A língua de sinais na formação de professores: experiências no Espírito Santo e em Minas Gerais
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Data de Publicação: | 2016 |
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Título da fonte: | Educação e Filosofia |
Texto Completo: | https://seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/view/29981 |
Resumo: | *Doutor em Linguística Aplicada: Estudos da Tradução pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professor adjunto do Departamento de Artes e Libras (DALi) do Centro de Comunicação e Expressão (CCE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).**Doutora em Educação: Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo na linha de Diversidade e Práticas Educacionais Inclusivas. Professora da disciplina Libras no Departamento de Fonoaudiologia do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Espírito Santo.A língua de sinais na formação de professores: experiências no Espírito Santo e em Minas GeraisResumo: Hoje, com a difusão da política de inclusão, a formação de professores pretende promover a reflexão sobre a diferença no espaço escolar, formando profissionais "preparados" para lidar com ela. Considerando isso, discutimos, neste artigo, o processo de reconhecimento e de difusão da Libras no Brasil e seu estabelecimento como disciplina obrigatória nos cursos de formação de professores. Para tanto, apresentamos a experiência da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e de uma das Universidades Federais do estado de Minas Gerais. Além de analisar como a Libras vem sendo trabalhada, ressaltamos os diversos aspectos que a envolvem e as experiências dos alunos com a disciplina, com o intuito de problematizar seu impacto na formação de futuros profissionais. Vimos que independente da exígua carga horária e a despeito de qual seja o conteúdo explorado na disciplina, a Libras no ensino superior desencadeia um consistente processo de transformação social, política, cultural e acadêmica.Palavras-chave: Libras, Decreto 5.626, Formação, Experiência.Sign language in teacher training: experiences in the states of Espírito Santo and Minas GeraisAbstract: Nowadays, with the dissemination of an inclusion policy, teacher training intends to promote a reflection on differences within the school environment, training professionals to deal with them. Hence, this article discusses the process of legal recognition and dissemination of Brazilian Sign Language (Libras) in Brazil and its establishment as a mandatory subject in teacher training courses. To this purpose, we present the experience of the Federal University of Espírito Santo (UFES) and of one of the Federal Universities of Minas Gerais. Besides analyzing how Libras has been dealt with, we emphasize the various aspects involving it and student exÂperiences with the subject, in order to discuss their impact on the development of future professionals. We have observed that despite the small hour load and content of in this discipline, Libras in Higher Education triggers a consistent process of social, political, cultural and academic transformation.Keywords:Â Libras. Decreto nº 5.626. Development. Experience.Data de registro: 13/04/2015Data de aceite: 26/08/2015Referências:BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais e dá outras providências. 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm>. Acesso em: 02 maio 2014.BRASIL. Decreto nº. 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº. 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei nº. 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm>. Acesso em: 02 maio 2014.BRITO, L. F. Integração social e educação dos surdos. Rio de Janeiro: Babel, 1993.ESPÃRITO SANTO. Lei nº. 5.198, de 25 de março de 1996. Reconhece, no Estado do Espírito Santo, como meio de comunicação objetiva e de uso corrente, a Linguagem Gestual codificada na Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS. Disponível em: <http://www.feneismg.org.br/doc/ESPIRITO%20SANTO%20LEIS%20LIBRAS.pdf>. Acesso em: 02 maio 2014.FENEIS. Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos. Relatório Anual: 1993. Rio de Janeiro: Feneis, 1993.LARROSA, J. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro, n. 19, p. 20 - 28, jan./fev.; mar./ abr. 2002.MINAS GERAIS. Lei nº. 10.379, de 10 de janeiro de 1991. 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Lei nº. 3.195, de 15 de março de 1999. Dispõe sobre o reconhecimento da Libras (língua brasileira de sinais), no estado do Rio de Janeiro, para as pessoas portadoras de deficiência auditiva e dá outras providências. Disponível em: <http://gov-rj.jusbrasil.com.br/legislacao/143679/ lei-3195-99>. Acesso em: 02 maio 2014.ROCHA, S. Histórico do INES. Espaço, Rio de Janeiro, n.7, Jun. 1997. Edição comemorativa 140 anos.RODRIGUES, C. H. Da margem ao centro: preparando um novo campo de debate e reflexão. Revista da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos - Feneis, Rio de Janeiro, n. 42. p. 30 - 34, dez./fev. 2011.SACKS, O. Vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos. São Paulo: Cia das Letras, 1998.SÃO PAULO. Lei nº. 10.958, de 27 de novembro de 2001. Torna oficial a Língua Brasileira de Sinais - LÃBRAS e dá outras providências. Disponível em: http://governo-sp.jusbrasil.com.br/legislacao/165283/lei-10958-01 Acesso em: 02 maio 2014.SKLIAR, C. (Org.). A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação, 1998.SOUZA, R. M. Que palavra que te falta? São Paulo: Martins Fontes, 1998.VIEIRA-MACHADO, L. M. C. Formação de professores de surdos: dispositivos para garantir práticas discursivas. Cadernos de Educação. Pelotas, ano. 19, n. 36, p.45 - 68, maio/ago. 2010. |
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A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação, 1998.SOUZA, R. M. Que palavra que te falta? São Paulo: Martins Fontes, 1998.VIEIRA-MACHADO, L. M. C. Formação de professores de surdos: dispositivos para garantir práticas discursivas. Cadernos de Educação. Pelotas, ano. 19, n. 36, p.45 - 68, maio/ago. 2010. |
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