Efeito da demanda física simulada de uma partida de futebol na temperatura da pele de jovens jogadores avaliada por termografia infravermelha

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Alisson Gomes da
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: https://locus.ufv.br//handle/123456789/30621
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.050
Resumo: O objetivo dessa tese foi analisar a capacidade da termografia infravermelha de identificar fadiga residual induzida pela demanda física simulada de uma partida de futebol. Para tal, foram desenvolvidos dois estudos. No primeiro, foi realizada uma revisão integrativa para analisar os trabalhos que investigaram o efeito da fadiga residual induzida por exercício na temperatura da pele (T P ) pós-exercício, medida por termografia. Foram identificados 1579 estudos nas bases de dados Medline/Pubmed, Science Direct, Scopus, Embase e Web of Science. Foram incluídos na revisão 22 estudos, realizados com exercícios resistidos (n=12), esportes de endurance (n=6), partida de futebol (n=2), treino pliométrico (n=1) e treinamento de potência-velocidade (n=1). Em quinze artigos (68,2%) foi reportado que o exercício causa um aumento tardio na T P , o que foi atribuído à resposta inflamatória em 10 artigos (45,5%). Porém, seis estudos (27,3%) não encontraram efeito do exercício na T P , e um encontrou uma redução de T P . Portanto, ainda não é possível determinar com bom nível de evidência científica que a termografia possa ser empregada para avaliação de fadiga residual induzida por exercício. No segundo estudo, o objetivo foi analisar a resposta da T P a diferentes volumes de demanda física simulada de uma partida de futebol e correlacionar a resposta térmica com marcadores bioquímicos e subjetivos de recuperação. Em ordem randomizada, 14 jogadores (idade: 18,0±1,2 anos; massa corporal: 68,7±4,9 kg; estatura: 175,4±6,8 cm; gordura corporal: 5,1±2,2 %; VO 2 max: 50,8±3,3 mL·kg −1 ·min −1 ) completaram 90 min e 45 min de um protocolo de demanda física simulada de uma partida de futebol. Nos momentos 24h antes (baseline) e 24h e 48h após o término das sessões, foram registradas a T P a partir de termogramas, níveis sanguíneos de creatina quinase e proteína c reativa, e a recuperação percebida pela escala de Qualidade Total de Recuperação. ANOVA two-way com post-hoc de Bonferroni mostrou que a T P aumentou 48h (vs. baseline) após o protocolo de 90 min nas 4 regiões avaliadas na coxa posterior (∆=0,3-0,4°C; p≤0,001) e em 2 de 4 regiões na coxa anterior (∆=0,3°C, p=0,013, p=0,009). Já no momento 24h após a condição de 45 min, a T P reduziu significativamente em todas as regiões da coxa (8 regiões) e não retornou ao valor basal 48 h após (em 7 regiões). Não houve alteração térmica na perna (p>0,05). Análises de correlação mostraram que a T P foi positivamente relacionada aos níveis de creatina quinase e proteína c reativa, e inversamente relacionada aos escores de qualidade total de recuperação. Portanto, a termografia identifica diferentes magnitudes de fadiga residual induzida pela demanda física simulada de partida de futebol. A simulação de uma partida de 90 min gera um aumento na T P após 48h, especialmente na região posterior de coxa, enquanto um menor volume de 45 min reduz a T P na coxa 24h e 48h após. Maiores valores de T P são relacionados ao dano muscular, inflamação e pior recuperação percebida após um protocolo de demanda física simulada de futebol. Palavras-Chave: Termografia. Temperatura Cutânea. Exercício Físico. Futebol. Fadiga.
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spelling Silva, Alisson Gomes dahttp://lattes.cnpq.br/9280396059700907Marins, João Carlos Bouzas2023-03-30T18:11:52Z2023-03-30T18:11:52Z2022-12-14SILVA, Alisson Gomes da. Efeito da demanda física simulada de uma partida de futebol na temperatura da pele de jovens jogadores avaliada por termografia infravermelha. 2022. 138 f. Tese (Doutorado em Educação Física) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2022.https://locus.ufv.br//handle/123456789/30621https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.050O objetivo dessa tese foi analisar a capacidade da termografia infravermelha de identificar fadiga residual induzida pela demanda física simulada de uma partida de futebol. Para tal, foram desenvolvidos dois estudos. No primeiro, foi realizada uma revisão integrativa para analisar os trabalhos que investigaram o efeito da fadiga residual induzida por exercício na temperatura da pele (T P ) pós-exercício, medida por termografia. Foram identificados 1579 estudos nas bases de dados Medline/Pubmed, Science Direct, Scopus, Embase e Web of Science. Foram incluídos na revisão 22 estudos, realizados com exercícios resistidos (n=12), esportes de endurance (n=6), partida de futebol (n=2), treino pliométrico (n=1) e treinamento de potência-velocidade (n=1). Em quinze artigos (68,2%) foi reportado que o exercício causa um aumento tardio na T P , o que foi atribuído à resposta inflamatória em 10 artigos (45,5%). Porém, seis estudos (27,3%) não encontraram efeito do exercício na T P , e um encontrou uma redução de T P . Portanto, ainda não é possível determinar com bom nível de evidência científica que a termografia possa ser empregada para avaliação de fadiga residual induzida por exercício. No segundo estudo, o objetivo foi analisar a resposta da T P a diferentes volumes de demanda física simulada de uma partida de futebol e correlacionar a resposta térmica com marcadores bioquímicos e subjetivos de recuperação. Em ordem randomizada, 14 jogadores (idade: 18,0±1,2 anos; massa corporal: 68,7±4,9 kg; estatura: 175,4±6,8 cm; gordura corporal: 5,1±2,2 %; VO 2 max: 50,8±3,3 mL·kg −1 ·min −1 ) completaram 90 min e 45 min de um protocolo de demanda física simulada de uma partida de futebol. Nos momentos 24h antes (baseline) e 24h e 48h após o término das sessões, foram registradas a T P a partir de termogramas, níveis sanguíneos de creatina quinase e proteína c reativa, e a recuperação percebida pela escala de Qualidade Total de Recuperação. ANOVA two-way com post-hoc de Bonferroni mostrou que a T P aumentou 48h (vs. baseline) após o protocolo de 90 min nas 4 regiões avaliadas na coxa posterior (∆=0,3-0,4°C; p≤0,001) e em 2 de 4 regiões na coxa anterior (∆=0,3°C, p=0,013, p=0,009). Já no momento 24h após a condição de 45 min, a T P reduziu significativamente em todas as regiões da coxa (8 regiões) e não retornou ao valor basal 48 h após (em 7 regiões). Não houve alteração térmica na perna (p>0,05). Análises de correlação mostraram que a T P foi positivamente relacionada aos níveis de creatina quinase e proteína c reativa, e inversamente relacionada aos escores de qualidade total de recuperação. Portanto, a termografia identifica diferentes magnitudes de fadiga residual induzida pela demanda física simulada de partida de futebol. A simulação de uma partida de 90 min gera um aumento na T P após 48h, especialmente na região posterior de coxa, enquanto um menor volume de 45 min reduz a T P na coxa 24h e 48h após. Maiores valores de T P são relacionados ao dano muscular, inflamação e pior recuperação percebida após um protocolo de demanda física simulada de futebol. Palavras-Chave: Termografia. Temperatura Cutânea. Exercício Físico. Futebol. Fadiga.This dissertation aims to analyze infrared thermography's capacity to identify residual fatigue induced by soccer-match simulated physical demand. Thus, two studies were performed. In the first study, an integrative review was conducted to analyze the studies that investigated the effect of exercise-induced residual fatigue on skin temperature (T sk ) post-exercise measured by thermography. A total of 1579 studies were identified in the Medline/Pubmed, Science Direct, Scopus, Embase, and Web of Science databases. Twenty-two studies were included in the review, conducted with resistance exercise (n=12), endurance sports (n=6), soccer matches (n=2), plyometric exercise (n=1), and speed-power training camp (n=1). Fifteen studies (68.2%) found a delayed effect of exercise increasing T sk , from which ten studies (45.4%) attributed this to the inflammatory response. However, six studies (27.3%) did not find an effect of exercise on T sk , and one reported T sk reductions over ten days of training. Therefore, solid scientific evidence is lacking to ensure that thermography can be used to evaluate exercise- induced residual fatigue. Concerning the second study, the objective was to analyze the T sk response to different volumes of soccer-match simulated physical demand and correlate the thermal response with biochemical and perceptive markers of recovery. Following a randomized order, fourteen male soccer players (age: 18.0 ± 1.2 years old; body mass: 68.7 ± 4.9 kg; height: 175.4 ± 6.8 cm; body fat: 5.1 ± 2.2 %; VO 2 max: 50.8 ± 3.3 mL·kg −1 ·min −1 ) completed 90 min and 45 min of a protocol that reproduces the soccer-match physical demand. At the moments 24 h pre (baseline), 24 h post, and 48 h post each experimental condition, the following measurements were registered: T sk through thermograms, blood levels of creatine kinase and C-reactive protein, and perceived recovery by the Total Quality Recovery scale. Two-way ANOVA with Bonferroni post hoc showed increased T sk values 48 h post the 90-min protocol compared to baseline in 4 regions of interest at the posterior thigh (∆=0.3-0.4°C; p≤0.001) and in 2 of 4 anterior thigh’s regions (∆=0.3°C, p=0.013, p=0.009). However, 24 h following the 45-min protocol, T sk values decreased in all the thigh regions (8 regions) and remained below baseline after 48 h (7 regions). There was no T sk alteration in the legs (p>0.05). Correlation analyses showed that T sk values were positively related to both creatine kinase and C-reactive protein levels and inversely correlated to total quality recovery scores. Therefore, thermography identifies different magnitudes of residual fatigue induced by soccer-match simulated physical demand. A 90-minute soccer simulation protocol causes increases in T sk 48 h post, especially at the posterior thigh region. In contrast, a reduced volume of 45 min reduces T sk at thighs 24 h and 48 h post-protocol. Moreover, higher T sk values are correlated with muscle damage, inflammation, and lower perceived recovery after a soccer-match simulation protocol. Keywords: Thermography. Skin Temperature. Exercise. Soccer. Fatigue.Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de ViçosaEducação FísicaExercícios físicosTermografiaTemperatura corporal - RegulaçãoFutebolFadigaEducação FísicaEfeito da demanda física simulada de uma partida de futebol na temperatura da pele de jovens jogadores avaliada por termografia infravermelhaEffect of the physical demand of a soccer match simulation on young players’ skin temperature measured by infrared thermographyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Educação FísicaDoutor em Educação FísicaViçosa - MG2022-12-14Doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf1984045https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/30621/1/texto%20completo.pdf1714b784db9bd256b3740750d766055dMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/30621/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/306212023-03-30 15:11:52.594oai:locus.ufv.br:123456789/30621Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452023-03-30T18:11:52LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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