Utilização de Enzimas Exógenas na Nutrição de Ovinos.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Jhone Tallison Lira de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFT
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11612/6120
Resumo: O presente trabalho foi dividido em quatro experimentos objetivando avaliar diferentes tipos de enzimas exógenas em níveis crescentes de inclusão na dieta de ovinos e avaliar seus efeitos sobre o consumo, a digestibilidade, o balanço de nitrogênio e energia, o comportamento ingestivo e os metabólitos sanguíneos. Os experimentos foram conduzidos na Universidade Federal de Uberlândia no setor de ovinos e caprinos da fazenda Capim Branco de fevereiro a maio de 2017. Os tratamentos consistiram em dieta controle e quatro níveis de inclusão de enzimas 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0%. Os produtos comerciais avaliados foram AMAIZETM (enzima amilolítica), FIBROZYME® (enzima fibrolítica), (ALLZYME® SSF) (complexo enzimático), e um MIX desses três produtos em proporções iguais. Para condução dos experimentos todos os animais utilizados foram alojados em gaiolas metabólicas individuais, durante sessenta dias. Todos os ensaios foram conduzidos em delineamento em quadrado latino (5x5), com cinco tratamentos e cinco repetições. No experimento I avaliou-se a inclusão da enzima amilolítica (AMAIZETM) na dieta. Foram utilizadas cinco borregas, com peso vivo inicial médio de 54,04 ± 4,5 kg e aproximadamente oito meses de idade. Houve diferença significativa para o coeficiente de digestibilidade aparente da matéria seca, matéria orgânica, carboidratos totais, carboidratos não fibrosos, nutrientes digestíveis totais e digestibilidade da energia bruta. A digestibilidade de energia bruta apresentou efeito quadrático com ponto de máxima em 0,82% de inclusão da enzima, mesmo comportamento observado para a digestibilidade da matéria seca. Os demais parâmetros avaliados não foram influenciados pelo acréscimo de enzima amilolítica na dieta. No experimento II avaliou-se a inclusão da enzima fibrolítica (FIBROZYME®) na dieta. Foram utilizadas cinco borregas, com peso inicial médio de 46,48 ± 5,60 kg e aproximadamente sete meses de idade. As concentrações de creatinina apresentaram comportamento linear decrescente de 0,22 mg/dL para cada 0,5% de inclusão da enzima, os outros parâmetros avaliados não sofreram alterações com a inclusão da enzima fibrolítica na dieta. No experimento III avaliou-se a adição de um complexo enzimático composto por pectinase, protease, fitase, betaglucanase, xilanase, celulase e amilase (ALLZYME® SSF) na dieta. Foram utilizadas cinco borregas, com peso inicial médio de 61,16 ± 5,80 kg e aproximadamente oito meses de idade. Houve diferença significativa para os metabólitos sanguíneos albumina e aspartatoaminotransferase (AST) apresentando comportamento linear decrescente, com redução de 0,085 mg/dL e 8,9 UI/L para cada 0,5% de inclusão do complexo enzimático, para albumina e AST, respectivamente, o complexo enzimático não foi efetivo em alterar o consumo e a digestibilidade dos nutrientes. No experimento IV avaliou-se a adição do MIX de enzimas que era composto por três produtos comerciais nas seguintes proporções 1 /3- AMAIZETM; 1 /3-FIBROZYME®; e 1 /3-ALLZYME® SSF. Foram utilizados cinco borregos, com peso inicial médio de 25,89 ± 2,6 kg e aproximadamente quatro meses de idade. Não houve diferença significativa para o consumo de matéria seca em função do peso %PV-1 e peso metabólico PV-0,75 . Não houve diferença significativa para o coeficiente ii de digestibilidade aparente da matéria seca e escore fecal. O peso das fezes na matéria natural diferiu significativamente com a inclusão do MIX de enzimas. O consumo de água aumentou linearmente com a inclusão do MIX apresentando acréscimo de 183 mL para cada 0,5% de inclusão. Houve diferença significativa para os metabolitos sanguíneos glicose e aspartatoaminotransferase apresentando comportamento linear decrescente com a inclusão da do MIX de enzimas. A apenas os produtos MIX de enzimas e AMAIZETM foram capazes de causar efeito significativas no consumo e digestibilidade aparente dos nutrientes. Para que a enzima tenha efeito positivo e exerça seu papel de lise no ambiente ruminorreticular é necessário que se utilize produtos capazes de degradar substratos específicos como amido ou celulose, dessa maneira, pode-se amplificar as taxas de degradação ruminal de nutrientes melhorando o desempenho animal.
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spelling Sousa, Jhone Tallison Lira deSousa, Luciano Fernandes2023-10-27T11:29:36Z2023-10-27T11:29:36Z2019SOUSA, Jhone Tallison Lira de. 2019. 169f. TESE (Doutorado em Ciência Animal Tropical) – Universidade Federal do Norte do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal Tropical, Araguaína, 2019.http://hdl.handle.net/11612/6120O presente trabalho foi dividido em quatro experimentos objetivando avaliar diferentes tipos de enzimas exógenas em níveis crescentes de inclusão na dieta de ovinos e avaliar seus efeitos sobre o consumo, a digestibilidade, o balanço de nitrogênio e energia, o comportamento ingestivo e os metabólitos sanguíneos. Os experimentos foram conduzidos na Universidade Federal de Uberlândia no setor de ovinos e caprinos da fazenda Capim Branco de fevereiro a maio de 2017. Os tratamentos consistiram em dieta controle e quatro níveis de inclusão de enzimas 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0%. Os produtos comerciais avaliados foram AMAIZETM (enzima amilolítica), FIBROZYME® (enzima fibrolítica), (ALLZYME® SSF) (complexo enzimático), e um MIX desses três produtos em proporções iguais. Para condução dos experimentos todos os animais utilizados foram alojados em gaiolas metabólicas individuais, durante sessenta dias. Todos os ensaios foram conduzidos em delineamento em quadrado latino (5x5), com cinco tratamentos e cinco repetições. No experimento I avaliou-se a inclusão da enzima amilolítica (AMAIZETM) na dieta. Foram utilizadas cinco borregas, com peso vivo inicial médio de 54,04 ± 4,5 kg e aproximadamente oito meses de idade. Houve diferença significativa para o coeficiente de digestibilidade aparente da matéria seca, matéria orgânica, carboidratos totais, carboidratos não fibrosos, nutrientes digestíveis totais e digestibilidade da energia bruta. 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Foram utilizadas cinco borregas, com peso inicial médio de 61,16 ± 5,80 kg e aproximadamente oito meses de idade. Houve diferença significativa para os metabólitos sanguíneos albumina e aspartatoaminotransferase (AST) apresentando comportamento linear decrescente, com redução de 0,085 mg/dL e 8,9 UI/L para cada 0,5% de inclusão do complexo enzimático, para albumina e AST, respectivamente, o complexo enzimático não foi efetivo em alterar o consumo e a digestibilidade dos nutrientes. No experimento IV avaliou-se a adição do MIX de enzimas que era composto por três produtos comerciais nas seguintes proporções 1 /3- AMAIZETM; 1 /3-FIBROZYME®; e 1 /3-ALLZYME® SSF. Foram utilizados cinco borregos, com peso inicial médio de 25,89 ± 2,6 kg e aproximadamente quatro meses de idade. Não houve diferença significativa para o consumo de matéria seca em função do peso %PV-1 e peso metabólico PV-0,75 . Não houve diferença significativa para o coeficiente ii de digestibilidade aparente da matéria seca e escore fecal. O peso das fezes na matéria natural diferiu significativamente com a inclusão do MIX de enzimas. O consumo de água aumentou linearmente com a inclusão do MIX apresentando acréscimo de 183 mL para cada 0,5% de inclusão. Houve diferença significativa para os metabolitos sanguíneos glicose e aspartatoaminotransferase apresentando comportamento linear decrescente com a inclusão da do MIX de enzimas. A apenas os produtos MIX de enzimas e AMAIZETM foram capazes de causar efeito significativas no consumo e digestibilidade aparente dos nutrientes. Para que a enzima tenha efeito positivo e exerça seu papel de lise no ambiente ruminorreticular é necessário que se utilize produtos capazes de degradar substratos específicos como amido ou celulose, dessa maneira, pode-se amplificar as taxas de degradação ruminal de nutrientes melhorando o desempenho animal.The present study was divided into four experiments aiming to evaluate the effects of different types and dietary levels of exogenous enzymes on feed intake, digestibility, nitrogen and energy balance, feeding behavior and blood metabolites in sheep. The experiments were conducted at the Federal University of Uberlândia in the Sheep and Goat Research Center of the Capim Branco farm from February to May 2017. The treatments consisted of a control diet and four inclusion levels of enzymes (0.5; 1.0; 1.5 and 2.0%). The commercial products evaluated were AMAIZETM (amylolytic enzyme), FIBROZYME® (fibrolytic enzyme), ALLZYME® SSF (enzyme complex), and a MIX of these three products in equal proportions. All animals were housed in individual metabolic cages for sixty days. All experiments were conducted using a Latin square design (5x5), with five treatments and five replicates. The dietary inclusion of the amylolytic enzyme (AMAIZETM) was evaluated in experiment I. Five ewe lambs with a mean initial body weight of 54.04 ± 4.5 kg and aged eight months were used. There was a significant difference for apparent digestibility coefficient of dry matter, organic matter, total carbohydrates, non-fibrous carbohydrates, total digestible nutrients, and gross energy digestibility. Enzyme level had a quadratic effect on gross energy digestibility, reaching its peak at 0.82% of enzyme inclusion. The same trend was observed for dry matter digestibility. The remaining parameters were not influenced by the dietary inclusion of the amylolytic enzyme. The dietary inclusion of the fibrolytic enzyme (FIBROZYME®) was evaluated in experiment II. Five ewe lambs with a mean initial body weight of 46.48 ± 5.60 kg and aged seven months were used. Creatinine concentration decreased linearly by 0.22 mg/dL with each 0.5% addition of enzyme, whereas the remaining parameters were not affected by the dietary inclusion of the fibrolytic enzyme. The dietary inclusion of an enzyme complex composed of pectinase, protease, phytase, beta-glucanase, xylanase, cellulase, and amylase (ALLZYME® SSF) was evaluated in experiment III. Five ewe lambs with a mean initial body weight of 61.16 ± 5.80 kg and aged eight months were used. There was a significant difference for the blood metabolites albumin and aspartate aminotransferase (AST), with linear reductions of 0.085 mg/dL and 8.9 IU/L with each 0.5% addition of the enzyme complex, respectively. However, the enzyme complex was not effective in altering the feed intake and nutrient digestibility in lambs. The dietary inclusion of an enzyme MIX composed of three commercial products at the equal proportions (1 /3-AMAIZETM; 1 /3-FIBROZYME®; and 1 /3-ALLZYME® SSF) was evaluated in experiment IV. Five male lambs with a mean initial body weight of 25.89 ± 2.6 kg and aged four months were used. There was no significant difference for dry matter intake as a percent of body weight (%BW-1 ) and metabolic weight (BW0.75). There was no significant difference for apparent digestibility coefficient of dry matter and fecal score. The fecal output weight (organic matter basis) differed significantly in lambs fed different inclusion levels of the enzyme MIX. The water intake increased linearly by 183 mL with each 0.5% addition of the enzyme MIX. The blood metabolites glucose and aspartate aminotransferase reduced linearly with the inclusion of the iv enzyme MIX. Only the enzyme MIX and AMAIZETM products caused significant effects on apparent digestibility and nutrient intake. Products capable of degrading specific substrates such as starch or cellulose are necessary for enzymes to function properly and to exert their lytic effects on the ruminoreticular environment, resulting in higher ruminal degradation rates of nutrients and improved animal performance.application/pdfUniversidade Federal do TocantinsAraguaínaPrograma de Pós-Graduação em Ciência Animal Tropical - PPGCatBRCNPQ::CIENCIAS AGRARIASAditivos, alfa-amilase, amido, dieta alto concentrado, ruminantes.Utilização de Enzimas Exógenas na Nutrição de Ovinos.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFTinstname:Universidade Federal do Tocantins (UFT)instacron:UFTORIGINALJhone Tallison Lira de Sousa - Tese.pdfJhone Tallison Lira de Sousa - Tese.pdfapplication/pdf2413317http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/6120/1/Jhone%20Tallison%20Lira%20de%20Sousa%20-%20Tese.pdfd0dafdba383c30a51462eb47710d3b83MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-8508http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/6120/2/license.txt0a9e77404315487775b2e0c2b887ae47MD52TEXTJhone Tallison Lira de Sousa - Tese.pdf.txtJhone Tallison Lira de Sousa - Tese.pdf.txtExtracted texttext/plain334743http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/6120/3/Jhone%20Tallison%20Lira%20de%20Sousa%20-%20Tese.pdf.txtd5e91d856466ebc6465251bd173af1c8MD53THUMBNAILJhone Tallison Lira de Sousa - Tese.pdf.jpgJhone Tallison Lira de Sousa - Tese.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1232http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/6120/4/Jhone%20Tallison%20Lira%20de%20Sousa%20-%20Tese.pdf.jpg81144115d427a8728f67761f1fb343ebMD5411612/61202023-10-28 03:03:20.547oai:repositorio.uft.edu.br:11612/6120TmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGRvIHRyYWJhbGhvIHN1cHJhY2l0YWRvLCBkZSBhY29yZG8gY29tIGEgTGVpIG7CsCA5LjYxMC85OCwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBUb2NhbnRpbnMsIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBjb25mb3JtZSBwZXJtaXNzw7VlcyBhc3NpbmFsYWRhcyBhY2ltYSwgbyBkb2N1bWVudG8gZW0gbWVpbyBlbGV0csO0bmljbywgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZSBuYSBCaWJsaW90ZWNhIERpZ2l0YWwgZGUgVGVzZXMgZSBEaXNzZXJ0YcOnw7VlcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsIFBERiwgcGFyYSBmaW5zIGRlIGxlaXR1cmEsIGltcHJlc3PDo28gb3UgZG93bmxvYWQsIGEgcGFydGlyIGRlc3RhIGRhdGEsIGVtIGNvbmZvcm1pZGFkZSBjb20gYSBSZXNvbHXDp8OjbyBDT05TRVBFIG7CuiAwNS8yMDExLg==Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.uft.edu.br/oai/requestbiblioarraias@uft.edu.br || bibliogpi@uft.edu.br || bibliomira@uft.edu.br || bibliopalmas@uft.edu.br || biblioporto@uft.edu.br || biblioarag@uft.edu.br || dirbib@ufnt.edu.br || bibliocca@uft.edu.br || bibliotoc@uft.edu.bropendoar:2023-10-28T06:03:20Repositório Institucional da UFT - Universidade Federal do Tocantins (UFT)false
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