Produção de biofertilizantes a partir da biomassa de microalgas cultivadas em diferentes efluentes da indústria sucroalcooleira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Perrotti, Lara Zorel [UNIFESP]
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69949
Resumo: O crescimento populacional mundial gera grandes ameaças à segurança alimentar, uma vez que o solo é um recurso limitado e a produção agrícola precisaria crescer significativamente nas próximas décadas, para atender a demanda crescente da população global. Outro fator alarmante é a grande dependência em fertilizantes químicos, apresentando grande risco à saúde humana e ambiental. No entanto, a busca por biofertilizantes têm aumentado, impulsionada pelo aumento da conscientização sobre a sustentabilidade dos alimentos. Neste sentido, as microalgas têm demonstrado capacidade para fornecer diversos bioprodutos, além de se destacarem pela sua capacidade de crescer em meios adversos, fazendo com que seu cultivo seja menos trabalhoso e, consequentemente, menos oneroso. Um dos bioprodutos de microalgas pouco estudados é sua funcionalidade como biofertilizante. Neste projeto, desenvolvido com a empresa sucro-alcooleira Raízen, foi avaliada a possibilidade de uso dos efluentes obtidos do processamento do etanol, para compor meios de cultivo de microalgas. Estes efluentes, se não tratados, podem ser tóxicos e devem ter destinação ambientalmente adequada. Porém, contém diversos nutrientes que em certas quantidades podem ser metabolizados pelas microalgas. Neste caso, além de tentar reduzir os custos do meio de cultivo desses micro-organismos e dar um destino sustentável aos resíduos da produção do etanol, as microalgas cultivadas tiveram sua biomassa testada como biofertilizante no cultivo de alface. A microalga Coelastrella sp. cepa A3 já havia demonstrado boa taxa de crescimento quando cultivada com 20% de vinhaça pura, por isso, foi definida como a microalga principal a ser testada. Neste trabalho, foram testados dois tipos de efluente, a vinhaça pura e águas residuárias de usinas produtoras de etanol 2G como meio de cultivo.O biofertilizante algal não se mostrou tão eficiente quanto o fertilizante químico comum (NPK), porém, as mudas de alface cultivadas com o biofertilizante demonstraram melhor crescimento do que aquelas sem fertilizante algum (controle). Assim, conseguimos agregar valor aos efluentes gerados na produção de etanol 2G, além de promover a remoção de alguns compostos que poderiam ser tóxicos ao meio ambiente, se não fossem adequadamente descartados. Adicionalmente, o uso de efluentes para o cultivo de microalgas, que podem ser utilizadas como biofertilizantes em uma agricultura sustentável, cria um ciclo de devolução dos nutrientes ao meio ambiente de forma benéfica a todos.
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