A ger?ncia de unidades b?sicas de sa?de do Sistema ?nico de Sa?de no Vale do Jequitinhonha / Minas Gerais

• Autor(a) principal: Pertile, Karina Cenci
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFVJM
• Texto Completo: http://acervo.ufvjm.edu.br/jspui/handle/1/2447
• topic: Aten??o Prim?ria ? Sa?de; Gestor de sa?de; Capacita??o profissional; Sistema ?nico de Sa?de; Primary Health Care; Health manager; Professional training; Unified Health System

No campo de assist?ncia ? sa?de, a discuss?o do gerenciamento dos processos de trabalho tem tido destaque, em especial no que se refere ao processo de transforma??o dos servi?os de sa?de no Brasil. O exerc?cio da ger?ncia dos servi?os de sa?de da Aten??o B?sica ? carregado de complexidades e, ainda que existam alguns estudos que buscam descrever como a fun??o gerencial ? desempenhada na AB, n?o h? estudos sobre esse tema entre os profissionais que atuam na microrregi?o de Diamantina, MG. Neste estudo buscou-se investigar como tem sido realizada a fun??o gerencial nas Unidades B?sicas de Sa?de (UBS) com Equipe de Sa?de da Fam?lia do Sistema ?nico de Sa?de, na microrregi?o de Diamantina, MG. Trata-se de um estudo misto de delineamento descritivo-explorat?rio, que foi dividido em duas etapas. Na etapa quantitativa foram aplicados question?rios a 53 profissionais que exercem a ger?ncia de servi?os de sa?de com Estrat?gia Sa?de da Fam?lia, na regi?o em estudo, e os dados foram analisados a partir do software STATA11.0. A an?lise dos dados quantitativos revelou que a categoria profissional que assume predominantemente a ger?ncia dos servi?os ? a enfermagem (98,8%), e confirmou as hip?teses de que os profissionais acumulam fun??es gerenciais ?s assistenciais (86,79%) e que os profissionais n?o tem forma??o espec?fica para a atua??o gerencial (73,58%). Os resultados quantitativos demonstraram ainda que os gerentes reconhecem que as atividades propostas para o trabalho gerencial em uma UBS, relacionadas ? gest?o de pessoas, gest?o de materiais, articula??o de rede e participa??o popular, fazem parte da sua rotina di?ria de trabalho. Entretanto, para algumas dessas quest?es, como ? o caso da gest?o de conflitos, da participa??o social e da regula??o da assist?ncia, os profissionais n?o se sentem plenamente aptos a desenvolv?-las. Na etapa qualitativa foram entrevistados, atrav?s de um roteiro semi-estruturado, seis profissionais que acumulam fun??es gerenciais ?s assistenciais e que realizaram curso de forma??o na ?rea gerencial. As entrevistas foram gravadas e transcritas na ?ntegra, tendo sido analisadas de acordo com a an?lise do conte?do proposta por Minayo (2006). A an?lise das entrevistas revelou que a compreens?o de ger?ncia est? atrelada ?s rotinas burocr?ticas, e que o ac?mulo das fun??es gerenciais ?s assistenciais gera a sensa??o de que o trabalho n?o foi desempenhado adequadamente, j? que ambas as fun??es s?o extensas e complexas. As profissionais que acumulam fun??es sentem-se cansadas, sobrecarregadas, desmotivadas e frustradas. Evidenciou-se, ainda, que os cursos de forma??o deram conta de estabelecer a identidade como gerente, de oferecer ferramentas que facilitaram o trabalho, e de ampliar o olhar das profissionais para o usu?rio, enquanto centro do processo de produ??o de cuidado. Conclui-se que, para que a ger?ncia dos servi?os possa representar um fator de transforma??o das pr?ticas, s?o necess?rias algumas medidas: incentivo financeiro aos munic?pios, pelo Minist?rio da Sa?de, que induza a cria??o do cargo de gerente; apoio institucional pela Secretaria de Estado de Sa?de, que garanta uma constru??o do fazer gerencial em conson?ncia com o que ? preconizado pela Pol?tica Nacional de Aten??o B?sica, al?m de espa?os de Educa??o Permanente; cria??o do cargo de gerente da Aten??o B?sica pelas secretarias municipais de sa?de, desvinculado de atividades assistenciais.