Casein hydrogels: Interaction with bioactive compounds and vegetable proteins
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
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Texto Completo: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/30987 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.604 |
Resumo: | Hidrogéis são redes tridimensionais capazes de reter uma grande quantidade de água.Eles podem ser formados por uma ampla gama de polímeros, sozinhos ou em combinação, e têm diferentes aplicações dependendo de sua composição e características reológicas. Na indústria alimentícia, os hidrogéis são projetados principalmente para funcionar como um sistema transportador de compostos bioativos ou para ajustar a textura, mastigabilidade, e retenção de água dos alimentos. A facilidade de modular a estrutura e as interações das micelas de caseína (CMs) pela aplicação de tratamentos fisicos, químicos ou enzimáticos, fazem delas uma excelente matriz proteica para a formulação de hidrogéis. Além disso, o uso de hidrogéis de caseína também pode ser uma forma de incorporar mais proteinas de origem vegetal na alimentação humana. As misturas de proteínas vegetais com caseinas têm sido vistas como uma alternativa mais sustentável à uma dieta baseada principalmente em proteinas animais. Uma vez que, com a mistura, os inconvenientes dos produtos de proteina vegetal pura, como gosto de feijão e baixa solubilidade, podem ser potencialmente diminuídos pela presença de caseinas. No entanto, as interações dos CMs com micromoléculas como compostos bioativos ou macromoléculas como proteinas, podem alterar as caracteristicas do gel. Assim, este estudo propôs a utilização de hidrogel à base de caseína em duas aplicações distintas, l. em associação com compostos bioativos extraídos de Jabuticaba, usando transglutaminase para modulação da microestrutura dos géis e ii. em associação com proteínas de ervilha, em diferentes proporções, submetidas a condições de processo usualmente aplicadas na indústria alimentícia como tratamento térmico e acidificação. Além disso, ultrassom de alta intensidade também foi aplicado. A adição do extrato bioativo nos géis diminuiu sua elasticidade e aumentou o tamanho dos poros. No entanto, esses efeitos foram contrabalanceados pelo uso da transglutaminase como agente de reticulação, que modulou a liberação dos extratos bioativos do gel. Nos sistemas CMs: proteinas de ervilha, o tratamento térmico aumentou a elasticidade dos sistemas com maior impacto nos sistemas com mais proteína de ervilha. O fortalecimento do gel é causado principalmente por interações físicas entre as proteínas da ervilha, com ligações dissulfeto ocorrendo apenas entre proteinas da mesma fonte. Durante a acidificação, a substituição de 20 e 40% de CMs por proteina de ervilha causou perturbação nas etapas iniciais de formação da rede tridimensional de CMs. Porém, as elasticidades finais dos géis foram maiores que no gel puro de CMs, devido à gelificação das proteínas de ervilha. Em geral, as proteínas de diferentes fontes formam redes de proteínas independentes mesmo em altas concentrações. Apesar da reduzida interação entre CMs e proteínas de ervilha, suas distribuições no gel é responsável por modular a rigidez final. Além disso, a aplicação de ultrassom de alta intensidade nas suspensões mistas aumentou a elasticidade dos géis ácidos em até 10 vezes, dependendo da proporção proteica. Este estudo mostra que a associação de CMs com moléculas bioativas ou proteínas de ervilha em sistemas gelificados tem potencial para o desenvolvimento de alimentos funcionais ou de alimentos com características reológicas totalmente novas.Palavras-chave: Hidrogéis. Caseina. Transglutaminases. Compostos bioativos. Gelificação. |
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Casanova, FedericoNascimento, Luis Gustavo Limahttp://lattes.cnpq.br/0331182607360903Carvalho, Antônio Fernandes de2023-05-31T12:35:14Z2023-05-31T12:35:14Z2022-08-29NASCIMENTO, Luis Gustavo Lima. Casein hydrogels: Interaction with bioactive compounds and vegetable proteins. 2022. 189 f. Tese (Doutorado em Ciência e Tecnologia de Alimentos) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2022.https://locus.ufv.br//handle/123456789/30987https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.604Hidrogéis são redes tridimensionais capazes de reter uma grande quantidade de água.Eles podem ser formados por uma ampla gama de polímeros, sozinhos ou em combinação, e têm diferentes aplicações dependendo de sua composição e características reológicas. Na indústria alimentícia, os hidrogéis são projetados principalmente para funcionar como um sistema transportador de compostos bioativos ou para ajustar a textura, mastigabilidade, e retenção de água dos alimentos. A facilidade de modular a estrutura e as interações das micelas de caseína (CMs) pela aplicação de tratamentos fisicos, químicos ou enzimáticos, fazem delas uma excelente matriz proteica para a formulação de hidrogéis. Além disso, o uso de hidrogéis de caseína também pode ser uma forma de incorporar mais proteinas de origem vegetal na alimentação humana. As misturas de proteínas vegetais com caseinas têm sido vistas como uma alternativa mais sustentável à uma dieta baseada principalmente em proteinas animais. Uma vez que, com a mistura, os inconvenientes dos produtos de proteina vegetal pura, como gosto de feijão e baixa solubilidade, podem ser potencialmente diminuídos pela presença de caseinas. No entanto, as interações dos CMs com micromoléculas como compostos bioativos ou macromoléculas como proteinas, podem alterar as caracteristicas do gel. Assim, este estudo propôs a utilização de hidrogel à base de caseína em duas aplicações distintas, l. em associação com compostos bioativos extraídos de Jabuticaba, usando transglutaminase para modulação da microestrutura dos géis e ii. em associação com proteínas de ervilha, em diferentes proporções, submetidas a condições de processo usualmente aplicadas na indústria alimentícia como tratamento térmico e acidificação. Além disso, ultrassom de alta intensidade também foi aplicado. A adição do extrato bioativo nos géis diminuiu sua elasticidade e aumentou o tamanho dos poros. No entanto, esses efeitos foram contrabalanceados pelo uso da transglutaminase como agente de reticulação, que modulou a liberação dos extratos bioativos do gel. Nos sistemas CMs: proteinas de ervilha, o tratamento térmico aumentou a elasticidade dos sistemas com maior impacto nos sistemas com mais proteína de ervilha. O fortalecimento do gel é causado principalmente por interações físicas entre as proteínas da ervilha, com ligações dissulfeto ocorrendo apenas entre proteinas da mesma fonte. Durante a acidificação, a substituição de 20 e 40% de CMs por proteina de ervilha causou perturbação nas etapas iniciais de formação da rede tridimensional de CMs. Porém, as elasticidades finais dos géis foram maiores que no gel puro de CMs, devido à gelificação das proteínas de ervilha. Em geral, as proteínas de diferentes fontes formam redes de proteínas independentes mesmo em altas concentrações. Apesar da reduzida interação entre CMs e proteínas de ervilha, suas distribuições no gel é responsável por modular a rigidez final. Além disso, a aplicação de ultrassom de alta intensidade nas suspensões mistas aumentou a elasticidade dos géis ácidos em até 10 vezes, dependendo da proporção proteica. Este estudo mostra que a associação de CMs com moléculas bioativas ou proteínas de ervilha em sistemas gelificados tem potencial para o desenvolvimento de alimentos funcionais ou de alimentos com características reológicas totalmente novas.Palavras-chave: Hidrogéis. Caseina. Transglutaminases. Compostos bioativos. Gelificação.Hydrogels are three-dimensional networks able to entrap a high amount of water. They can be formed by a wide range of polymers alone or in combination and have different applications depending on their composition and rheological features. In the food industry, hydrogels are mainly designed to work as a carrier system of bioactive compounds or to tailor the texture, mouthfeel, and water retention of foods. The facility to modulate Casein micelles (CMs) structure and interactions by application of physical, chemical, or enzymatic treatments, makes it an excellent protein matrix for the hydrogel's formulation. Moreover, the use of casein hydrogels can be also a way to incorporate more plant proteins into human food. The mixtures of plant proteins with caseins have been viewed as a more sustainable alternative to a diet based mainly on animal proteins. Since, in the mixture, the drawbacks of pure plant protein producis, such as beany taste and low solubility, could be potentially diminished by the presence of caseins. Nevertheless, the CMs' interactions with micro molecules such as bioactive compounds or macromolecules such as proteins can alter the features of the gel. Thus, this study proposed the utilization of casein-based hydrogel in two distinct applications, |. in association with bioactive compounds extracted from Jabuticaba fruit with the use of transglutaminase for modulation of gels' microstructure and ii. in association with pea proteins (in different ratios) submitted to process conditions usually applied in the food industry such as thermal treatment and acidification, in addition, high-intensity ultrasounds also were applied. The addition of the bioactive extract in the gels decreased the gel elasticity and increase the pore sizes. However, these effects were contra-balanced by using transglutaminase as the crosslinking agent, which could modulate the release of the bioactive extracts from the gel. In the CMs: pea proteins systems, the heat treatment increased the elasticity of the systems with a higher impact in the systems with more pea protein. The network reinforcement is caused mainly by physical interactions between pea proteins, with disulfide bonds occurring only between proteins of the same source. During acidification, the replacement of 20 and 40% of CMs for pea protein disturbed the initial steps of CMs network formation, however, the final gel elasticity was higher than pure CMs gel due to the formation of the pea's network. In general, the proteins of different sources form independent protein networks even in high concentrations. Despite the reduced interaction between CMs and pea proteins, their distribution in the gel is responsible for modulating the final stiffness. In addition, the application of high-intensity ultrasound in the mixed suspensions increased the elasticity of the acid gels up to 10 times, depending on the protein ratio. This study shows that the association of CMs with bioactive molecules or pea proteins in gelled systems has the potential for the development of functional foods or foods with totally new rheological features.Keywords: Hydrogels. Casein. Transglutaminases. Bioactive compounds. Gelification.CNPQ -Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoengUniversidade Federal de ViçosaCiência e Tecnologia de AlimentosHidrogéisCaseínaTransglutaminasesCompostos bioativosGelificaçãoErvilhaCiência de AlimentosCasein hydrogels: Interaction with bioactive compounds and vegetable proteinsHidrogéis de caseína: interação com compostos bioativos e proteinas vegetaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Tecnologia de AlimentosDoutor em Ciência e Tecnologia de AlimentosViçosa - MG2022-08-29Doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf15039752https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/30987/1/texto%20completo.pdfc989fc06ff57aa7c673c684f40602f8bMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/30987/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/309872023-05-31 09:36:23.39oai:locus.ufv.br:123456789/30987Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452023-05-31T12:36:23LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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