Estratégias reprodutivas de espécies co-ocorrentes de Mikania (Asteraceae)
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8859 |
Resumo: | Mikania (Eupatorieae, Asteraceae) é um dos maiores e mais comuns gêneros de trepadeiras neotropicais. Seu principal centro diversidade inclui a região dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, estendendo-se até o Paraná e Santa Catarina. Em 2003 e 2004, estudei a fenologia reprodutiva, a morfologia e a biologia floral e os visitantes florais de duas espécies co-ocorrentes, Mikania glomerata Spreng. e M. hirsutissima DC.. O Trabalho de campo foi conduzido na Estação de Pesquisa, Treinamento e Educação Ambiental Mata do Paraíso, em Viçosa, Minas Gerais (20°45’S, 42°54’W). Essas duas espécies ocorrem no Brasil, de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, na Argentina e no Paraguai. No local de estudo, plantas individuais crescem em áreas abertas, como a borda da floresta e clareiras, e sobre a copa de árvores. Os capítulos de Mikania possuem quatro flores, quatro brácteas involucrais e uma bráctea sub-involucral. Na Mata do Paraíso, Mikania glomerata e M. hirsutissima tem um período de floração que vai de agosto à setembro (fianla da estação seca)e o comportamento de floração e frutificação, destas espéceis pode ser classificado como “anual- intermediário”. Em M. hirsutissima, as brácteas sub-involucrais e as involucrais de protegem os botões e as flores e também servem para atraír polinizadores e auxiliar na dispersão. Todavia, em M. glomerata, a função dessas estruturas esta restrita à proteção do ovário e ajuda na dispersão. Nas duas espécies, a antese ocorre pela manhã, das 7h:00 às 9h:00. As flores são protândricas e duram de quatro a 13 dias. Três movimentos, dois destes servem para expor grãos de pólen para os vissitantes, caractreriza a fase masculina; há um mecanismo do tipo escova de apresentação secundária de pólen. Quatro movimentos dos ramos do estilete, caracteriza a fase feminina, que é longeva em relação à masculina. Insetos visitaram os capítulos durante a fase feminina, quando reportei: (i) anteras pigmentadas; (ii) perfume; (iii) nectários ativos; e (iv) fendas aumentando progressivamente entre filetes adjacentes. O nectário, que é pistilar e persistente, facilita a dispersão anemocórica dos diásporos (outubro-novembro). Ambas as espécies são entomófilas generalistas, embora abelhas sociais tenham sido os principais polinizadores |
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Bittencourt Júnior, Nelson SabinoOkano, Rita Maria de CarvalhoEiterer, Marinêshttp://lattes.cnpq.br/5218990860585330Vieira, Milene Faria2016-10-18T12:47:08Z2016-10-18T12:47:08Z2005-06-30EITERER, Marinês. Estratégias reprodutivas de espécies co-ocorrentes de Mikania (Asteraceae). 2005. 45 f. Dissertação (Mestrado em Botânica) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2005.http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8859Mikania (Eupatorieae, Asteraceae) é um dos maiores e mais comuns gêneros de trepadeiras neotropicais. Seu principal centro diversidade inclui a região dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, estendendo-se até o Paraná e Santa Catarina. Em 2003 e 2004, estudei a fenologia reprodutiva, a morfologia e a biologia floral e os visitantes florais de duas espécies co-ocorrentes, Mikania glomerata Spreng. e M. hirsutissima DC.. O Trabalho de campo foi conduzido na Estação de Pesquisa, Treinamento e Educação Ambiental Mata do Paraíso, em Viçosa, Minas Gerais (20°45’S, 42°54’W). Essas duas espécies ocorrem no Brasil, de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, na Argentina e no Paraguai. No local de estudo, plantas individuais crescem em áreas abertas, como a borda da floresta e clareiras, e sobre a copa de árvores. Os capítulos de Mikania possuem quatro flores, quatro brácteas involucrais e uma bráctea sub-involucral. Na Mata do Paraíso, Mikania glomerata e M. hirsutissima tem um período de floração que vai de agosto à setembro (fianla da estação seca)e o comportamento de floração e frutificação, destas espéceis pode ser classificado como “anual- intermediário”. Em M. hirsutissima, as brácteas sub-involucrais e as involucrais de protegem os botões e as flores e também servem para atraír polinizadores e auxiliar na dispersão. Todavia, em M. glomerata, a função dessas estruturas esta restrita à proteção do ovário e ajuda na dispersão. Nas duas espécies, a antese ocorre pela manhã, das 7h:00 às 9h:00. As flores são protândricas e duram de quatro a 13 dias. Três movimentos, dois destes servem para expor grãos de pólen para os vissitantes, caractreriza a fase masculina; há um mecanismo do tipo escova de apresentação secundária de pólen. Quatro movimentos dos ramos do estilete, caracteriza a fase feminina, que é longeva em relação à masculina. Insetos visitaram os capítulos durante a fase feminina, quando reportei: (i) anteras pigmentadas; (ii) perfume; (iii) nectários ativos; e (iv) fendas aumentando progressivamente entre filetes adjacentes. O nectário, que é pistilar e persistente, facilita a dispersão anemocórica dos diásporos (outubro-novembro). Ambas as espécies são entomófilas generalistas, embora abelhas sociais tenham sido os principais polinizadoresMikania (Eupatorieae, Asteraceae) is a common and large genus of Neotropical vines. Its major center of diversity includes Southeastern-Southern Brazil, from Minas Gerais and Rio de Janeiro to Paraná and Santa Catarina states. During 2003-2004, I studied reproductive phenology, floral morphology, floral biology, and visitors of two co-occurring species, Mikania glomerata Spreng. and M. hirsutissima DC. Fieldwork was conduced in the Estação de Pesquisa, Treinamento e Educação Ambiental Mata do Paraíso, Viçosa, Minas Gerais (20°45’S, 42°54’W). These two species occur in Brazil, from Minas Gerais to Rio Grande do Sul, Argentine and Paraguay. In the study area, individual plants of both species grown in open sites, like forest edges and clearings, and over tree crowns. Mikania sustains 4-flowered heads, with four involucral bracts and one subinvolucral bract. In the Mata do Paraíso, Mikania glomerata and M. hirsutissima has a flowering period that goes from August to September (late dry season); the flowering and fruiting behavior of these species can be assigned as “annual-intermediate”. In M. hirsutissima bracts protected the flowers and flower buds and also served to attract pollinators and aid dispersal. However, in M. glomerata the function of these structures is restricted to protect the ovary and aid dispersal. In both species, anthesis occurs at morning, from 07h00 to 09h00. The flowers are protandrous and last ca. 13 days. Three movements of style, two of which serve to expose the pollen grains to visitors, characterize male period; there is a brushing mechanism of secondary pollen presentation. Four movements of style arms characterize female period, which is longer than male period. Insects visit the heads during female period, when I also reported: (i) pigmented anthers, (ii) scent, (iii) nectary activities, and (iv) crevices progressively enlarged between adjacent filaments. The nectary, which is pistillate and persistent, facilitate the anemochory dispersal of diaspores (October-November). Both species are generalist entomogamous, although during this study the major pollinator were social bees.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de ViçosaMikania - FloraçãoMikania - FenologiaTrepadeiraPolinização por insetoCiências BiológicasEstratégias reprodutivas de espécies co-ocorrentes de Mikania (Asteraceae)Reproductive strategies of co-occurring species of Mikania (Asteraceae)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Biologia VegetalMestre em BotânicaViçosa - MG2005-06-30Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf416798https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/8859/1/texto%20completo.pdf66dfa488f4ac2188e36f1919d0f73205MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/8859/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3562https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/8859/3/texto%20completo.pdf.jpg3d34d9f2210f36c00ab9685006732d97MD53123456789/88592016-10-18 22:00:32.191oai:locus.ufv.br:123456789/8859Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452016-10-19T01:00:32LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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