Terapia de reposição enzimática para as mucopolissacaridoses I, II e VI: recomendações de um grupo de especialistas brasileiros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Giugliani, Roberto
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Federhen, Andressa, Munoz Rojas, Maria Verônica, Vieira, Taiane Alves, Artigalás, Osvaldo, Pinto, Louise Lapagesse Carmargo, Azevedo, Ana Cecília, Acosta, Angelina Xavier, Bomfim, Carmem, Lourenço, Charles Marques, Kim, Chong Ae, Horovitz, Dafne, Souza, Denize Bomfim, Norato, Denise, Marinho, Diane, Palhares, Durval, Santos, Emerson Santana, Ribeiro, Erlane, Valadares, Eugênia Ribeiro, Guarany, Fábio, De Lucca, Gisele Rosone, Pimentel, Helena, Souza, Isabel Neves de, Corrêa Neto, Jordão [UNIFESP], Fraga, José Carlos, Góes, José Eduardo, Cabral, José Maria, Simeonato, José, Llerena Junior, Juan Clinton, Jardim, Laura Bannach, Giuliani, Liane De Rosso, Silva, Luiz Carlos Santana da, Santos, Mara, Moreira, Maria Ângela, Kerstenetzky, Marcelo, Ribeiro, Márcia, Ruas, Nicole, Barrios, Patricia, Aranda, Paulo, Honjo, Rachel, Boy, Raquel, Costa, Ronaldo, Souza, Carolina Fishinger Moura de, Alcântara, Flavio F, Avilla, Sylvio Gilberto A, Fagondes, Simone, Martins, Ana Maria [UNIFESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/5499
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42302010000300009
Resumo: As mucopolissacaridoses (MPS) são doenças genéticas raras causadas pela deficiência de enzimas lisossômicas específicas que afetam o catabolismo de glicosaminoglicanos (GAG). O acúmulo de GAG em vários órgãos e tecidos nos pacientes afetados pelas MPS resulta em uma série de sinais e sintomas, integrantes de um quadro clínico multissistêmico que compromete ossos e articulações, vias respiratórias, sistema cardiovascular e muitos outros órgãos e tecidos, incluindo, em alguns casos, as funções cognitivas. Já foram identificados 11 defeitos enzimáticos que causam sete tipos diferentes de MPS. Antes do advento de terapias dirigidas para a restauração da atividade da enzima deficiente, o tratamento das MPS tinha como principal foco a prevenção e o cuidado das complicações, aspecto ainda bastante importante no manejo desses pacientes. Na década de 80 foi proposto o tratamento das MPS com transplante de medula óssea/transplante de células tronco hematopoiéticas (TMO/TCTH) e na década de 90 começou o desenvolvimento da Terapia de Reposição Enzimática (TRE), que se tornou uma realidade aprovada para uso clínico nas MPS I, II e VI na primeira década do século 21. Os autores deste trabalho têm a convicção de que um melhor futuro para os pacientes afetados pelas MPS depende da identificação, compreensão e manejo adequado das manifestações multissistêmicas dessas doenças, incluindo medidas de suporte (que devem fazer parte da assistência multidisciplinar regular destes pacientes) e terapias específicas. Embora a inibição da síntese de GAG e o resgate da atividade enzimática com moléculas pequenas também possam vir a ter um papel no manejo das MPS, o grande avanço disponível no momento é a TRE intravenosa. A TRE permitiu modificar radicalmente o panorama do tratamento das mucopolissacaridoses I, II e VI na última década, sendo que ainda pode estender seus benefícios em breve para a MPS IV A (cuja TRE já está em desenvolvimento clínico), com perspectivas para o tratamento da MPS III A e do déficit cognitivo na MPS II através de administração da enzima diretamente no sistema nervoso central (SNC). Um grande número de centros brasileiros, incluindo serviços de todas as regiões do país, já têm experiência com TRE para MPS I, II e VI. Essa experiência foi adquirida não só com o tratamento de pacientes como também com a participação de alguns grupos em ensaios clínicos envolvendo TRE para essas condições. Somados os três tipos de MPS, mais de 250 pacientes já foram tratados com TRE em nosso país. A experiência dos profissionais brasileiros, somada aos dados disponíveis na literatura internacional, permitiu elaborar este documento, produzido com o objetivo de reunir e harmonizar as informações disponíveis sobre o tratamento destas doenças graves e progressivas, mas que, felizmente, são hoje tratáveis, uma realidade que traz novas perspectivas para os pacientes brasileiros afetados por essas condições.
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Associação Médica Brasileira, v. 56, n. 3, p. 271-277, 2010.0104-4230http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/5499http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42302010000300009S0104-42302010000300009.pdfS0104-4230201000030000910.1590/S0104-42302010000300009WOS:000279678100008As mucopolissacaridoses (MPS) são doenças genéticas raras causadas pela deficiência de enzimas lisossômicas específicas que afetam o catabolismo de glicosaminoglicanos (GAG). O acúmulo de GAG em vários órgãos e tecidos nos pacientes afetados pelas MPS resulta em uma série de sinais e sintomas, integrantes de um quadro clínico multissistêmico que compromete ossos e articulações, vias respiratórias, sistema cardiovascular e muitos outros órgãos e tecidos, incluindo, em alguns casos, as funções cognitivas. Já foram identificados 11 defeitos enzimáticos que causam sete tipos diferentes de MPS. Antes do advento de terapias dirigidas para a restauração da atividade da enzima deficiente, o tratamento das MPS tinha como principal foco a prevenção e o cuidado das complicações, aspecto ainda bastante importante no manejo desses pacientes. Na década de 80 foi proposto o tratamento das MPS com transplante de medula óssea/transplante de células tronco hematopoiéticas (TMO/TCTH) e na década de 90 começou o desenvolvimento da Terapia de Reposição Enzimática (TRE), que se tornou uma realidade aprovada para uso clínico nas MPS I, II e VI na primeira década do século 21. Os autores deste trabalho têm a convicção de que um melhor futuro para os pacientes afetados pelas MPS depende da identificação, compreensão e manejo adequado das manifestações multissistêmicas dessas doenças, incluindo medidas de suporte (que devem fazer parte da assistência multidisciplinar regular destes pacientes) e terapias específicas. Embora a inibição da síntese de GAG e o resgate da atividade enzimática com moléculas pequenas também possam vir a ter um papel no manejo das MPS, o grande avanço disponível no momento é a TRE intravenosa. A TRE permitiu modificar radicalmente o panorama do tratamento das mucopolissacaridoses I, II e VI na última década, sendo que ainda pode estender seus benefícios em breve para a MPS IV A (cuja TRE já está em desenvolvimento clínico), com perspectivas para o tratamento da MPS III A e do déficit cognitivo na MPS II através de administração da enzima diretamente no sistema nervoso central (SNC). Um grande número de centros brasileiros, incluindo serviços de todas as regiões do país, já têm experiência com TRE para MPS I, II e VI. Essa experiência foi adquirida não só com o tratamento de pacientes como também com a participação de alguns grupos em ensaios clínicos envolvendo TRE para essas condições. Somados os três tipos de MPS, mais de 250 pacientes já foram tratados com TRE em nosso país. A experiência dos profissionais brasileiros, somada aos dados disponíveis na literatura internacional, permitiu elaborar este documento, produzido com o objetivo de reunir e harmonizar as informações disponíveis sobre o tratamento destas doenças graves e progressivas, mas que, felizmente, são hoje tratáveis, uma realidade que traz novas perspectivas para os pacientes brasileiros afetados por essas condições.Mucopolysaccharidoses (MPS) are rare genetic diseases caused by deficiency of specific lysosomal enzymes that affect catabolism of glycosaminoglycans (GAG). Accumulation of GAG in various organs and tissues in MPS patients results in a series of signs and symptoms, producing a multisystemic condition affecting bones and joints, the respiratory and cardiovascular systems and many other organs and tissues, including in some cases, cognitive performance. So far, eleven enzyme defects that cause seven different types of MPS have been identified. Before introduction of therapies to restore deficient enzyme activity, treatment of MPS focused primnarily on prevention and care of complications, still a very important aspect in the management of these patients. In the 80's treatment of MPS with bone marrow transplantation/hematopoietic stem cells transplantation (BMT/HSCT) was proposed and in the 90's, enzyme replacement therapy (ERT),began to be developed and was approved for clinical use in MPS I, II and VI in the first decade of the 21st century. The authors of this paper are convinced that a better future for patients affected by mucopolysaccharidoses depends upon identifying, understanding and appropriately managing the multisystemic manifestations of these diseases. This includes the provision of support measures (which should be part of regular multidisciplinary care of these patients) and of specific therapies. Although inhibition of synthesis of GAG and the recovery of enzyme activity with small molecules also may play a role in the management of MPS, the breakthrough is the currently available intravenous ERT. ERT radically changed the setting for treatment of mucopolysaccharidosis I, II and VI in the last decade., Benefits can even be extended soon to MPS IV A (ERT for this condition is already in clinical development), with prediction for treatment of MPS III A and the cognitive deficit in MPS II by administration of the enzyme directly into the central nervous system (CNS). A large number of Brazilian services, from all regions of the country, already have experience with ERT for MPS I, II and VI. This experience was gained not only by treating patients but also with the participation of some groups in clinical trials involving ERT for these conditions. Summing up the three types of MPS, more than 250 patients have already been treated with ERT in Brazil. The experience of professionals coupled to the data available in international literature, allowed us to elaborate this document, produced with the goal of bringing together and harmonize the information available for the treatment of these severe and progressive diseases, which, fortunately, are now treatable, a situation which bring new perspectives for Brazilian patients, affected by these conditions.Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de GenéticaInstituto Nacional de Genética Médica Populacional Centro Colaborador da OMS para o Desenvolvimento de Serviços de Genética Médica na América Latina e CoordenadorHospital das Clínicas de Porto Alegre Grupo de Pesquisa Clínica em Genética MédicaUniversidade Federal do Rio Grande do Sul Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do AdolescenteGrupo Hospitalar ConceiçãoPrefeitura Municipal de GravataíUniversidade Federal da Bahia Departamento de PediatriaUniversidade Federal do Paraná Hospital de Clínicas Serviço de Transplante de Medula ÓsseaUniversidade de São Paulo Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Setor de NeurogenéticaUniversidade de São Paulo Faculdade de Medicina Hospital de ClínicasFIOCRUZ Instituto Fernandes Figueira Centro de Genética MédicaHospital UniversitárioPUC Faculdade de MedicinaHospital de Clínicas de Porto Alegre Serviço de OftalmologiaUniversidade Federal do Mato Grosso do Sul Departamento de PediatriaUniversidade Estadual de Ciências da Saúde de AlagoasFaculdade de Medicina de Juazeiro do NorteUniversidade Federal de Minas Gerais Departamento de PediatriaHospital de Clínicas de Porto Alegre Serviço de FisiatriaHospital Infantil Joana de GusmãoAPAEUniversidade Federal do ParáHospital do Servidor Público EstadualUniversidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de CirurgiaUniversidade Federal do Amazonas Departamento de CirurgiaHospital InfantilUniversidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Medicina InternaUniversidade Federal do Pará Instituto de Ciências BiológicasHospital Infantil Pequeno PríncipeHospital de Clínicas de Porto Alegre Serviço de PneumologiaHospital da RestauraçãoUniversidade Federal do Rio de Janeiro Departamento de PediatriaHospital de Clínicas de Porto AlegreHospital de Clínicas de Porto Alegre Serviço de CardiologiaHospital EvangélicoUniversidade de São Paulo Faculdade de Medicina Instituto de CriançaUniversidade Estadual do Rio de JaneiroUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Departamento de PediatriaUNIFESP, Depto. de PediatriaSciELO271-277porAssociação Médica BrasileiraRevista da Associação Médica BrasileiraMucopolissacaridosesMucopolissacaridose IMucopolissacaridose IIMucopolissacaridose VIGlicosaminoglicanosTerapia de reposição enzimáticaMucopolysaccharidosis IMucopolysaccharidosis IIMucopolysaccharidosis VIGlycosaminoglycans VEnzyme replacement therapyTerapia de reposição enzimática para as mucopolissacaridoses I, II e VI: recomendações de um grupo de especialistas brasileirosEnzyme replacement therapy for mucopolysaccharidoses I, II and VI: recommendations from a group of Brazilian F expertsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0104-42302010000300009.pdfapplication/pdf223463${dspace.ui.url}/bitstream/11600/5499/1/S0104-42302010000300009.pdf9a4fcbffb66d7c15af9701d67a80d739MD51open accessTEXTS0104-42302010000300009.pdf.txtS0104-42302010000300009.pdf.txtExtracted texttext/plain48016${dspace.ui.url}/bitstream/11600/5499/21/S0104-42302010000300009.pdf.txtfe93b2b9a889973ab2968cd621a2e512MD521open accessTHUMBNAILS0104-42302010000300009.pdf.jpgS0104-42302010000300009.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg6416${dspace.ui.url}/bitstream/11600/5499/23/S0104-42302010000300009.pdf.jpg8f2e57e529bf0ec7803d962eb22e3b7fMD523open access11600/54992023-06-05 19:26:20.932open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/5499Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-06-05T22:26:20Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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Federhen, Andressa
Munoz Rojas, Maria Verônica
Vieira, Taiane Alves
Artigalás, Osvaldo
Pinto, Louise Lapagesse Carmargo
Azevedo, Ana Cecília
Acosta, Angelina Xavier
Bomfim, Carmem
Lourenço, Charles Marques
Kim, Chong Ae
Horovitz, Dafne
Souza, Denize Bomfim
Norato, Denise
Marinho, Diane
Palhares, Durval
Santos, Emerson Santana
Ribeiro, Erlane
Valadares, Eugênia Ribeiro
Guarany, Fábio
De Lucca, Gisele Rosone
Pimentel, Helena
Souza, Isabel Neves de
Corrêa Neto, Jordão [UNIFESP]
Fraga, José Carlos
Góes, José Eduardo
Cabral, José Maria
Simeonato, José
Llerena Junior, Juan Clinton
Jardim, Laura Bannach
Giuliani, Liane De Rosso
Silva, Luiz Carlos Santana da
Santos, Mara
Moreira, Maria Ângela
Kerstenetzky, Marcelo
Ribeiro, Márcia
Ruas, Nicole
Barrios, Patricia
Aranda, Paulo
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Boy, Raquel
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Alcântara, Flavio F
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Universidade Federal do Paraná Hospital de Clínicas Serviço de Transplante de Medula Óssea
Universidade de São Paulo (USP)
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Hospital de Clínicas de Porto Alegre Serviço de Oftalmologia
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Universidade Federal de Minas Gerais Departamento de Pediatria
Hospital de Clínicas de Porto Alegre Serviço de Fisiatria
Hospital Infantil Joana de Gusmão
APAE
Universidade Federal do Pará
Hospital do Servidor Público Estadual
Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Cirurgia
Universidade Federal do Amazonas Departamento de Cirurgia
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Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Medicina Interna
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Universidade Federal do Rio de Janeiro Departamento de Pediatria
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Universidade Estadual do Rio de Janeiro
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