Inovação ambiental: determinantes e impactos sobre a produtividade da indústria brasileira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Maria Alice Ferreira dos
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9980
Resumo: As transformações observadas em diferentes âmbitos mundiais resultantes das práticas produtivas e do alto consumo da população estão gerando grandes impactos sobre os recursos naturais. Para uma melhor atuação do ser humano para minimizar os impactos ambientais dos padrões de produção e consumo, novas perspectivas socioeconômicas, tecnológicas, políticas e ambientais devem estar em consonância com as discussões que vem sendo desenvolvidas para melhorar a qualidade de vida da sociedade. Neste cenário, a substituição ou adaptação de padrões tecnológicos atuais, visando as inovações ambientais, tornou-se uma alternativa para promover o crescimento sustentável. A partir da década de 1990, a questão ambiental ganhou espaço nas preocupações sociais das empresas brasileiras ao perceber o crescente interesse e preocupação da sociedade com o meio ambiente. No estudo foi possível identificar dois conceitos para a inovação ambiental: o amplo focado no desempenho da firma, tido como um possível sub-produto da inovação convencional; e, o restrito com base em um objetivo a priori da firma que é a redução de impactos ambientais. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo analisar os determinantes da adoção de inovações ambientais e o seu impacto sobre a produtividade da indústria brasileira no período de 2000 a 2011. Para tanto, realizou-se uma análise empírica em nível da firma com os dados da Pesquisa de Inovação Tecnológica (PINTEC) e da Pesquisa Industrial Anual (PIA), acerca da relação entre atividades inovativas, inovação ambiental e produtividade. Os resultados evidenciaram que as firmas que pertencem a atividades econômicas menos intensivas em tecnologia adotam mais inovação ambiental. Uma vez que esses setores são os que menos gastam com atividades inovativas, uma justificativa que pode ser dada é que a falta de recursos ou capacidade próprios para realizar algum tipo de inovação seja suprida por mais incentivos do governo do que para as firmas mais intensivas em tecnologia, sendo essas as que mais investem em atividades inovativas. Ademais, setores mais intensivos em tecnologia foram os que mais se adequaram às normas e regulamentos. Nesse sentido, em relação aos determinantes da inovação ambiental ampla e restrita, constatou-se que a regulação ambiental é um fator importante para impulsionar a inovação ambiental, de modo a influenciar em uma produção mais limpa e apresentar instrumentos mais específicos de iniciativas empresariais que possam induzir as firmas a introduzirem produtos e processos menos danosos ao meio ambiente. Além disso, a adoção de inovação ambiental depende também de outras características das indústrias e da capacidade de resposta de cada firma, ou seja, suas especificidades inter e intrasetoriais. Os resultados corroboram ainda com a versão “fraca” da hipótese de Porter. Em relação ao impacto da inovação ambiental sobre a produtividade, os resultados mostraram que tanto a inovação ambiental restrita quanto a inovação ambiental ampla influenciaram positivamente sobre a produtividade das firmas, de modo mais expressivo em relação à inovação ambiental restrita, corroborando com a versão “forte” da hipótese de Porter de que a regulação afeta positivamente a inovação ambiental e a produtividade das firmas.
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spelling Silva, Evaldo Henrique daSantos, Maria Alice Ferreira doshttp://lattes.cnpq.br/7154671040795738Féres, José Gustavo2017-04-04T13:43:08Z2017-04-04T13:43:08Z2016-12-12SANTOS, Maria Alice Ferreira dos. Inovação ambiental: determinantes e impactos sobre a produtividade da indústria brasileira. 2016. 139 f. Tese (Doutorado em Economia Aplicada) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2016.http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9980As transformações observadas em diferentes âmbitos mundiais resultantes das práticas produtivas e do alto consumo da população estão gerando grandes impactos sobre os recursos naturais. Para uma melhor atuação do ser humano para minimizar os impactos ambientais dos padrões de produção e consumo, novas perspectivas socioeconômicas, tecnológicas, políticas e ambientais devem estar em consonância com as discussões que vem sendo desenvolvidas para melhorar a qualidade de vida da sociedade. Neste cenário, a substituição ou adaptação de padrões tecnológicos atuais, visando as inovações ambientais, tornou-se uma alternativa para promover o crescimento sustentável. A partir da década de 1990, a questão ambiental ganhou espaço nas preocupações sociais das empresas brasileiras ao perceber o crescente interesse e preocupação da sociedade com o meio ambiente. No estudo foi possível identificar dois conceitos para a inovação ambiental: o amplo focado no desempenho da firma, tido como um possível sub-produto da inovação convencional; e, o restrito com base em um objetivo a priori da firma que é a redução de impactos ambientais. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo analisar os determinantes da adoção de inovações ambientais e o seu impacto sobre a produtividade da indústria brasileira no período de 2000 a 2011. Para tanto, realizou-se uma análise empírica em nível da firma com os dados da Pesquisa de Inovação Tecnológica (PINTEC) e da Pesquisa Industrial Anual (PIA), acerca da relação entre atividades inovativas, inovação ambiental e produtividade. Os resultados evidenciaram que as firmas que pertencem a atividades econômicas menos intensivas em tecnologia adotam mais inovação ambiental. Uma vez que esses setores são os que menos gastam com atividades inovativas, uma justificativa que pode ser dada é que a falta de recursos ou capacidade próprios para realizar algum tipo de inovação seja suprida por mais incentivos do governo do que para as firmas mais intensivas em tecnologia, sendo essas as que mais investem em atividades inovativas. Ademais, setores mais intensivos em tecnologia foram os que mais se adequaram às normas e regulamentos. Nesse sentido, em relação aos determinantes da inovação ambiental ampla e restrita, constatou-se que a regulação ambiental é um fator importante para impulsionar a inovação ambiental, de modo a influenciar em uma produção mais limpa e apresentar instrumentos mais específicos de iniciativas empresariais que possam induzir as firmas a introduzirem produtos e processos menos danosos ao meio ambiente. Além disso, a adoção de inovação ambiental depende também de outras características das indústrias e da capacidade de resposta de cada firma, ou seja, suas especificidades inter e intrasetoriais. Os resultados corroboram ainda com a versão “fraca” da hipótese de Porter. Em relação ao impacto da inovação ambiental sobre a produtividade, os resultados mostraram que tanto a inovação ambiental restrita quanto a inovação ambiental ampla influenciaram positivamente sobre a produtividade das firmas, de modo mais expressivo em relação à inovação ambiental restrita, corroborando com a versão “forte” da hipótese de Porter de que a regulação afeta positivamente a inovação ambiental e a produtividade das firmas.The transformations observed in different global environments resulting from the productive practices and the high consumption of the population are generating great impacts on the natural resources. For a better human performance to minimize the environmental impacts of production and consumption patterns, new socioeconomic, technological, political and environmental perspectives must be in line with the discussions that have been developed to improve the quality of life of society. In this scenario, the replacement or adaptation of current technological standards, targeting environmental innovations, has become an alternative to promote sustainable growth. Since the 1990s, the environmental issue has gained space in the social concerns of Brazilian companies when they perceive the growing interest and concern of society with the environment. In the study it was possible to identify two concepts for environmental innovation: the broad one focused on the performance of the firm, considered as a possible by-product of conventional innovation; And, the restricted one based on an a priori objective of the firm that is the reduction of environmental impacts. In this sense, the present work has as objective to analyze the determinants of the adoption of environmental innovations and their impact on the productivity of the Brazilian industry in the period from 2000 to 2011. For this, an empirical analysis was carried out at the firm level with data from the Research for Technological Innovation (PINTEC) and the Annual Industrial Survey (PIA), about the relationship between innovative activities, environmental innovation and productivity. The results showed that firms that belong to less technologically intensive economic activities adopt more environmental innovation. Since these sectors are the ones that spend least on innovative activities, a justification that can be given is that the lack of resources or capacity to perform some type of innovation is supplied by more government incentives than by the more intensive firms in Technology, and these are the ones that invest most in innovative activities. In addition, sectors more intensive in technology were those that more adapted to the norms and regulations. In this sense, in relation to the determinants of broad and restricted environmental innovation, it was verified that environmental regulation is an important factor to boost environmental innovation, in order to influence cleaner production and to present more specific instruments of entrepreneurial initiatives that can induce firms to introduce products and processes that are less damaging to the environment. In addition, the adoption of environmental innovation also depends on other characteristics of the industries and the responsiveness of each firm, that is, its inter and intrasectoral specificities. The results also corroborate the “weak” version of Porter's hypothesis. Regarding the impact of environmental innovation on productivity, the results showed that both restricted environmental innovation and broad environmental innovation positively influenced firm productivity, more significantly in relation to restricted environmental innovation, corroborating the “strong” from Porter's hypothesis that regulation positively affects environmental innovation and firm productivity.porUniversidade Federal de ViçosaProdutividade - Indústrias - BrasilSustentabilidade e meio ambienteEconomia dos Recursos NaturaisInovação ambiental: determinantes e impactos sobre a produtividade da indústria brasileiraEnvironmental innovation: determinants and impacts on the productivity of the brazilian industryinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Economia RuralDoutor em Economia AplicadaViçosa - MG2016-12-12Doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf994937https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/9980/1/texto%20completo.pdfac96ffd73123589fa6e64076df152226MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/9980/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3617https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/9980/3/texto%20completo.pdf.jpg9ccb54a30d396fcd3b06ef60ade3a4beMD53123456789/99802017-04-04 23:00:27.071oai:locus.ufv.br:123456789/9980Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452017-04-05T02:00:27LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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