Essays on multidimensional poverty and gender in Brazil
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Data de Publicação: | 2023 |
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Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/31715 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.472 |
Resumo: | Esta tese se dedicou em estudar a pobreza multidimensional no Brasil com enfoque de gênero. Especificamente, considerou-se a pobreza como um fenômeno que afeta a vida das pessoas em vários aspectos além da renda, como educação, emprego e condições de vida. Além disso, considerou-se que a pobreza é impulsionada de forma diferente por homens e mulheres devido às diferenças sociais, econômicas e culturais de gênero. Assim, o primeiro ensaio teve como objetivo analisar a pobreza multidimensional no Brasil com uma desagregação das disparidades de gênero, raça e regional. Para tanto, foi construído um Índice de Pobreza Multidimensional com onze indicadores (anos de estudo, alfabetização, emprego, renda, eletricidade, saneamento, água, coleta de lixo, combustível para cozinhar, patrimônio e superlotação) em quatro dimensões (educação, emprego, renda, e condições de moradia). Foram utilizados dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2004 a 2015. Os resultados encontrados neste capítulo indicam que as mulheres apresentam maior privação do que os homens. Elas são a maioria das pessoas que vivem na pobreza e sofrem uma forma de pobreza mais intensa do que os homens. As mulheres negras e as que vivem no meio rural estão em situação ainda pior. Também foi possível observar que emprego e renda são as dimensões que impulsionam a pobreza multidimensional no Brasil e que as mulheres no Brasil têm dificuldade em transformar educação em renda. Além disso, os resultados mostraram que a pobreza das mulheres tem diminuído mais lentamente do que a dos homens. O segundo ensaio, por sua vez, buscou analisar se a migração e os empregos não agrícolas podem ser vistos como saídas da pobreza multidimensional para os indivíduos do Brasil rural, também fazendo um enfoque de gênero. A relação entre essas estratégias de subsistência e pobreza multidimensional foi estimada pelo método de mínimos quadrados em dois estágios, considerando eventos climáticos extremos de temperatura e precipitação como instrumentos para migração e trabalho não agrícola, uma vez que podem ser considerados endógenos. Os dados utilizados também foram da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2004 a 2015. Como variável dependente, foi utilizado o score de privação calculado pelo método do Índice de Pobreza Multidimensional. Os resultados deste artigo sugerem que a realização de atividades não agrícolas pode atuar como saída da pobreza no Brasil rural, reduzindo a privação, mas apenas para os homens, e que a migração é irrelevante para explicar as mudanças na privação. De maneira geral, esta tese contribui teórica e empiricamente para a compreensão de diversas facetas da pobreza no Brasil. Palavras-chave: Pobreza Multidimensional. Privação. Gênero. |
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Neves, Mateus de Carvalho ReisBatista, Andrezza Luizahttp://lattes.cnpq.br/9979920236886954Lelis, Lorena Vieira Costa2023-10-31T13:03:47Z2023-10-31T13:03:47Z2023-06-23BATISTA, Andrezza Luiza. Essays on multidimensional poverty and gender in Brazil. 2023. 99 f. Tese (Doutorado em Economia Aplicada) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2023.https://locus.ufv.br//handle/123456789/31715https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.472Esta tese se dedicou em estudar a pobreza multidimensional no Brasil com enfoque de gênero. Especificamente, considerou-se a pobreza como um fenômeno que afeta a vida das pessoas em vários aspectos além da renda, como educação, emprego e condições de vida. Além disso, considerou-se que a pobreza é impulsionada de forma diferente por homens e mulheres devido às diferenças sociais, econômicas e culturais de gênero. Assim, o primeiro ensaio teve como objetivo analisar a pobreza multidimensional no Brasil com uma desagregação das disparidades de gênero, raça e regional. Para tanto, foi construído um Índice de Pobreza Multidimensional com onze indicadores (anos de estudo, alfabetização, emprego, renda, eletricidade, saneamento, água, coleta de lixo, combustível para cozinhar, patrimônio e superlotação) em quatro dimensões (educação, emprego, renda, e condições de moradia). Foram utilizados dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2004 a 2015. Os resultados encontrados neste capítulo indicam que as mulheres apresentam maior privação do que os homens. Elas são a maioria das pessoas que vivem na pobreza e sofrem uma forma de pobreza mais intensa do que os homens. As mulheres negras e as que vivem no meio rural estão em situação ainda pior. Também foi possível observar que emprego e renda são as dimensões que impulsionam a pobreza multidimensional no Brasil e que as mulheres no Brasil têm dificuldade em transformar educação em renda. Além disso, os resultados mostraram que a pobreza das mulheres tem diminuído mais lentamente do que a dos homens. O segundo ensaio, por sua vez, buscou analisar se a migração e os empregos não agrícolas podem ser vistos como saídas da pobreza multidimensional para os indivíduos do Brasil rural, também fazendo um enfoque de gênero. A relação entre essas estratégias de subsistência e pobreza multidimensional foi estimada pelo método de mínimos quadrados em dois estágios, considerando eventos climáticos extremos de temperatura e precipitação como instrumentos para migração e trabalho não agrícola, uma vez que podem ser considerados endógenos. Os dados utilizados também foram da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2004 a 2015. Como variável dependente, foi utilizado o score de privação calculado pelo método do Índice de Pobreza Multidimensional. Os resultados deste artigo sugerem que a realização de atividades não agrícolas pode atuar como saída da pobreza no Brasil rural, reduzindo a privação, mas apenas para os homens, e que a migração é irrelevante para explicar as mudanças na privação. De maneira geral, esta tese contribui teórica e empiricamente para a compreensão de diversas facetas da pobreza no Brasil. Palavras-chave: Pobreza Multidimensional. Privação. Gênero.This thesis is dedicated to studying Brazil's multidimensional poverty with a gender focus. Specifically, we consider poverty a phenomenon that affects people’s live’s in several aspects other than income, such as education, employment, and living conditions. Also, we consider that poverty is driven differently by men and women due to social, economic, and cultural gender differences. Hence, the first essay aimed to analyze the multidimensional poverty in Brazil with a breakdown of gender, race, and regional disparities. To do so, a Multidimensional Poverty Index was constructed with eleven indicators (years of schooling, literacy, employment, income, electricity, sanitation, water, garbage disposal, cooking fuel, assets, and overcrowding) within four dimensions (education, employment, income, and living standards). We used data from the National Household Sample Survey (PNAD) from 2004 to 2015. The results found in this chapter indicated that women have higher deprivation than men. They are the majority of people experiencing poverty and suffer a more intense form of poverty than men. Black women and the ones living in rural areas are in a situation even worse. We also found that employment and income are the dimensions that drive multidimensional poverty in Brazil and that women in Brazil have difficulty transforming education into income. Additionally, results showed that women’s poverty has been reducing slower than men’s. The second essay analyzed whether migration and nonagricultural jobs can be seen as pathways out of multidimensional poverty for individuals from rural Brazil, breaking it down by gender. The relationship between livelihood strategies and multidimensional poverty was estimated by a two-stage least squares estimation considering extreme climate events in temperature and precipitation as instruments for migration and nonfarm performance since they can be considered endogenous. The data used was also the National Household Sample Survey (PNAD) from 2004 to 2015. We used the deprivation score calculated by the Multidimensional Poverty Index method for the dependent variable. The results of this paper suggest that performing nonagricultural activities can act as pathways out of poverty in rural Brazil, reducing deprivation, but only for men, and that migration is irrelevant in explaining the changes in deprivation. In general, this thesis contributes theoretically and empirically to understanding several facets of poverty in Brazil. Keywords: Multidimensional poverty. Deprivation. Gender.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoengUniversidade Federal de ViçosaEconomia AplicadaMulheres - Condições sociaisPobrezaEconomia do Bem-Estar SocialEssays on multidimensional poverty and gender in BrazilEnsaios sobre pobreza multidimensional e gênero no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Economia RuralDoutor em Economia AplicadaViçosa - MG2023-06-23Doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf1001967https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/31715/1/texto%20completo.pdfd58f638c7732ce35b03060a9a0cbedc5MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/31715/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/317152023-10-31 10:03:48.616oai:locus.ufv.br:123456789/31715Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452023-10-31T13:03:48LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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