Diversidade familiar e políticas sociais:

• Autor(a) principal: Silva, Rayene Larissa Ferreira da
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFT
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11612/3636
• topic: Família; Diversidade Familiar; Política Social; Serviço Social.; Família; Diversidade Familiar; Política Social; Serviço Social.

Este Trabalho de Conclusão de Curso teve por objetivo analisar como os diferentes tipos de organizações familiares podem interferir na garantia e acesso de direitos em espaços de intervenção das políticas sociais, a exemplo o CRAS. Como objeto de estudo teve-se a diversidade familiar e o reconhecimento de suas formas e organização diante das políticas sociais. Para a viabilização do trabalho, utilizou-se o estudo bibliográfico e a pesquisa de campo enquanto técnicas metodológicas, aplicando a entrevista semiestruturada com o (a) profissional assistente social do CRAS – Novo Horizonte e com cinco famílias em acompanhamento pelo PAIF. Além disso, aplicou-se a técnica de análise documental dos prontuários SUAS para a identificação do perfil das famílias e assim propiciar a explanação das particularidades dos pesquisados. Desta maneira, a análise dos dados foi de cunho quanti-qualitativo atravessado pelo Método, Materialismo Histórico Crítico Dialético, considerando que a família e as políticas sociais devem ser analisadas na perspectiva da totalidade. O estudo mostrou que apesar da família, aos olhos do Estado, ser objeto nas intervenções das políticas sociais, sua diversidade não é reconhecida, pois não há estudos e instrumentos de análise sobre sua composição, organização e as particularidades de cada tipo, na perspectiva de garantia da equidade social. Verificou- se ainda que as famílias em suas diversas configurações, ainda sofrem preconceito devido à persistência da tendência de manutenção das ideias em torno da constituição familiar tradicional, permeada pelo patriarcado. Além desses elementos identificados, também se observou a pouca participação das famílias no planejamento das ações das políticas sociais e a necessidade de superação de intervenções imediatas, visando somente à transferência de renda e o atendimento emergencial. Do mesmo modo, a pesquisa aponta para uma urgência de renovação nas diretrizes das políticas sociais em que se deva pensar “para” as famílias e “com” as famílias, fortalecendo a capacitação dos profissionais, a intersetorialidade, a união das políticas sociais públicas e a participação dos usuários em meio ao exercício de sua cidadania.