaWNvIGNhYsOtdmVsIGVtIHJlbGHDp8OjbyDDoCBPYnJhIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLCBpbmNsdWluZG8tc2Ugb3MgdXNvcyByZWZlcmVudGVzIMOgIHJlcHJlc2VudGHDp8OjbyBww7pibGljYSBlL291IGV4ZWN1w6fDo28gcMO6YmxpY2EsIGJlbSBjb21vIHF1YWxxdWVyIG91dHJhIG1vZGFsaWRhZGUgZGUgY29tdW5pY2HDp8OjbyBhbyBww7pibGljbyBxdWUgZXhpc3RhIG91IHZlbmhhIGEgZXhpc3Rpciwgbm9zIHRlcm1vcyBkbyBhcnRpZ28gNjggZSBzZWd1aW50ZXMgZGEgTGVpIDkuNjEwLzk4LCBuYSBleHRlbnPDo28gcXVlIGZvciBhcGxpY8OhdmVsIGFvcyBzZXJ2acOnb3MgcHJlc3RhZG9zIGFvIHDDumJsaWNvIHBlbGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgU8OjbyBQYXVsbyAoVU5JRkVTUCkuCgo0LiBFc3RhIGxpY2Vuw6dhIGFicmFuZ2UsIGFpbmRhLCBub3MgbWVzbW9zIHRlcm1vcyBlc3RhYmVsZWNpZG9zIG5vIGl0ZW0gMiwgc3VwcmEsIHRvZG9zIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbmV4b3MgZGUgYXJ0aXN0YXMgaW50w6lycHJldGVzIG91IGV4ZWN1dGFudGVzLCBwcm9kdXRvcmVzIGZvbm9ncsOhZmljb3Mgb3UgZW1wcmVzYXMgZGUgcmFkaW9kaWZ1c8OjbyBxdWUgZXZlbnR1YWxtZW50ZSBzZWphbSBhcGxpY8OhdmVpcyBlbSByZWxhw6fDo28gw6Agb2JyYSBkZXBvc2l0YWRhLCBlbSBjb25mb3JtaWRhZGUgY29tIG8gcmVnaW1lIGZpeGFkbyBubyBUw610dWxvIFYgZGEgTGVpIDkuNjEwLzk4LgoKNS4gU2UgYSBPYnJhIGRlcG9zaXRhZGEgZm9pIG91IMOpIG9iamV0byBkZSBmaW5hbmNpYW1lbnRvIHBvciBpbnN0aXR1acOnw7VlcyBkZSBmb21lbnRvIMOgIHBlc3F1aXNhIG91IHF1YWxxdWVyIG91dHJhIHNlbWVsaGFudGUsIHZvY8OqIG91IG8gdGl0dWxhciBhc3NlZ3VyYSBxdWUgY3VtcHJpdSB0b2RhcyBhcyBvYnJpZ2HDp8O1ZXMgcXVlIGxoZSBmb3JhbSBpbXBvc3RhcyBwZWxhIGluc3RpdHVpw6fDo28gZmluYW5jaWFkb3JhIGVtIHJhesOjbyBkbyBmaW5hbmNpYW1lbnRvLCBlIHF1ZSBuw6NvIGVzdMOhIGNvbnRyYXJpYW5kbyBxdWFscXVlciBkaXNwb3Npw6fDo28gY29udHJhdHVhbCByZWZlcmVudGUgw6AgcHVibGljYcOnw6NvIGRvIGNvbnRlw7pkbyBvcmEgc3VibWV0aWRvIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIFVOSUZFU1AuCiAKNi4gQXV0b3JpemEgYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBTw6NvIFBhdWxvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgYSBvYnJhIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIFVOSUZFU1AgZGUgZm9ybWEgZ3JhdHVpdGEsIGRlIGFjb3JkbyBjb20gYSBsaWNlbsOnYSBww7pibGljYSBDcmVhdGl2ZSBDb21tb25zOiBBdHJpYnVpw6fDo28tU2VtIERlcml2YcOnw7Vlcy1TZW0gRGVyaXZhZG9zIDQuMCBJbnRlcm5hY2lvbmFsIChDQyBCWS1OQy1ORCksIHBlcm1pdGluZG8gc2V1IGxpdnJlIGFjZXNzbywgdXNvIGUgY29tcGFydGlsaGFtZW50bywgZGVzZGUgcXVlIGNpdGFkYSBhIGZvbnRlLiBBIG9icmEgY29udGludWEgcHJvdGVnaWRhIHBvciBEaXJlaXRvcyBBdXRvcmFpcyBlL291IHBvciBvdXRyYXMgbGVpcyBhcGxpY8OhdmVpcy4gUXVhbHF1ZXIgdXNvIGRhIG9icmEsIHF1ZSBuw6NvIG8gYXV0b3JpemFkbyBzb2IgZXN0YSBsaWNlbsOnYSBvdSBwZWxhIGxlZ2lzbGHDp8OjbyBhdXRvcmFsLCDDqSBwcm9pYmlkby4gIAoKNy4gQXRlc3RhIHF1ZSBhIE9icmEgc3VibWV0aWRhIG7Do28gY29udMOpbSBxdWFscXVlciBpbmZvcm1hw6fDo28gY29uZmlkZW5jaWFsIHN1YSBvdSBkZSB0ZXJjZWlyb3MuCgo4LiBBdGVzdGEgcXVlIG8gdHJhYmFsaG8gc3VibWV0aWRvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgZm9pIGVsYWJvcmFkbyByZXNwZWl0YW5kbyBvcyBwcmluY8OtcGlvcyBkYSBtb3JhbCBlIGRhIMOpdGljYSBlIG7Do28gdmlvbG91IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgaW50ZWxlY3R1YWwsIHNvYiBwZW5hIGRlIHJlc3BvbmRlciBjaXZpbCwgY3JpbWluYWwsIMOpdGljYSBlIHByb2Zpc3Npb25hbG1lbnRlIHBvciBtZXVzIGF0b3M7Cgo5LiBBdGVzdGEgcXVlIGEgdmVyc8OjbyBkbyB0cmFiYWxobyBwcmVzZW50ZSBubyBhcnF1aXZvIHN1Ym1ldGlkbyDDqSBhIHZlcnPDo28gZGVmaW5pdGl2YSBxdWUgaW5jbHVpIGFzIGFsdGVyYcOnw7VlcyBkZWNvcnJlbnRlcyBkYSBkZWZlc2EsIHNvbGljaXRhZGFzIHBlbGEgYmFuY2EsIHNlIGhvdXZlIGFsZ3VtYSwgb3Ugc29saWNpdGFkYXMgcG9yIHBhcnRlIGRlIG9yaWVudGHDp8OjbyBkb2NlbnRlIHJlc3BvbnPDoXZlbDsKCjEwLiBDb25jZWRlIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFPDo28gUGF1bG8gKFVOSUZFU1ApIG8gZGlyZWl0byBuw6NvIGV4Y2x1c2l2byBkZSByZWFsaXphciBxdWFpc3F1ZXIgYWx0ZXJhw6fDtWVzIG5hIG3DrWRpYSBvdSBubyBmb3JtYXRvIGRvIGFycXVpdm8gcGFyYSBwcm9ww7NzaXRvcyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIGRpZ2l0YWwsIGRlIGFjZXNzaWJpbGlkYWRlIGUgZGUgbWVsaG9yIGlkZW50aWZpY2HDp8OjbyBkbyB0cmFiYWxobyBzdWJtZXRpZG8sIGRlc2RlIHF1ZSBuw6NvIHNlamEgYWx0ZXJhZG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbyBpbnRlbGVjdHVhbC4KCkFvIGNvbmNsdWlyIGFzIGV0YXBhcyBkbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw6NvIGRlIGFycXVpdm9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIFVOSUZFU1AsIGF0ZXN0byBxdWUgbGkgZSBjb25jb3JkZWkgaW50ZWdyYWxtZW50ZSBjb20gb3MgdGVybW9zIGFjaW1hIGRlbGltaXRhZG9zLCBzZW0gZmF6ZXIgcXVhbHF1ZXIgcmVzZXJ2YSBlIG5vdmFtZW50ZSBjb25maXJtYW5kbyBxdWUgY3VtcHJvIG9zIHJlcXVpc2l0b3MgaW5kaWNhZG9zIG5vcyBpdGVucyBtZW5jaW9uYWRvcyBhbnRlcmlvcm1lbnRlLgoKSGF2ZW5kbyBxdWFscXVlciBkaXNjb3Jkw6JuY2lhIGVtIHJlbGHDp8OjbyBhIHByZXNlbnRlIGxpY2Vuw6dhIG91IG7Do28gc2UgdmVyaWZpY2FuZG8gbyBleGlnaWRvIG5vcyBpdGVucyBhbnRlcmlvcmVzLCB2b2PDqiBkZXZlIGludGVycm9tcGVyIGltZWRpYXRhbWVudGUgbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw6NvLiBBIGNvbnRpbnVpZGFkZSBkbyBwcm9jZXNzbyBlcXVpdmFsZSDDoCBjb25jb3Jkw6JuY2lhIGUgw6AgYXNzaW5hdHVyYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8sIGNvbSB0b2RhcyBhcyBjb25zZXF1w6puY2lhcyBuZWxlIHByZXZpc3Rhcywgc3VqZWl0YW5kby1zZSBvIHNpZ25hdMOhcmlvIGEgc2Fuw6fDtWVzIGNpdmlzIGUgY3JpbWluYWlzIGNhc28gbsOjbyBzZWphIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhdHJpbW9uaWFpcyBlL291IGNvbmV4b3MgYXBsaWPDoXZlaXMgw6AgT2JyYSBkZXBvc2l0YWRhIGR1cmFudGUgZXN0ZSBwcm9jZXNzbywgb3UgY2FzbyBuw6NvIHRlbmhhIG9idGlkbyBwcsOpdmlhIGUgZXhwcmVzc2EgYXV0b3JpemHDp8OjbyBkbyB0aXR1bGFyIHBhcmEgbyBkZXDDs3NpdG8gZSB0b2RvcyBvcyB1c29zIGRhIE9icmEgZW52b2x2aWRvcy4KClNlIHRpdmVyIHF1YWxxdWVyIGTDunZpZGEgcXVhbnRvIGFvcyB0ZXJtb3MgZGUgbGljZW5jaWFtZW50byBlIHF1YW50byBhbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw6NvLCBlbnRyZSBlbSBjb250YXRvIGNvbSBhIGJpYmxpb3RlY2EgZG8gc2V1IGNhbXB1cyAoY29uc3VsdGUgZW06IGh0dHBzOi8vYmlibGlvdGVjYXMudW5pZmVzcC5ici9iaWJsaW90ZWNhcy1kYS1yZWRlKS4gCgpTw6NvIFBhdWxvLCBXZWQgT2N0IDI3IDAyOjU5OjE5IFVUQyAyMDIxLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-23T05:33:50Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Encarcerando corpos, libertando saberes: a prisão como espaço não-formal de educação científica
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Imprisoning bodies, freeing knowledge: prison as a non-formal space of scientific education.
title Encarcerando corpos, libertando saberes: a prisão como espaço não-formal de educação científica
spellingShingle Encarcerando corpos, libertando saberes: a prisão como espaço não-formal de educação científica
Alves, Ana Paula
Educação de jovens e adultos
educação nas prisões
saberes populares
ciências da natureza
Direitos Humanos
title_short Encarcerando corpos, libertando saberes: a prisão como espaço não-formal de educação científica
title_full Encarcerando corpos, libertando saberes: a prisão como espaço não-formal de educação científica
title_fullStr Encarcerando corpos, libertando saberes: a prisão como espaço não-formal de educação científica
title_full_unstemmed Encarcerando corpos, libertando saberes: a prisão como espaço não-formal de educação científica
title_sort Encarcerando corpos, libertando saberes: a prisão como espaço não-formal de educação científica
author Alves, Ana Paula
author_facet Alves, Ana Paula
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9073848347847099
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5505969975499859
dc.contributor.author.fl_str_mv Alves, Ana Paula
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Santos, Emerson Izidoro
contributor_str_mv Santos, Emerson Izidoro
dc.subject.por.fl_str_mv Educação de jovens e adultos
educação nas prisões
saberes populares
ciências da natureza
Direitos Humanos
topic Educação de jovens e adultos
educação nas prisões
saberes populares
ciências da natureza
Direitos Humanos
description Essa pesquisa tem como objetivo identificar e compreender os processos de reconhecimento e valorização dos saberes populares, no campo das ciências naturais, por meio da educação não formal com uso da experimentação científica de baixo custo por educandos privados de liberdade, com baixo nível de escolarização. Pensando nisso, utilizamos como nossa abordagem teórica, a teoria histórico-cultural proposta por Vigostki (2001). Dentro dessa perspectiva o autor parte da premissa que o homem é um ser social e histórico, sendo as características tipicamente humanas resultados da interação dialética entre o homem e o meio social. Afim de se alcançar o objetivo estabelecido, desenvolvemos atividades com um grupo de 10 educandos da EJA de baixa escolaridade reclusos em uma Penitenciária da Grande São Paulo, abordando saberes populares, cultura e conhecimento científico para a produção de experimentos relacionados às áreas das ciências naturais. As oficinas de construção dos experimentos científicos foram realizadas para tentar promover o reconhecimento das ciências da natureza, pelos próprios participantes, em seus repertórios de saberes, a partir de atividades práticas de construção de experimentos científicos. Nossa coleta de dados foi desenvolvida em 4 etapas: 1. Círculo de cultura com os participantes; 2. Realização das oficinas para construção dos experimentos; 3. Apresentação dos experimentos para 35, outros, detentos da penitenciária, em formato de Feira de Ciências; 4. Entrevistas individuais com cinco participantes. Foram realizados registros sistemáticos por meio de diário de campo, captação de imagens do processo de construção dos experimentos (foram respeitadas as regras de anonimato, não sendo tiradas fotos dos rostos dos participantes) e captação de áudio na realização das entrevistas. Após a coleta dos dados realizamos as análises por meio dos núcleos de significação (AGUIAR E OZELLA, 2006;2013) que tem como base não apenas a descrição do fenômeno, mas também sua análise e explicação em sua totalidade. A partir dos resultados obtidos nos processos de análises verificamos que as atividades propostas, e seu processo de desenvolvimento, foram essenciais para que os participantes pudessem reconhecer as ciências da natureza em seus saberes, bem como ressignificarem alguns desses saberes. Em nossa pesquisa verificamos, também que, quando estabelecida uma relação horizontal, dialógica, problematizadora (FREIRE, 2016) e de respeito aos saberes dos educandos, é possível estimular o reconhecimento e a valorização dos saberes populares como conhecimentos legítimos. Para além disso, foi possível observar que, mesmo em um espaço de opressão, como a prisão, é possível estabelecer relações de confiança, respeito e diálogo. E, a partir das atividades educacionais, propiciar um ambiente humanizado para educandos que vivem em um espaço onde, diariamente, ocorrem situações de desumanização
publishDate 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-11-04T17:20:39Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-11-04T17:20:39Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-08-27
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv MOREIRA-ALVES, Ana Paula. Encarcerando corpos, libertando saberes: a prisão como espaço não-formal de educação científica. 2021. Dissertação (Mestrado em Educação) – Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Paulo, Guarulhos, 2021.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/62183
identifier_str_mv MOREIRA-ALVES, Ana Paula. Encarcerando corpos, libertando saberes: a prisão como espaço não-formal de educação científica. 2021. Dissertação (Mestrado em Educação) – Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Paulo, Guarulhos, 2021.
url https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/62183
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 167 f.
dc.coverage.spatial.pt_BR.fl_str_mv Webconferência
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIFESP
instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron:UNIFESP
instname_str Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron_str UNIFESP
institution UNIFESP
reponame_str Repositório Institucional da UNIFESP
collection Repositório Institucional da UNIFESP
bitstream.url.fl_str_mv ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/62183/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O_MOREIRA-ALVES_FINAL_biblioteca.pdf
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/62183/2/license.txt
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/62183/12/DISSERTA%c3%87%c3%83O_MOREIRA-ALVES_FINAL_biblioteca.pdf.txt
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/62183/14/DISSERTA%c3%87%c3%83O_MOREIRA-ALVES_FINAL_biblioteca.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv c6c26328a3a78de301f9902083b74fba
86c7b1f85ddec07e959429b0e72365bc
6a8651bfb86dce11b7301121eb89eb43
dc8db44370e86580e1581319edf5350b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1802764131897442304