Perspectiva de gênero: representações sociais sobre o homem no processo da gravidez e do nascimento
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFVJM |
Texto Completo: | https://acervo.ufvjm.edu.br/items/81fc4176-b05e-4638-8a44-fd1e4360f19c |
Resumo: | O processo da gravidez e do nascimento (PGN) é ainda considerado como uma função da mulher. Isso geralmente é influenciado pelo determinismo biológico que permite à mulher engravidar e ter filhos. Embora, é indispensável reconhecer que esse processo, desde o seu inicio, também envolve diretamente ao homem. Mas, além do biológico, aquela assinação feminina que se dá ao PGN, tem uma forte influência social, donde os estereótipos de gênero tradicionais cumprem um papel determinante. Neste sentido valorizando a importância do envolvimento do homem no dito processo, foi realizada a presente pesquisa de abordagem qualitativa. O presente estudo teve por objetivo analisar as representações sociais sobre o homem no processo da gravidez e do nascimento do filho (a), considerando os personagens envolvidos: homem, mulher e profissional de saúde. A pesquisa foi realizada na maternidade do Hospital Nossa Senhora da Saúde da cidade de Diamantina. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas nos 17 participantes, dos quais foram 5 mulheres/mães, 5 homens/país e 7 profissionais de saúde; sendo esse número definido em cada grupo por o critério de saturação. As entrevistas foram gravadas, transcritas e submetidas à análise de conteúdo, juntamente com os dados obtidos pela observação participante que foi a segunda técnica de recolecção de dados. O analise de conteúdo permitiu identificar quatro grandes categorias: Estereótipos de gênero, profissionais de saúde e a participação do homem, fatores externos na participação do homem e benefícios da participação do homem, no PGN respectivamente. Em sentido geral o PGN tem ainda a representação de ser de responsabilidade e participação basicamente feminina. Isso é mais evidente em etapas relacionadas ao planejamento familiar e durante a gravidez, pois durante o parto e o nascimento percebe-se certa aproximação na participação do homem, mais enfatizando sua presencia como símbolo de companhia, fortaleza e segurança para a mãe. Evidencia-se que os estereótipos de gênero tradicionais, aqueles que reforçam a ideia de que o processo em questão é de responsabilidade basicamente feminina e que desligam ao homem dos cuidados e da assistência sanitária que envolve esse processo, estão fortemente arraigados não só nos homens, más também nas mulheres e nos mesmos profissionais de saúde participantes, que às vezes reforçam esses estereótipos no seu agir profissional. Um aspecto relevante que surgiu na presente pesquisa é que o trabalho de parto e o parto são cenários de confrontação, ambivalência e dualidade para os homens, pois convergem dois tipos de masculinidade. Assim por um lado é um cenário que replica algumas características da masculinidade hegemónica: o homem como símbolo de fortaleza e segurança. Por outro lado é uma etapa muito sensível, que permite que os homens demostrem alguns sentimentos como medo, dor e insegurança, caraterísticas que vão à contra da masculinidade tradicional, mais que oferece uma janela de mudança da masculinidade hegemónica fortemente mantida na sociedade. Nesse contexto, é importante que os profissionais de saúde, tornem-se agentes de mudança e promovam partos mais humanizados e acolhedores, considerando como ponto chave a perspectiva de gênero nesse processo, mas também na saúde sexual e reprodutiva em geral. |
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Torres, Yasmine Karina SotomayorPaes, Sílvia ReginaDias, Ana Catarina PerezVitorino, Débora Fernandes de MeloMorais, Rosane Luzia de SouzaUniversidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Paes, Sílvia Regina2017-10-09T13:50:02Z2017-10-09T13:50:02Z20172017-03-20TORRES, Yasmine Karina Sotomayor. Perspectiva de gênero: representações sociais sobre o homem no processo da gravidez e do nascimento. 2017. 101 p. Dissertação (Mestrado Profissional) – Programa de Pós-Graduação em Saúde, Sociedade e Ambiente, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2017.https://acervo.ufvjm.edu.br/items/81fc4176-b05e-4638-8a44-fd1e4360f19cO processo da gravidez e do nascimento (PGN) é ainda considerado como uma função da mulher. Isso geralmente é influenciado pelo determinismo biológico que permite à mulher engravidar e ter filhos. Embora, é indispensável reconhecer que esse processo, desde o seu inicio, também envolve diretamente ao homem. Mas, além do biológico, aquela assinação feminina que se dá ao PGN, tem uma forte influência social, donde os estereótipos de gênero tradicionais cumprem um papel determinante. Neste sentido valorizando a importância do envolvimento do homem no dito processo, foi realizada a presente pesquisa de abordagem qualitativa. O presente estudo teve por objetivo analisar as representações sociais sobre o homem no processo da gravidez e do nascimento do filho (a), considerando os personagens envolvidos: homem, mulher e profissional de saúde. A pesquisa foi realizada na maternidade do Hospital Nossa Senhora da Saúde da cidade de Diamantina. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas nos 17 participantes, dos quais foram 5 mulheres/mães, 5 homens/país e 7 profissionais de saúde; sendo esse número definido em cada grupo por o critério de saturação. As entrevistas foram gravadas, transcritas e submetidas à análise de conteúdo, juntamente com os dados obtidos pela observação participante que foi a segunda técnica de recolecção de dados. O analise de conteúdo permitiu identificar quatro grandes categorias: Estereótipos de gênero, profissionais de saúde e a participação do homem, fatores externos na participação do homem e benefícios da participação do homem, no PGN respectivamente. Em sentido geral o PGN tem ainda a representação de ser de responsabilidade e participação basicamente feminina. Isso é mais evidente em etapas relacionadas ao planejamento familiar e durante a gravidez, pois durante o parto e o nascimento percebe-se certa aproximação na participação do homem, mais enfatizando sua presencia como símbolo de companhia, fortaleza e segurança para a mãe. Evidencia-se que os estereótipos de gênero tradicionais, aqueles que reforçam a ideia de que o processo em questão é de responsabilidade basicamente feminina e que desligam ao homem dos cuidados e da assistência sanitária que envolve esse processo, estão fortemente arraigados não só nos homens, más também nas mulheres e nos mesmos profissionais de saúde participantes, que às vezes reforçam esses estereótipos no seu agir profissional. Um aspecto relevante que surgiu na presente pesquisa é que o trabalho de parto e o parto são cenários de confrontação, ambivalência e dualidade para os homens, pois convergem dois tipos de masculinidade. Assim por um lado é um cenário que replica algumas características da masculinidade hegemónica: o homem como símbolo de fortaleza e segurança. Por outro lado é uma etapa muito sensível, que permite que os homens demostrem alguns sentimentos como medo, dor e insegurança, caraterísticas que vão à contra da masculinidade tradicional, mais que oferece uma janela de mudança da masculinidade hegemónica fortemente mantida na sociedade. Nesse contexto, é importante que os profissionais de saúde, tornem-se agentes de mudança e promovam partos mais humanizados e acolhedores, considerando como ponto chave a perspectiva de gênero nesse processo, mas também na saúde sexual e reprodutiva em geral.Dissertação (Mestrado Profissional) – Programa de Pós-Graduação em Saúde, Sociedade e Ambiente, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, 2017.The pregnancy and birth process (PBP) are still considered as women function. This generally is influenced by the biological determinism that has the woman during the pregnancy, of having children . Nevertheless, it is indispensable to admit that this process, from his beginning, also involves directly the man. But, besides the biological thing, the PBP has a strong social influence as famenine assignment, where the traditional gender stereotypes are still determinant. In this respect, valuing the importance of involving the man in this process, there was realized the present qualitative boarding investigation. The present study had as analyze the social representations of the man in the process of the pregnancy and the birth of his/her children, considering the prominent figures: man, woman and health professional. The investigation was realized in the Hospital Nossa Senhora da Saúde in the city of Diamantina, Brazil. There were realized semistructured interviews in 17 participants, of which they were 5 women / mothers, 5 men / father and 7 health professionals; being this number defined by the saturation criterion. The interviews were recorded, transcribed and submitted to the analysis of content, nitedly with the information obtain edby the observation participant, who was the second technique of compilation of information. The analysis of contental lowed to identify four big categories: Gender Stereotypes, health professionals, external factors, and benefits of the men participation in the PBP respectively. In general sense the PBP it has still there presentation of being of feminine responsibility. This is more evident in stages related to the familiar planning during the pregnancy, so during the child birthand the birth certain men approximation is perceived, but emphasizing that presence as a symbol of company, strength and security for women. There is demonstrated that the traditional gender stereotypes, those that reinforce the idea of that the process in question is basically feminine responsibility and left men out of the care sand sanitary assistance involved in this process. These ideas are strongly deep-rooted not only in men, but also in women, and health professionals participants, who sometimes reinforce these stereotypes in their sanitary activity. One relevant aspect that emerged in the present investigation is that labor and delivery itself are scenarios of confrontation, ambivalence and duality for men, since two types of masculinity converge. Thus, on the one hand, it is a scenario that replicates some characteristics of hegemonic masculinity: man as a symbol of strength and security. On the other hand is a very sensitive stage, which allows men to show some feelings such as fear, pain, insecurity, characteristics that go against traditional masculinity, but offers a window of change of hegemonic masculinity that is Strongly maintained in society. In this context, it is important that health professionals become agents of change and promote more humanized and welcoming deliveries, considering as a key point the gender perspective in this process, as well as in sexual and reproductive health in general.El proceso del embarazo e del nacimiento (PEN) es considerado como función de la mujer. Esto está influenciado por el determinismo biológico que tiene la mujer del embarazo, de tener hijos. Pero, es indispensable reconocer que este proceso, desde su inicio, también involucra directamente al hombre. Además de lo biológico, aquella asignación femenina que se le da al PEN, tiene una fuerte influencia social, donde los estereotipos de género tradicionales cumplen un papel determinante. En este sentido, valorando la importancia de involucrar al hombre en ese proceso, fue realizada la presente investigación cualitativo. El estudio tuvo como objetivo analizar las representaciones sociales del hombre en el proceso del embarazo y el nacimiento del hijo(a), considerando a los personajes envueltos: hombre, mujer y profesional de salud. Se realizado en el Hospital Nossa Senhora da Saúde en Diamantina. Fueron realizadas entrevistas semiestructuradas en los 17 participantes, de los cuales fueron madres, 5 padres y 7 profesionales de salud; siendo ese número definido por el criterio de saturación. Las entrevistas fueron grabadas, transcritas e sometidas al análisis de contenido, juntamente con los datos obtenidos por la observación participante. El análisis de contenido permitió identificar cuatro grandes categorías: Estereotipos de género, profesionales de salud, factores externos, e beneficios, de la participación del hombre en el PEN respectivamente. En sentido general el PEN tiene aún la representación de ser de responsabilidad femenina. Esto es más evidente en etapas relacionadas a la planificación familiar e durante el embarazo, pues durante el parto e el nacimiento se percibe cierta aproximación en la participación del hombre, pero enfatizando esa presencia como símbolo de compañía, fortaleza e seguridad para la mujer. Se evidencia que los estereotipos de género tradicional, aquellos que refuerzan la idea de que el proceso en cuestión es de responsabilidad básicamente femenina e que desligan al hombre de los cuidados e de la asistencia sanitaria que involucra ese proceso, están fuertemente arraigados no sólo en los hombres, sino también en las mujeres, e, en los mismos profesionales de salud participantes, quienes a veces refuerzan esos estereotipos en su actividad sanitaria. Un aspecto relevante que surgió en la presente investigación es que el trabajo de parto y el parto en sí, son escenarios de confrontación, ambivalencia e dualidad para los hombres, pues convergen dos tipos de masculinidad. Así, por un lado es un escenario que replica algunas características de la masculinidad hegemónica: el hombre como símbolo de fortaleza e seguridad. Por otro lado es una etapa muy sensible, que permite que los hombres demuestren algunos sentimientos como el miedo, el dolor, la inseguridad, características que van en contra de la masculinidad tradicional, pero que ofrece una ventana de cambio de la masculinidad hegemónica que es fuertemente mantenida en la sociedad. En este contexto, es importante que los profesionales de salud, se conviertan en agentes de cambio e promuevan partos más humanizados e acogedores, considerando como punto clave la perspectiva de género en este proceso, así como en la salud sexual y reproductiva en general.porUFVJMA concessão da licença deste item refere-se ao à termo de autorização impresso assinado pelo autor, assim como na licença Creative Commons, com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e o IBICT a disponibilizar por meio de seus repositórios, sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, e preservação, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessPerspectiva de gênero: representações sociais sobre o homem no processo da gravidez e do nascimentoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisGêneroRepresentações sociaisGravidezNascimentoMasculinidadeEstereótipos de gêneroPaternidadeGenderSocial representationPregnancyChildbirthMasculinityGender stereotypesFatherhoodGéneroRepresentaciones socialesEmbarazoNacimientoMasculinidadEstereotipos de géneroPaternidadreponame:Repositório Institucional da UFVJMinstname:Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)instacron:UFVJMTHUMBNAILyasmine_karina_sotomayor_torres.pdf.jpgyasmine_karina_sotomayor_torres.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2652https://acervo.ufvjm.edu.br//bitstreams/9d2303e0-a40f-42d5-a217-8ee64510ea8c/download8e6e7011879f0d5e1f7560352d314789MD57falseAnonymousREADORIGINALyasmine_karina_sotomayor_torres.pdfyasmine_karina_sotomayor_torres.pdfapplication/pdf1818950https://acervo.ufvjm.edu.br//bitstreams/83489abc-f575-4b2d-95af-8152693d3856/download0adcc85d2666195b25db2a64679fe4efMD51trueAnonymousREADCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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