Sob a mira de um bacamarte : a loucura debatida no alvorecer da República

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mastrantonio, Bruno de Oliveira [UNIFESP]
Data de Publicação: 1905
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/11600/67664
Resumo: Em fins do século XVIII, a loucura ganhava o status de doença mental passível de cura sob os cuidados de uma especialidade médica que então nascia: O alienismo, profissão que chega ao Brasil na década de 1880, conforme é consenso na historiografia que trata do assunto. Momento de crises e mudanças, marcado pela entrada do Brasil na modernidade, o discurso alienista faria uso da especificidade de seu saber como arma mortal de combate à pobreza que assombrava os ideias da moral e do bom costume da nova burguesia urbana. Neste sentido, esta pesquisa tem como objetivo analisar as discussões que se desenvolveram sobre a temática da loucura a partir da formação do saber médico alienista no Brasil, em um processo de transformações que aqui denominamos como alvorecer da República. Para tal, colocamos em evidência dois conjuntos documentais de natureza distinta: O Alienista, de Machado de Assis, escrito entre o final de 1881 e o início de 1882; excertos do livro Esboço de Psiquiatria Forense (1904) e Fragmentos de Psiquiatria (1895) do médico alienista Franco da Rocha. O confrontamento entre os dois autores é revelador no sentido de que, em meio à formação de um saber especializado, vozes se levantam com o intuito de questionar a arbitrariedade de seu poder.
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