A saúde mental de profissionais que trabalham com métodos autocompositivos no campo jurídico
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFT |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11612/4910 |
Resumo: | A história demonstra que o trabalhador sempre esteve as margens, incialmente sem direitos, explorado e submetido a condições de trabalho insalubres e alusivas à escravidão. Após muita luta para conquistar seus direitos, o trabalhador ainda enfrenta muitos desafios devido ao capitalismo, uma máquina insaciável que suga desse sujeito a sua vida. Embora a tecnologia tenha evoluído e as ferramentas de trabalho se modernizado, o cuidado com o trabalhador continua não sendo levado em conta, saindo das condições da revolução industrial para as sobrecargas da modernidade, um contexto que exige do trabalhador flexibilidade no que tange as funções e aos horários de trabalho, que pode exceder ao contingente do ambiente de trabalho e se estender ao seu ambiente residencial. Mesmo no século XXI, o trabalho é gerador de sofrimento e adoecimento físico e mental, uma vez que a força de trabalho intelectual também é afetada, causando assim um desgaste nesse sujeito e uma sobrecarga, de modo a perder a capacidade de se relacionar e se comunicar, gerando a judicialização, na qual todos os impasses e conflitos são levados a público e a juízo. Na presente pesquisa nos voltamos aos profissionais que realizam um método alternativo de resolução de conflitos, visando a solução por meio do diálogo e sem gerar processos litigiosos, denominados métodos autocompositivos, dos quais no interessa a mediação. Temos por objetivo entender como a saúde mental desse profissional é afetada ao realizar a conciliação e mediação no campo jurídico em uma sociedade desigual, marcada pelo conflito e pela judicialização das relações sociais. Utilizamos como estratégia metodológica a pesquisa histórica, qualitativa e de campo. Realizamos a pesquisa com duas profissionais que atuam na Defensoria do Estado do Tocantins com mediação e conciliação, preservando suas identidades por meio de nomes fictícios. O instrumento de pesquisa aplicado foi a entrevista semiestruturada. Com a finalidade de se realizar as análises, construímos categorias que proporcionassem uma interpretação a partir da teoria. Concluímos que por mais que os métodos autocompositivos sejam um avanço no campo do direito, eles não são efetivos ao solucionarem apenas os conflitos pontuais, não conseguindo atuar frente ao que produz os conflitos humanos. Nesse sentido, configuram-se como uma medida paliativa sustentada no neoliberalismo econômico, ao individualizar a questão. Identificamos que as profissionais entrevistadas não têm consciência de que sua saúde mental é afetada pelo trabalho, por não reconhecerem que o conflito é uma produção social de uma sociedade desigual que judicializa as relações sociais. |
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Peres, Franciely CorreiaFeitosa, Juliana Biazze2023-03-01T19:16:30Z2023-03-01T19:16:30Z2023-03-01PERES, Franciely Correia. A saúde mental de profissionais que trabalham com métodos autocompositivos no campo jurídico. 2022. 101 f. Artigo de Graduação (Graduação em Psicologia) - Universidade Federal do Tocantins, Miracema do Tocantins, 2023.http://hdl.handle.net/11612/4910A história demonstra que o trabalhador sempre esteve as margens, incialmente sem direitos, explorado e submetido a condições de trabalho insalubres e alusivas à escravidão. Após muita luta para conquistar seus direitos, o trabalhador ainda enfrenta muitos desafios devido ao capitalismo, uma máquina insaciável que suga desse sujeito a sua vida. Embora a tecnologia tenha evoluído e as ferramentas de trabalho se modernizado, o cuidado com o trabalhador continua não sendo levado em conta, saindo das condições da revolução industrial para as sobrecargas da modernidade, um contexto que exige do trabalhador flexibilidade no que tange as funções e aos horários de trabalho, que pode exceder ao contingente do ambiente de trabalho e se estender ao seu ambiente residencial. Mesmo no século XXI, o trabalho é gerador de sofrimento e adoecimento físico e mental, uma vez que a força de trabalho intelectual também é afetada, causando assim um desgaste nesse sujeito e uma sobrecarga, de modo a perder a capacidade de se relacionar e se comunicar, gerando a judicialização, na qual todos os impasses e conflitos são levados a público e a juízo. Na presente pesquisa nos voltamos aos profissionais que realizam um método alternativo de resolução de conflitos, visando a solução por meio do diálogo e sem gerar processos litigiosos, denominados métodos autocompositivos, dos quais no interessa a mediação. Temos por objetivo entender como a saúde mental desse profissional é afetada ao realizar a conciliação e mediação no campo jurídico em uma sociedade desigual, marcada pelo conflito e pela judicialização das relações sociais. Utilizamos como estratégia metodológica a pesquisa histórica, qualitativa e de campo. Realizamos a pesquisa com duas profissionais que atuam na Defensoria do Estado do Tocantins com mediação e conciliação, preservando suas identidades por meio de nomes fictícios. O instrumento de pesquisa aplicado foi a entrevista semiestruturada. Com a finalidade de se realizar as análises, construímos categorias que proporcionassem uma interpretação a partir da teoria. Concluímos que por mais que os métodos autocompositivos sejam um avanço no campo do direito, eles não são efetivos ao solucionarem apenas os conflitos pontuais, não conseguindo atuar frente ao que produz os conflitos humanos. Nesse sentido, configuram-se como uma medida paliativa sustentada no neoliberalismo econômico, ao individualizar a questão. Identificamos que as profissionais entrevistadas não têm consciência de que sua saúde mental é afetada pelo trabalho, por não reconhecerem que o conflito é uma produção social de uma sociedade desigual que judicializa as relações sociais.Work takes place through the transformation of nature by man, with work itself being the object of modification of man and his social relations. History shows that the worker has always been on the margins, initially without rights, exploited and subjected to unhealthy working conditions alluding to slavery. After a lot of struggle to conquer their rights, the worker still faces many challenges due to capitalism, an insatiable machine that sucks his life from this subject. Although technology has evolved and work tools have been modernized, worker care is still not taken into account, leaving the conditions of the industrial revolution for the overloads of modernity, a context that requires flexibility from the worker in terms of functions and working hours, which may exceed the working environment quota and extend to your residential environment. Even in the 21st century, work generates suffering and physical and mental illness, since the intellectual workforce is also affected, thus causing wear and tear on this subject and an overload, in order to lose the ability to relate and relate to others. communicate, generating judicialization, in which all impasses and conflicts are taken to the public and to court. With this in mind, we seek in this research to deal with professionals who perform an alternative method of conflict resolution, aiming at the solution through dialogue and without generating litigious processes, called self-composition methods, of which mediation is of interest. The objective of this research is to understand how the mental health of this professional is affected when carrying out mediation in the legal field in an unequal society, marked by conflict and the judicialization of social relations. We used historical, qualitative and field research as a methodological strategy. We carried out the research with two professionals who work in the Tocantins State Defender's Office with mediation and conciliation, preserving their identities through fictitious names. The research instrument applied was the semi-structured interview, as a means of collecting real data and information through reports of field experiences. In order to carry out the analyses, we constructed categories that provided an interpretation based on the theory. We emphasize that self-composition methods are not effective, when solving only occasional conflicts, not focusing on what produces the conflict. There is no understanding of mental health in its entirety and its components. Finally, there is no awareness that mental health is affected by work due to a lack of understanding of the reasons that generate the conflict.Universidade Federal do TocantinsMiracemaCURSO::MIRACEMA::PRESENCIAL::LICENCIATURA::PSICOLOGIAMiracemaGraduaçãoAcesso livre.info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIASaúde mentalMétodos AutocompositivosJudicialização das relações sociaisA saúde mental de profissionais que trabalham com métodos autocompositivos no campo jurídicoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleporreponame:Repositório Institucional da UFTinstname:Universidade Federal do Tocantins (UFT)instacron:UFTORIGINALFranciely Correia Peres - Artigo de graduação.pdfFranciely Correia Peres - Artigo de graduação.pdfapplication/pdf1281202http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/4910/1/Franciely%20Correia%20Peres%20-%20Artigo%20de%20gradua%c3%a7%c3%a3o.pdf1fd12f669f92bf8e9ad33ebf62b6e51aMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/4910/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTFranciely Correia Peres - Artigo de graduação.pdf.txtFranciely Correia Peres - Artigo de graduação.pdf.txtExtracted texttext/plain269810http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/4910/3/Franciely%20Correia%20Peres%20-%20Artigo%20de%20gradua%c3%a7%c3%a3o.pdf.txt283c823b18acdc7c3bccca668a34e297MD53THUMBNAILFranciely Correia Peres - Artigo de graduação.pdf.jpgFranciely Correia Peres - Artigo de graduação.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1281http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/4910/4/Franciely%20Correia%20Peres%20-%20Artigo%20de%20gradua%c3%a7%c3%a3o.pdf.jpg4db76b82fe19f508528f6425d719be9aMD5411612/49102023-03-02 03:02:09.525oai:repositorio.uft.edu.br:11612/4910Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.uft.edu.br/oai/requestbiblioarraias@uft.edu.br || bibliogpi@uft.edu.br || bibliomira@uft.edu.br || bibliopalmas@uft.edu.br || biblioporto@uft.edu.br || biblioarag@uft.edu.br || dirbib@ufnt.edu.br || bibliocca@uft.edu.br || bibliotoc@uft.edu.bropendoar:2023-03-02T06:02:09Repositório Institucional da UFT - Universidade Federal do Tocantins (UFT)false |
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